I Can Copy and Evolve Talents

Volume 1 - Capítulo 59

I Can Copy and Evolve Talents

Capítulo 59: Um Homem Quebrado

Norte e as forças do Reino das Minas Vermelhas combatiam lado a lado com as criaturas monstruosas.

O choque do metal contra as escamas ecoava pelo campo de batalha, uma sinfonia de violência e caos.

Os monstros reptilianos, com suas escamas negras como obsidiana e garras afiadas como navalhas, investiam com fúria selvagem. Seus olhos brilhavam com um vermelho maléfico, refletindo os incêndios que os cercavam.

Em meio ao massacre, Norte lutava com uma ferocidade implacável. A Lâmina Mortal movia-se com uma fluidez bruta e precisa, cortando as fileiras inimigas como uma foice em um campo de trigo.

Sangue respingava em sua armadura marrom, manchando-a de um carmesim escuro, mas ele não dava atenção ao sangue que o cercava. Seu rosto, antes marcado pela determinação e esperança, agora carregava uma expressão atormentada.

A cada golpe de sua lâmina, o controle de Norte sobre a realidade se esvaía.

Sua mente se embaçava enquanto ele atacava com abandono inconsequente. Os rostos de seus camaradas se fundiam em um mar de figuras anônimas, suas vozes abafadas pelo estrondo ensurdecedor das armas.

Ele não mais ouvia os gritos de dor ou os pedidos de misericórdia.

O único som que chegava a seus ouvidos era a batida de seu próprio coração, um ritmo constante que o impulsionava para as profundezas da loucura.

Suas memórias de momentos preciosos começaram a se desfazer. Fragmentos de seu passado escorriam por entre seus dedos como grãos de areia.

Rostos que ele um dia amou… seu pai… sua mãe… se distorciam, tornando-se irreconhecíveis.

Os nomes que antes estavam gravados em sua mente desapareciam, deixando apenas um vazio em seu lugar.

Tudo o que restava era a busca implacável pela vitória, uma fome insaciável por sangue. n/ô/vel/b//in dot c//om

Enquanto a batalha prosseguia, Norte se encontrava na linha de frente do caos, liderando as criaturas monstruosas do Reino das Minas Vermelhas.

Elas o seguiam com lealdade inabalável, seus instintos selvagens aguçados por sua força implacável.

Os monstros bípedes, erguendo-se sobre seus adversários, incutiam medo nos corações daqueles que ousavam se opor a eles.

A presença de Norte entre eles, sua transformação de escravo em arauto da destruição, alimentava a sede de sangue deles.

Um dia, ele era humano, adotado por uma família de dois andarilhos, inteligente e cheio de promessas, agora consumido pela loucura da guerra.

Ele já não reconhecia o reflexo que o encarava. Seus olhos, antes cheios de calor e compaixão, haviam se tornado frios e sem vida.

As linhas gravadas em seu rosto não eram mais marcas de sabedoria, mas cicatrizes de uma alma destroçada.

Quando a batalha chegava ao fim, o campo de batalha estava repleto de mortos.

O cheiro da morte pairava pesado no ar, misturando-se ao odor acre de fumaça e carne queimada.

Norte permaneceu em meio aos destroços, sua respiração ofegante, seu corpo coberto pelo sangue de amigos e inimigos. Ele examinou a devastação, um vazio profundo instalando-se em seu peito.

Naquele momento, os ecos da batalha se dissiparam em silêncio.

Ele havia se perdido no caos, tornando-se um mero instrumento de destruição. Sua própria identidade havia sido engolida pelos horrores da guerra, deixando apenas um vestígio do homem que ele já foi.

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À noite, outro campo de batalha se estendia diante de Norte, uma vasta extensão de desolação e caos.

Monstros musculosos, seus corpos musculosos pulsando com poder bruto, investiram contra ele com passos estrondosos.

O chão tremia sob seu peso, enviando ondas de choque por seus ossos.

Ele respirou fundo, o cheiro de terra recém-arada misturando-se ao gosto metálico de suor e medo.

O ar estalava de tensão, carregado pela expectativa da batalha. Seu coração batia forte em seu peito, um ritmo constante que ecoava em seus ouvidos.

Com um grito de guerra nos lábios, Norte avançou, sua lâmina tenebrosa sem brilho, negra como o abraço do nada.

Os monstros se fecharam em torno dele, seus rosnados reverberando pelo ar. Seus movimentos se tornaram um borrão de aço e fúria, seu corpo uma sinfonia de graça e força.

O choque das armas enchia o ar, uma cacofonia de aço tilintando e grunhidos de esforço. Os músculos de Norte se esticavam e doíam enquanto ele desviava golpe após golpe, seu corpo se tornando um testemunho das noites recentes de treinamento. O suor escorria por sua testa, ardendo em seus olhos, mas ele se recusava a ceder.

A paisagem se movia ao seu redor, um caleidoscópio de cinza e preto. O chão sob seus pés era irregular, salpicado de pedras e manchas de grama pisoteada.

Ele sentia a brisa fresca contra sua pele, carregando os sussurros de folhas caídas e os gritos distantes de monstros caindo.

O gosto de sangue enchia sua boca enquanto ele derrubava um monstro após o outro. Seus movimentos se tornaram fluidos, uma dança de morte e sobrevivência.

O tempo parecia diminuir, cada segundo se esticando em uma eternidade enquanto ele lutava contra a horda.

Os monstros rugiam de raiva e dor, suas vozes uma sinfonia de fúria primordial. Seu suor se misturava ao dele, criando um aroma intenso que pairava no ar. O chão tremia sob seus pés, um testemunho do poder de seu confronto.

Ele avançou, seu corpo um canal para sua vontade implacável… para proteger… monstros?

Os sons da batalha se desvaneceram em um silêncio ensurdecedor, o único ruído eram as respirações ofegantes que saíam dos lábios ensanguentados de Norte.

Seu peito arfava enquanto ele olhava para os corpos mutilados e membros dilacerados que cobriam o campo de batalha — o resultado de seu ataque brutal.

Um entorpecimento vazio se espalhou por suas veias enquanto ele observava o massacre. Os rostos dos mortos se fundiram em uma massa indistinguível, suas expressões horríveis congeladas em angústia perpétua.

Quando o aperto de Norte em sua lâmina de obsidiana afrouxou, o peso dela ameaçou arrastá-lo para a terra revolvida. Um véu de desorientação desceu, o mundo ao seu redor inclinando-se violentamente.

Ele piscou, seus olhos lutando para focar no mar de formas sem vida espalhadas diante dele.

Eram seus 'irmãos de armas' mortos ou as bestas infernais que ele havia jurado destruir?

As linhas haviam se desfeito há muito tempo, suas ações governadas não por código ou aliança, mas por puro instinto primordial.

Um som sufocado, algo entre uma risada amarga e um lamento fúnebre, escapou de seus lábios rachados.

Naquele momento, ele se sentiu completamente desligado, um fantasma assombrando um reino ao qual ele não pertencia mais.

O conceito de propósito havia se tornado tão ambíguo quanto o caminho a seguir. Norte era simplesmente um instrumento de destruição sem uma mão firme para guiá-lo, uma relíquia de uma era que estava desaparecendo.

Quando a escuridão invadiu sua visão, seu tênue controle sobre a realidade se esvaiu ainda mais.

Ele olhou para suas mãos cinzas, filetes de vermelho desaparecendo nas rugas de suas palmas calejadas.

Cujos sangue manchava sua pele? Ele não conseguia mais diferenciar os atos violentos, não conseguia mais se ancorar em meio aos pesadelos que o consumiam.

Com um rugido gutural, Norte lançou sua lâmina de ônix de lado, o som dela batendo contra a terra compactada ressoando em sua mente fragmentada.

Seus olhos, antes cheios de convicção, agora ardiam com brasas de loucura, uma abrasadora e infinita obliteração espelhada em suas profundezas de obsidiana.

Enquanto espasmos de raiva e angústia o atingiam, Norte jogou a cabeça para trás e soltou um grito que rasgou o véu do silêncio.

Naquele momento, os últimos vestígios de seu antigo eu se despedaçaram, dispersos como poeira nos ventos desta terra amaldiçoada. Ele havia se tornado o arauto que seu caminho havia ordenado, um flagelo nascido da depravação da própria guerra.

A casca quebrada de um homem afundou de joelhos em meio ao cemitério que ele havia criado.

Risos amargos e sem alegria brotaram de seus lábios ensanguentados enquanto ele se rendia ao caos uivante que havia tomado posse de sua alma.