Volume 1 - Capítulo 88

Assim como Hayden havia prometido, ele saiu mais cedo do trabalho na tarde e me levou ao hospital para visitar minha avó. A equipe do hospital foi gentil o suficiente para me manter informada diariamente sobre o estado de saúde dela. Felizmente, ela estava estável. Dito isso, não era como se sua condição tivesse melhorado. Nesse ponto, eu imaginei que deveria agradecer pelo fato de que seu estado não piorou.

"Você quer comprar alguma coisa para ela antes de irmos?", Hayden perguntou, me pegando de surpresa.

Agora que ele mencionou, talvez algumas frutas fossem boas?

"Talvez algumas frutas? Acho que tem uma loja ali que vende", respondi, apontando para a direção da loja.

"Vamos lá", disse Hayden antes de pegar na minha mão.

Ele segurou minha mão enquanto caminhávamos em direção à loja. Eu não conseguia deixar de me sentir consciente de sua mão quente segurando a minha. Hayden vinha segurando minha mão a maior parte do tempo, senão o tempo todo agora quando estávamos juntos e, surpreendentemente, eu não odiava.

Eu me perguntei se as pessoas pensavam que éramos um casal de verdade quando nos viam andando de mãos dadas dessa forma. Compramos as frutas juntos e fomos até o quarto da minha avó no hospital.

Visitar minha avó me lembrou que preciso fazer um bom progresso na pintura dela. Tantas coisas aconteceram que eu não tive tempo para me concentrar nisso. Vou começar a trabalhar nisso assim que voltarmos para o apartamento.

"Oi, vovó!", disse alegremente quando entramos em seu quarto.

Como sempre, minha avó estava deitada em sua cama de hospital com um cobertor branco cobrindo seu corpo e havia várias máquinas conectadas a ela. Ela parecia animada e muito feliz em me ver. No entanto, seus olhos se arregalaram levemente surpresos quando ela viu que Hayden estava comigo.

Acho que da última vez que ele esteve aqui, ele também a surpreendeu um pouco.

"É bom vocês dois visitarem", disse minha avó antes de sorrir gentilmente para nós.

"Nós te trouxemos algumas frutas", disse Hayden enquanto erguia a cesta de frutas que tínhamos comprado.

"Oh, nossa, que gentileza", disse minha avó antes que seu sorriso se ampliasse.

Parecia que minha avó tinha gostado de Hayden e de seus atos cavalheirescos e rosto angelical. As aparências enganam, vovó!

"Como você tem se sentido?", perguntei, tentando não soar excessivamente preocupada.

"Bem... bastante bem. Acho que estou me acostumando com o remédio. Estou menos sonolenta do que antes...", disse a vovó, seguida por uma risada aliviada.

"Que ótimo. Talvez se você melhorar, os médicos permitam que você saia... para dar um passeio ou algo assim", disse eu, encorajadoramente.

"Seria bom, é meio chato ficar presa aqui...", disse a vovó, e pude ver seus olhos se desviando para a janela onde ela conseguia ver um vislumbre do mundo lá fora.

"Vovó gosta de flores?", perguntou Hayden.

Não perdi o fato de que ele acabara de chamá-la de 'vovó' também. Esse cara está bajulando tanto minha avó, sério...

"Eu amo, sim", disse minha avó.

"Se for o caso, posso providenciar para que a florista aqui traga um buquê para você todos os dias para decorar seu quarto. Isso pode ajudar a animá-la", sugeriu Hayden.

"Se não for muito incômodo, seria ótimo...", disse minha avó feliz.

"Ótimo. Vou providenciar isso agora. Malissa, já volto para te buscar daqui a pouco...", disse Hayden enquanto se despedia.

Eu sabia que Hayden provavelmente queria nos dar um pouco de privacidade para ficarmos sozinhas para conversar, e eu agradeci seu gesto atencioso. Assistimos enquanto Hayden silenciosamente seguia para a porta e saía do quarto.

"Como é o Hayden? Ele é... um bom rapaz?", perguntou minha avó assim que a porta do quarto se fechou.

Ok... será que ela acha que estamos namorando por causa do que Hayden contou para ela da última vez?

"Umm... eu acho que ele tem seus defeitos, mas... eu acho que ele é legal...", respondi honestamente.

Eu tinha decidido deixar passar e deixar rolar. Não era verdade que eu estava namorando Hayden, mas se eu tentasse corrigir o que ele disse, teria que contar a ela que ainda estou com Ethan, e isso também não era verdade. Mentiras só levam a mais mentiras.

"Entendo. Bem, isso é um alívio", disse ela antes de suspirar alto.

Eu odiava vê-la tão preocupada comigo quando não havia muito que eu pudesse fazer por ela. Eu provavelmente tenho sido um peso para ela a minha vida toda desde que me mudei para morar com ela no campo.

"Como eu continuo te dizendo, não há nada com que você precise se preocupar", disse a ela, colocando meu melhor sorriso no rosto.

Eu não tinha certeza se conseguiria enganá-la, porém.

"Estou um pouco assustada, sabe...", disse ela suavemente.

"Do que você está com medo?", perguntei.

Por um momento, pensei que ela ia me dizer que estava com medo de morrer. Eu absolutamente não teria resposta para isso.

"Estou com medo... de que você ficará sozinha quando eu me for...", ela confessou suavemente.

"Por favor, pare de dizer essas coisas?", disse eu com um suspiro.

"Não adianta tentar me enganar ou enganar ninguém neste momento. Malissa, eu só quero que você encontre a felicidade e viva a vida por si mesma. Muitas coisas aconteceram, mas eu não quero que você sofra", disse ela enquanto me olhava profundamente nos olhos.

"Vovó...", sussurrei.

"Quando eu me for, eu não serei mais um peso para você. Você poderá se concentrar mais em si mesma sem ter que se preocupar comigo", disse ela.

"Eu nunca pensei em você como um peso. Você me ajudou tanto e você me acolheu quando eu não tinha mais para onde ir...", disse apaixonadamente.

"Você gosta do Hayden?", ela perguntou abruptamente.

-- Continua...