
Volume 1 - Capítulo 56
Escrava do Amor: A Paixão do Chefe da Máfia
"Ah... quase esqueci. Não precisa se desculpar... de qualquer jeito, eu não te perdoaria por nada disso", disse Hayden, sorrindo docemente para mim. Seu rosto estava todo sorriso, mas senti um arrepio na espinha e um nó enorme se formando no meu estômago.
Era a primeira vez na minha vida que alguém sorria para mim enquanto dizia que não me perdoaria.
Observei Hayden se dirigindo à porta.
"Hayden! Espera!" o chamei, gritando o mais alto que pude.
Hayden fechou a porta do quarto ao sair, e ouvi um clique quando ela trancou.
Será que ele acabou de me trancar aqui? Ele não pode estar falando sério...
...n/ô/vel/b//in dot c//om
A primeira coisa que senti ao acordar foi a dor lancinante em provavelmente todos os músculos do meu corpo. Devia ter dormido algum tempo depois que Hayden foi embora na noite passada, mas não me lembrava quando ou o que estava fazendo antes de dormir. O cansaço da noite muito longa deve ter tomado conta de mim.
Tantas coisas aconteceram entre a hora em que Hayden me levou para uma transformação e nós voltando para cá depois da nossa queda no morro. Só passou uma noite, mas pareceu um mês para mim, no mínimo. Me fingi de namorada do Josh, como Hayden pediu. Josh tentou se aproveitar de mim e então Hayden me salvou.
Ele me castigou e eu fugi, e ele me salvou de novo. Muitas coisas aconteceram, e era demais para eu absorver. Mexi meu braço esquerdo e o tilintar de metal contra metal me lembrou que eu ainda estava algemada à cama.
Ah, certo, Hayden fez isso também...
E agora? Minha mente fez a mesma pergunta que vinha fazendo cada vez mais desde que entrei em contato com essa gangue mafiosa e com Hayden. Agora... o que?
Respirei fundo e gritei com toda a força dos meus pulmões.
"Hayden! Hayden!"
Eu não estava o chamando porque particularmente queria vê-lo, mas o conhecia bem o suficiente para saber que ele provavelmente era o único com as chaves das minhas algemas.
Onde ele está? Não me diga que ele saiu e me deixou aqui assim?
Como vou sobreviver presa na cama desse jeito?
Isso está me irritando cada vez mais. Por que o Hayden...?
Continuei chamando seu nome porque não havia mais nada que eu pudesse fazer. A algema que me prendia à cama não me permitia me mover muito. Eu não conseguia alcançar nada, e não fazia ideia de onde estavam minhas coisas, incluindo meu celular.
"Hayden!!!" gritei.
Prestei atenção ao conselho do Hayden: lutar não vai me ajudar e só vai doer. Isso era tão verdade. A algema dói se eu puxo muito o braço. O aço esfrega na pele do meu pulso. Me concentrei em gritar seu nome sem mexer o corpo.
De repente, ouvi o som da porta destravando e então ela abriu. Hayden entrou, sem camisa, apenas de jeans. Como eu estava usando a cama dele, me perguntei onde ele dormia. Quando esse pensamento entrou na minha cabeça, eu o expulsei imediatamente. Eu não precisava saber.
"Bom dia, Malissa", disse Hayden, com um tom ultrapolido.
Eu teria apreciado a sua polidez se eu não estivesse algemada à cama como uma escrava.
"Me desamarre...", declarei minha exigência diretamente.
"Por quê?" Ele perguntou, piscando para mim sem entender.
"Como assim... por quê?" perguntei em choque.
Por quê? Porque eu não deveria passar o resto da minha vida presa aqui! Queria gritar. Queria estrangulá-lo.
"Por que... você quer ser desamarrada?" Hayden perguntou, como se realmente não entendesse o que eu queria dizer.
"Hayden... eu não vou fugir. Por favor, tire isso...", implorei.
"Deixa eu ver...", disse Hayden enquanto caminhava até a cabeceira da cama, onde minha mão esquerda estava acorrentada.
Ele se abaixou e examinou meu pulso de perto. Acompanhei seu olhar com admiração, sem entender realmente o que ele estava olhando.
"Hmm... você parece ter se comportado bem ontem à noite. Nenhum sinal de luta... a pele da sua mão esquerda e pulso estão bem...", disse Hayden observadoramente enquanto seus olhos examinavam a pele do meu pulso.
"Então...?" perguntei, sem entender direito.
"Bem, eu explico mais tarde...", disse Hayden com um sorriso doce antes de se sentar na cadeira ao lado da cama.
Me senti como uma paciente mentalmente doente em um asilo que precisava ser algemada à cama e Hayden era meu precioso visitante esta manhã. Já se passaram horas desde que estou nessa cama e... não fui ao banheiro desde... não sei quando...
"Hayden... você poderia me desamarar... um pouco?" perguntei, docemente.
"Por quê?" Hayden perguntou.
"Preciso pegar uma coisa...", respondi.
Quero dizer, me dê um desconto, como eu ia dizer a ele que preciso fazer xixi? Seria tão embaraçoso; eu provavelmente morreria na hora.
"O que você precisa? Eu pego para você", Hayden ofereceu.
Meus olhos se arregalaram, surpresa com sua generosa oferta. Sério, de todas as vezes, você só teve que agir todo gentil e prestativo agora...
"É algo um pouco particular, então...", respondi, esperando que ele simplesmente fizesse o que foi pedido.
"Olha, se você não me disser o que é e onde está, eu não consigo pegar para você. Está no seu quarto?" Hayden disse enquanto seus olhos me olhavam com suspeita.
Eu comecei a me perguntar se ele me desamarraria primeiro ou se eu mijaria na cama dele primeiro. Se eu tivesse que apostar, o último provavelmente aconteceria primeiro...
"Não... não é assim...", disse hesitantemente, sem saber como explicar para ele. Tive a sensação de que isso ia acabar em desastre.
"Então como é?" Hayden perguntou, parecendo curioso e confuso.
--Continua...