Volume 6 - Capítulo 512
Vovô no Multiverso
Alexandre não sabia quem era o garoto nem de onde ele vinha, mas era evidente que ele não estava para coisa boa. Querer matar os alunos já era o pior que ele poderia pensar em fazer. Ele até tentou matar Ajax.
Embora não estivesse com raiva, estava triste. Mas ele podia imaginar que, em um mundo onde superpoderes eram tão comuns quanto o ar, era inevitável que houvesse algumas "sementes ruins", criadas pelo próprio mundo corrompido.
Ele ainda estava interessado em saber a origem das Individualidades. A hipótese atual de que se originou de um vírus espalhado por ratos era simplesmente ridícula. Desde quando ratos começaram a dar a habilidade de criar portais ou respirar fogo? Seriam ratos alienígenas?
Atualmente, 80% da população mundial tinha uma Individualidade. Então, era importante entender sua origem.
Alexandre não sabia qual era a habilidade de Tomura, mas não estava preocupado.
"Diga, quem o atraiu para essa confusão toda?", perguntou Alexandre.
Ele se aproximava a cada segundo. Tomura, enquanto isso, planejava tocá-lo assim que tivesse a chance. Ele ia usar sua Individualidade, chamada Decomposição.
A Individualidade de Tomura permite que ele desintegre tudo o que toca com os cinco dedos.
Alexandre colocou a mão no ombro de Tomura para ameaçá-lo.
Vendo a chance, Tomura tocou o braço de Alexandre com a mão. Ele usou seu poder para desintegrá-lo.
"Haha, minha Individualidade me permite desintegrar qualquer coisa. Vamos ver como você morre agora.", gabou-se Tomura em voz alta.
Alexandre ainda estava segurando seu ombro. O braço estava como um momento antes. Não havia nem uma marca ou arranhão.
Tomura colocou a mão em seu braço novamente, mas ainda assim, nada aconteceu. Ele repetiu isso mais algumas vezes. A cada tentativa, seu coração começava a bater mais rápido.
"Hahaha, garoto, se alguém pudesse me desintegrar, eu já estaria morto", afirmou Alexandre.
Ele então começou a tirar as mãos assustadoras do corpo de Tomura. "O que é isso? Você acha que isso o faz parecer assustador e legal?"
Tomura ficou furioso no segundo em que Alexandre começou a tirar as mãos de seu corpo.
Quando Tomura era pequeno, ele era uma criança normal com sentimentos. Mas ele também era psicologicamente frágil por causa dos constantes abusos que sofreu de seu pai, que odiava heróis, sentindo-se aterrorizado com a mera presença dele. Devido a essa criação opressiva e à inação do resto de sua família, a mente de Tomura acabou se quebrando devido à manifestação de sua Individualidade e à destruição de sua casa.
No início, Tomura expressou grande remorso por ter matado acidentalmente sua família ao perder o controle de sua nova Individualidade. As mãos decepadas que Tomura usa por todo o corpo eram os únicos restos físicos de seus entes queridos mortos, afirmando que elas o faziam sentir-se simultaneamente doente e calmo.
Alexandre descobriu isso no segundo em que tentou entender por que o garoto estava sendo tão violento.
Ele estava meio compadecido e meio com raiva pelos crimes que ele cometeu. Matar era tão comum para ele quanto levantar as mãos.
"Garoto, sua infância foi difícil. Mas isso o autoriza a matar quem você quiser?", perguntou Alexandre com voz autoritária.
Antes que Tomura pudesse responder, uma névoa azul escura apareceu atrás dele. De dentro, uma mão tentou puxá-lo para longe.
Alexandre suspirou ao ver essa tentativa de salvá-lo. Ele agarrou a mão que saía do portal e puxou a pessoa para fora.
Era um garoto com uma cabeça e braços semelhantes a névoa.
"Quem seria você?", perguntou Alexandre.
O garoto ficou chocado. Ele foi puxado de seu próprio portal. Mas, felizmente, agora estava perto de Tomura. Então, ele tentou pular novamente com seu poder de portal. Portal de Distorção era o nome da Individualidade. Ela concede a ele a capacidade de criar e manipular uma névoa escura de sua cabeça e mãos. Essa névoa atua como um portal para outro local. Sempre que ele produz uma massa de névoa escura, ela transporta qualquer coisa com que entra em contato para um local escolhido por Kurogiri.
Mas desta vez ele não conseguiu criar portais.
"Garoto, eu posso controlar o espaço ao redor desta área. Você não pode sair até eu dizer. Entendeu?", questionou Alexandre em voz alta.
O garoto de névoa assentiu e se apresentou assustado. "Eu sou Kurogiri, um Nomu. Criado pelo Doutor Ujiko a partir do cadáver de Oboro Shirakumo para servir e proteger Tomura Shigaraki sob o comando de All For One."
Este nome chocou a maioria dos adultos na sala. All For One era uma maldição para o mundo. All Might o havia derrotado antes.
All For One e One For All eram Individualidades que pertenciam a dois irmãos, antigamente. Mas All For One queria a Individualidade de seu irmão que poderia ser passada adiante.
All For One então se dedicou a obter os poderes de seu irmão, sempre lutando e matando o sucessor à medida que passava pelas gerações. One For All acabaria chegando ao sétimo portador, Nana Shimura, que lutou muito contra All For One.
Apesar de seus melhores esforços, ela acabou sendo morta por ele, mas não antes de conseguir passar seu poder para Toshinori Yagi. Toshinori mais tarde se tornaria o Herói Profissional conhecido como All Might e eventualmente derrotaria All For One em uma batalha brutal, mas sem que ele soubesse, All For One conseguiu sobreviver.
Alexandre sabia disso por vários livros, exceto a parte em que All For One sobreviveu.
Ele olhou para Kurogiri: "Quero que você chame seu chefe aqui. Toda essa estupidez precisa acabar agora. O mundo já sofreu o suficiente por causa de seus sonhos viciosos."
"Ele já sabe, se você fizer algo com Tomura, ele não vai deixar você ir.", tentou ameaçar Kurogiri.
*BAM* Um tapa foi recebido na cabeça semelhante a névoa de Kurogiri. Ele pensou que sua Individualidade não o deixaria sentir danos físicos, mas desta vez sentiu.
"Como se eu estivesse com medo. Eu deixarei All For One sem Individualidade. Não importa o que ele planeje, ele vai perder.", anunciou Alexandre.
Então, eles esperaram. Mas mesmo depois de 5 horas, All For One não veio. Parecia que ele conhecia seu nível de poder e que não poderia lutar contra Alexandre. Ele não iria para onde sua morte era muito provável. Sem mencionar que All Might também estava lá.
No final, Tomura e todos os outros vilões foram enviados para a prisão subterrânea para ficar até que All For One tentasse salvá-lo e Alexandre o pegasse. Alexandre sentiu um pouco de pena de Tomura, então ele providenciou um Elfo de Phixheim para dar a ele algum aconselhamento e curá-lo se ele tivesse algum problema mental.
"All Might, saia e o atraia. Mantenha pelo menos 5 heróis de alto nível com você. No momento em que ele aparecer, me contate.", instruiu ele enquanto passava a All Might um telefone com seu número.
All Might estava muito sério agora e saiu rapidamente.
"Crianças, parece que a aula de hoje vai terminar. Vou consertar este prédio até lá. Vá para suas aulas.", ordenou ele.
Alexandre chamou Dobby e deu instruções: "Dobby, fique invisível e fique de olho em All For One. Precisamos capturá-lo vivo. Ele tem suas conexões no governo e precisamos obtê-las."
"Sim, chefe.", Dobby saiu.
Alexandre suspirou e voltou para casa. ~Por que sempre deve haver pessoas como ele.~, ele se perguntou.
Depois disso, ele tentaria descobrir o motivo da existência do poder da Individualidade na Terra.
...
All For One havia estado se escondendo o tempo todo. Ele sabia que All Might estava ferido, mas não sabia o quanto. Recentemente, ele descobriu o quão grave era sua condição.
Finalmente, ele decidiu deixar seu protegido seguir em frente e matar All Might. Com os recursos que ele estava fornecendo a ele, não deveria ser um problema.
Atualmente, ele estava em uma base subterrânea. Havia uma máscara em sua cabeça. Mas seus olhos mostravam raiva clara.
"EU VOU TE MATAR!", gritou ele ao ver Alexandre na tela da TV. Mas ele se acalmou, decidiu não se apressar. n/o/vel/b//in dot c//om
~Se eu puder pegar sua Individualidade, posso me tornar invencível.~, ele pensou.
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