Volume 6 - Capítulo 513
Vovô no Multiverso
Aconteceu que ninguém veio salvar Tomura. Alexander deixou isso de lado e começou a se concentrar no mundo à sua volta. Ele estava ocupado viajando pelo mundo e consertando diversas organizações de heróis. Havia corrupção, ignorância e irresponsabilidade por onde ele ia, então era muito trabalho.
O mundo o respeitava, então ele tinha que agir com a mesma intensidade. Se Alexander soubesse que ficaria tão ocupado, nunca teria anunciado seu retorno.
Enquanto isso, notícias de um novo herói se espalharam pelo Japão.
Diziam que esse herói parecia velho, nobre e era visto quase sempre tomando chá. O mais louco era que esse herói nunca levantava o punho; ele sempre derrotava seus inimigos conversando com eles e compartilhando chá – e não, ele não os envenenava.
Suas palavras, de alguma forma, mudavam o coração dos vilões, convencendo-os a se tornarem bons. Um pequeno culto também surgiu do nada, chamando-o de guru. Mais tarde, descobriu-se que esse culto era formado por vilões que mudaram de ideia após encontrar esse estranho herói.
...
Iroh havia saído de Phixheim como um bem-sucedido empreendedor do ramo do chá. Ele não precisava se preocupar em consertar os campos, pois havia contratado as fênix para isso.
Ele queria viajar pelo mundo agora. Então, saiu com sua chaleira e vestido em suas roupas orientais. Ele andava aleatoriamente sem destino.
Ele havia acabado de começar sua jornada quando viu um homem entrando em uma loja com o que pareciam ser armas na mão.
Iroh decidiu entrar e ver qual era o problema.
"ME DÊ O DINHEIRO! AGORA!"
*Sinos*
O assaltante viu alguém entrar na loja com uma expressão de choque. ~Por que ele não está com medo?~ Ele se perguntou.
"O que você está fazendo, jovem?", perguntou Iroh gentilmente.
"Você não consegue ver? Estou assaltando esta loja. Você também, me dê seu dinheiro." O assaltante apontou sua outra "mão-arma" para Iroh.
Iroh lhe deu sua carteira. Então tirou duas moedas de ouro de outro bolso.
"Jovem, você tem mãe?", perguntou Iroh.
"Claro que tenho, todo mundo tem mãe." O assaltante respondeu com uma expressão irritada.
"Então aqui, pegue isso. Compre alguns bons presentes para sua mãe. Diga a ela que você conseguiu um bom emprego. Ela não vai conseguir acreditar se você disser que é um assaltante. Ela vai sentir que o garotinho doce em quem ela tanto mimou se tornou mau porque ela não se dedicou o suficiente a você.
"Mas não se preocupe, tenho certeza de que ela ainda vai te amar. As mães são as criaturas mais estranhas, elas não conseguem odiar seus filhos. Jovem, pegue o dinheiro, mas não mate. Essa caixa também tem mãe, ela vai chorar se vir seu corpo sem vida. Você consegue fazer uma mãe chorar?", perguntou Iroh em sua voz velha e sábia.
As pernas do assaltante tremeram um pouco. Ele olhou para o rosto choroso do caixa. Então imaginou sua própria mãe chorando por ele, vendo seu próprio corpo morto. Seus braços começaram a tremer e lágrimas encheram seus olhos.
Ele começou a questionar cada escolha que fez em sua vida. Ele olhou para Iroh, que simplesmente sorria e parecia um homem de Deus.
"Gostaria de uma xícara de chá?", perguntou Iroh gentilmente.
O assaltante assentiu e recebeu uma xícara. Ele bebeu lentamente. O chá quente lhe lembrou o calor do abraço de sua mãe sempre que ele voltava para casa. Ela cozinhava refeições saborosas, não importava a situação financeira de casa. Ela se sacrificava, mas cuidava dele.
~Que diabos eu estou fazendo da minha vida?~ Ele pensou.
"Diga-me, por que você faz esse trabalho?", indagou Iroh gentilmente. n/o/vel/b//in dot c//om
O assaltante engasgou e respondeu: "Eu... Eu venho de uma família pobre. Eu queria entrar na U.A., mas eles rejeitaram minha inscrição porque eu não conseguiria pagar as diversas taxas. Decidi fazer eles perceberem o erro de me recusarem."
"Então você queria ser um herói. Jovem, um herói não é feito estudando em uma escola especial e obtendo uma licença. Um herói é feito de uma vontade firme e um desejo de ajudar os outros. Se você só quer um emprego, ainda pode encontrar muitas maneiras de usar seu poder e ganhar dinheiro. Você só precisa pensar." Iroh o aconselhou. Ele também serviu uma xícara para o caixa, que estava assustado um momento antes, mas agora estava relaxado.
O assaltante ficou interessado: "C-Como posso usar minha individualidade? São apenas armas. Elas só podem machucar os outros."
"Hahaha, é aí que você está errado." Iroh riu. Sua risada não o zombava, mas apenas fazia o assaltante se sentir ingênuo diante daquele homem sábio.
"Por favor, me diga?" O assaltante pediu implorando.
"Me diga seu nome primeiro", pediu Iroh.
"Ah, meu nome é Jim."
"Ok, Jim. Deixe-me dizer algo a você. Existem inúmeros empregos por aí. Você precisa encontrar um emprego onde possa usar sua individualidade. Você pode se juntar ao exército, tornar-se carpinteiro, trocando balas por pregos. Você também pode se tornar um guarda-costas. Ser um herói não é a única maneira de ganhar a vida."
"Pense naqueles que não têm uma individualidade muito útil. Por exemplo, imagine se você tivesse a capacidade de criar luzes dos seus olhos como uma lâmpada. Você ainda seria um trabalhador comum."
"Mas, agora o que você tem é uma boa Individualidade. Utilize-a bem." Iroh sugeriu.
"Oportunidades não são algo que você procura. As oportunidades estão sempre aí, você só precisa pular e agarrá-las." Iroh citou.
Jim, o assaltante, olhou para Iroh com gratidão. Seus olhos mostravam determinação agora. Ele agora sabia o que devia fazer.
"Obrigado, eu vou fazer minha mãe orgulhosa desta vez. Vou dar a ela a vida que ela merece. Juro que nunca mais vou cometer um crime." Disse Jim.
"Haha, espero que você lembre desses votos. Mas, desejo que você também ajude alguém em sua vida. Pelo menos uma pessoa, ajude-a se ela estiver em apuros." Disse Iroh e foi embora.
O caixa estava tão envolvido em suas conversas que nem chamou a polícia. Ele olhou cuidadosamente para o assaltante e disse: "Espero que você cumpra sua promessa para aquele velho."
Jim assentiu: "Vou. Aqui, pegue meu cartão. Se você se encontrar em apuros, me ligue."
O caixa ficou chocado ao ver o cartão de visitas profissional de um assaltante.
...
Iroh caminhou pela estrada dali. Logo um carro parou ao lado.
"Velho, você precisa de uma carona?", perguntou a motorista. Ela estava sozinha em seu carro e estava entediada. Ela não estava preocupada em dar uma carona a alguém, pois sua individualidade a deixava confiante de que poderia lidar com qualquer problema.
Iroh assentiu: "Obrigado, jovem senhora, eu agradeço. Qual é seu nome?"
"Eu sou Anna. Para onde você está indo?", perguntou ela.
"Eu sou Iroh e estou indo para onde quer que meu destino me leve. Você se importa se eu tomar chá?", perguntou ele.
"Não, por favor, fique à vontade."
Logo, Iroh tinha uma xícara em sua mão e começou a cantar.
♫O mundo está se movendo rápido,
O tempo não vai durar para sempre.
Tome um chá e aprecie o mundo passando.♫
♫Faça o que seu coração diz.
Para que você não se arrependa depois.
Estou viajando com esta jovem, mas eu acabei de conhecê-la.
...♫
A mulher sentada ao seu lado não disse nada. Ela simplesmente continuou dirigindo enquanto ouvia suas canções suaves. O aroma fresco do chá a fez sentir como se estivesse no céu.
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30 capítulos antecipados estão disponíveis em -/misterimmortal
Agradecimentos especiais a *Douglas Flower* *Umar Latif*
Obrigado pelo seu apoio!