Volume 1 - Capítulo 71

Dois dias se passaram sem que eu visse o Hayden. Ele não voltou para o apartamento e a Tia não parecia saber para onde ele tinha ido. O apartamento estava em silêncio absoluto e parecia tão vazio sem o Hayden aqui. Passei meus dias visitando minha avó no hospital, como sempre, e minhas tardes e noites trabalhando em minhas artes e outros projetos da universidade.

Meus dias foram tranquilos; no entanto, senti um pensamento insistente sempre presente no fundo da minha mente. Sempre que estava livre, como quando esperava o elevador, quando esperava a água ferver e quando estava distraída sozinha, minha mente vagava para o Hayden.

Se o Hayden não voltasse para o apartamento esta noite, seria a terceira noite seguida fora. Desde que me mudei para cá com ele, ele nunca tinha ficado tanto tempo longe. Olhei para o meu celular pela centésima vez hoje.

Nada. Nenhuma ligação e nenhuma mensagem do Hayden. Me perguntei onde ele estava.

"Por que você não liga para ele?", perguntou a Tia.

Por que eu faria isso? Está tudo tão bom e tranquilo agora que ele não está aqui…

Suspirei alto. A verdade era que eu nunca tinha ligado ou mandado mensagem para ele antes… e o que eu deveria dizer?

Algo como "quando você vai voltar?". Meu corpo tremeu com o quão estranho aquilo soou. Estava ficando um pouco tarde e eu sabia que a Tia iria para casa em breve. Normalmente, ela já teria ido; no entanto, ela está sendo gentil o suficiente para ficar por perto para me fazer companhia.

"Não, tudo bem. Vou me deitar logo, então você pode ir para casa agora, Tia", disse, sorrindo para ela com segurança.

"Ok então. Boa noite, Senhorita Malissa. Até amanhã", respondeu a Tia antes de começar a guardar sua bolsa e suas coisas.

…

Pela primeira vez em muito tempo, eu não conseguia dormir. Deitei-me na cama com as luzes apagadas, com os olhos bem abertos. O apartamento estava em silêncio absoluto e muito tranquilo, mas eu simplesmente não conseguia dormir. Não me lembrava quantas vezes eu costumava desejar e rezar para que o apartamento ficasse quieto para que eu pudesse me concentrar no meu trabalho.

No entanto, agora que a paz e a tranquilidade que eu sempre desejei haviam chegado, eu me sentia muito inquieta e nervosa.

De repente, ouvi uma batida suave na porta do meu quarto. No início, fiquei convencida de que só tinha imaginado. Que realmente não havia ninguém batendo na minha porta. Quero dizer, eu era a única nessa suíte no momento, pois a Tia e as outras empregadas já tinham ido para casa e o Hayden não tinha voltado. Os seguranças estavam guardando do lado de fora em vez de morar conosco dentro, então ninguém está batendo na minha porta… a menos que…

O Hayden tenha voltado?

Não, não acho.

Eu tinha certeza absoluta de que o Hayden não bateria na minha porta. Então, pronto. Eu só estou imaginando. Fechei os olhos firmemente; eu tenho que dormir!

**Toc Toc Toc**

Ouvi três batidas distintas na minha porta. Eu não imaginei… alguém está realmente batendo na minha porta, mas não pode ser o Hayden, então… será um fantasma?

"Malissa! Abre a porta!"

Essa é definitivamente a voz do Hayden.

Instintivamente, sentei-me na cama imediatamente. Então percebi que estava prestes a correr até a porta e abri-la. Estou ficando louca?! É o Hayden do outro lado da porta, o que é praticamente equivalente a ter um monstro do outro lado.

Talvez eu devesse simplesmente fingir que já estou dormindo e ele acabaria indo embora. Voltei a me deitar na cama e fechei os olhos com força. Tenho certeza de que ele vai desistir e ir embora em breve, de qualquer maneira.

"Malissa! Malissa! Abre a porta!"

Ao contrário do que eu acreditava, o Hayden começou a chamar meu nome mais alto enquanto batia na porta com mais força. Não há como ninguém não acordar assim. Sentei-me e levantei da cama antes que a porta do meu quarto fosse destruída.

Inspirando profundamente, abri a porta.

Estava certa, o Hayden, vivo e em carne e osso, estava batendo na minha porta. Honestamente, não tinha certeza se preferia vê-lo ou um fantasma na frente da minha porta. Não importava muito porque eu não tinha escolha.

"…isso levou uma eternidade…" reclamou Hayden enquanto me olhava, claramente desapontado.

"Por que você está aqui?", perguntei secamente.

"…eu não consigo dormir…" disse Hayden, sem emoção.

"…e…isso é problema meu por quê?", perguntei, incrédula. Ele é um menino pequeno ou algo assim? Por que ele está batendo na minha porta quando ele não consegue dormir? Espera, quando ele voltou de novo?

"Vem comigo para um passeio noturno", disse Hayden casualmente.

"O quê? Eu?", perguntei, mais uma vez lutando para seguir sua sugestão anormal.

"Sim, você. Quem mais? Somos os únicos aqui. Vamos", disse Hayden casualmente.

"Não… espera! Hayden!", exclamei em pânico.

Sem esforço, Hayden levantou meu corpo e me colocou sobre seu ombro direito como se eu fosse uma pequena toalha. Senti sua mão na minha bunda e comecei a bater nas costas dele com os punhos.

"A regra claramente afirma que você fará o que eu disser, quando, onde… algo nesse sentido…" Hayden afirmou calmamente.

"Me coloca no chão! Eu consigo andar", exclamei.

"Tenho certeza de que você consegue, mas eu também posso facilmente carregá-la…" ele respondeu como se fosse óbvio.

Embora desta vez ele não estivesse me arrastando pela mão atrás dele, eu ainda estava sendo levada com ele contra a minha vontade. É tão tarde da noite que deve ser um pouco depois da meia-noite, eu me pergunto para onde ele queria ir a essa hora da noite.

A outra coisa que me incomodou foi o fato de eu ainda estar de pijama e não haver muito para cobrir minha pele. Hayden me carregou para o elevador e para o estacionamento com facilidade, sua mão apreciando a sensação da minha bunda enquanto ele massageava minhas nádegas brincalhonamente durante todo o caminho.

"Hayden… eu deveria me trocar primeiro!", chorei, esperando que ele me desse atenção.

"Sem necessidade…" disse Hayden, me ignorando completamente.

--Continua…