Capítulo 151
Pai, Eu Não Quero Me Casar
Durante o pôr do sol, Regis parou em frente ao cemitério.
— Amelia.
Regis murmurou o nome em um suspiro, e seu rosto se contorceu de angústia.
— Não deveria haver fé entre nós.
— Se eu tivesse acreditado em você, a situação estaria melhor agora, não é?
Os arrependimentos do passado sempre incomodaram Regis. Mas logo seus olhos se iluminaram.
“Mas estou quase lá.”
O primeiro plano que ele havia elaborado estava se concretizando aos poucos. Mas…
— Por que você está rindo?
— Porque gosto de passar tempo com meu pai assim.
A ganância crescia diante da aparição de sua encantadora filha.
“Se eu confessar tudo, será que ela não me perdoará?”
Nesse momento, ao sentir a presença de alguém, Regis virou a cabeça.
— Excelência.
Era a Vizcondesa Ronel segurando um lírio branco.
— Você voltou a estar aqui.
Quando Regis a fez calar em vez de responder, ela colocou o lírio diante da lápide de Amelia e falou.
— Preparei tudo o que você pediu. E, só para você saber, vou acompanhar a Princesita o tempo todo durante a inspeção.
Regis, ouvindo isso, respondeu em um tom baixo.
— Obrigado.
— A propósito, hoje a Princesita me impressionou bastante. Você a ensinou a fazer isso?
Regis sorriu ao ouvir essas palavras.
— Não, ela estudou sozinha.
— Na verdade, eu estava preocupada com o que ela poderia fazer se não estivesse preparada, mas essa foi uma conclusão precipitada. Fiquei preocupada porque ela cresceu sem a mãe…
— Helena.
Ao chamá-la pelo nome, a Vizcondesa o encarou.
— Você não acha que eu disse algo errado?
Ela então franziu levemente as sobrancelhas.
— Nem eu nem ele, ainda não posso te perdoar, Regis.
Regis abriu a boca, olhando diretamente nos olhos dela com uma leve raiva.
— … Eu sei.
Helena o olhou em silêncio e disse em voz baixa.
— Mas sei que não é sua culpa. Agora, por que você não se confessa honestamente para a Princesita?
Logo depois, ela se curvou com um rosto impassível.
— Então me perdoe, Excelência.
Pouco depois que Helena se foi, Regis se ajoelhou em uma perna e tocou o lírio sob a lápide. Era tão suave que se amassou ao toque de Regis.
— Eu tenho direito ao perdão?
O rosto gracioso de Regis se contorceu como se estivesse doendo.
“Por que ele não vem?”
Marx franziu a testa por um momento enquanto esperava seu mestre no ponto de encontro.
“Se você não vai fazer isso, vou passar tempo com Juvelian.”
Esse é o seu plano? Por um momento, algo importante passou pela cabeça de Max.
“Então amanhã é sexta-feira?”
Ele tinha dado a Víctor o dinheiro para comprar um castelo e confiado a ele, mas estava preocupado. Não era qualquer coisa, porque era o presente de aniversário de Juvelian.
“Se você não tiver sucesso, vou te matar.”
Por um instante, lembrando do rosto de Víctor, Max olhou para a porta e engoliu em seco.
“Não acho que aquele humano venha, mas vou com Juvelian…”
[Ei, garoto.]
Diante da súbita voz em sua cabeça, Max se estremeceu e respondeu, abrindo os olhos rapidamente.
— O que? Um fantasma.
[Um fantasma? Que perdão para uma pessoa viva?]
Diante disso, Max sorriu.
— É divertido estar vivo. Não tem nenhuma semente como você entre meus parentes.
A voz questionou a resposta, como se estivesse confusa.
[Por que você de repente fala de seus parentes?]
Então Max respondeu, entrecerrando os olhos.
— Você é um fantasma da Família Imperial.
A frequência única da Família Real era tão distinta que se podia reconhecer à distância. E aparentemente, o espírito de olhos vermelhos, da Família Imperial, flutuava ao redor do fantasma que ele viu naquele momento.
— Por que você apareceu para mim?
Ao ouvir a pergunta de Max, uma risada ecoou em sua cabeça.
— Pare de rir.
A voz na cabeça dele parou de rir e resmungou diante do aviso de Max, que saiu em um tom irritado.
[É bom ser tão arrogante com seus ancestrais que vieram te avisar sobre sua amante?]
Um aviso relacionado a Juvelian significava que Max não tinha escolha a não ser se sentir sensível. Ele abriu os olhos e perguntou.
— O que isso significa?
O homem que falava com a voz triste disse.
[Senhor Paphnil.]
— O que?
[Quando você falar comigo no futuro, me chame de Senhor Paphnil. Descendentes desavergonhados, ah.]
— Senhor Paphnil?
Foi quando Max franziu a testa diante de um nome que parecia ter ouvido em algum lugar.
[Você disse que era Juvelian? A linda filha de Regis.]
Diante das palavras de Paphnil, Max fez uma expressão desconfortável.
— Não a chame pelo nome descuidadamente, não se atreva a avaliar sua aparência.
[Sim, sim, descendente de escória. Então, a filha de Regis, você sabe que a menina transborda mana?]
É uma habilidade importante, por isso muitas vezes se confunde, mas o maná que coleta e armazena a energia natural e o maná inato são diferentes. O jeito de usar o poder também varia. A magia concentra a energia mental para materializar o poder mágico, enquanto, ao usar a espada, o maná armazenado no corpo é extraído e utilizado. Por essa razão, Max não conseguia saber como estava Juvelian. Ele era um cavaleiro, mas não um mago.
— O quê? O que isso significa?
[Você não se cansa de vê-la? As feridas dela se curam mais rápido do que as das pessoas normais.]
Era verdade que estava cansado, mas era vago afirmar isso, já que a cura das feridas varia de pessoa para pessoa.
[Se você continua preocupado com a filha de Regis, seus olhos não mentem, certo? E quando estão juntos, tudo se estabiliza.]
Max, que ouvia em silêncio, não conseguiu evitar de endurecer o rosto.
“Como você sabe disso?”
Então, Paphnil mudou repentinamente seu tom.
[Pensando bem, a última pergunta deve ser algo que não se aplica a você. Porque você não é um mago.]
Ele queria dizer que foi o maná que o atraiu para Juvelian, mas se isso só vale para os magos, o que Paphnil disse era óbvio. Max virou o olhar, cheio de curiosidade, e perguntou:
— Isso significa que os magos vão tentar conquistar Juvelian?
[Isso mesmo. O mago se sente atraído pelo maná, então ele se sentirá atraído por ela e tentará se aproximar. Como a irmã dele, por exemplo.]
Assim que Paphnil terminou de falar, Max ficou surpreso e franziu a testa.
— A Beatrice é uma maga?
Com certeza, Beatrice estava estranhamente próxima de Juvelian. Se pensar bem, parece até que era um casamento.
— É tudo por causa do maná?
Foi quando Max franziu a testa, lembrando da irmã.
[Ainda não. Mas só posso te dizer que ela tem muito talento mágico.]
Com essas palavras, Max fez uma careta.
“Esse cara está falando besteira.”
Mesmo assim, se ela é uma maga, isso é uma grande ameaça. Beatrice e ele não eram inimigos, então achou que tudo bem.
“Tudo isso é por causa da Juvelian.”
Se parar pra pensar, várias coisas boas aconteceram por causa dela.
Durante um tempo, ele segurou a risada e, com desdém, Max disse:
— Então, o que você quer dizer? Está dizendo que Juvelian também tem talentos mágicos?
Diante da pergunta, Paphnil respondeu rindo.
[Não, essa menina está em perigo porque não tem talento. Ela é apenas um banquete delicioso se estiver cheia de magia e não souber usá-la.]
— Do que você está falando? Explique para eu entender.
[Você não sabe por que a besta zoa um pequeno coelho de neve?]
Isso fez Max lembrar da competição de caça. No mesmo dia em que a besta tentou atacar Beatrice, ela também tentou devorar Juvelian, foi um pesadelo.
— Não me diga…?
Foi quando Max, já imaginando a razão, arregalou os olhos e abriu a boca. Paphnil, impaciente, falou primeiro.
[É insignificante, mas é porque ela tem maná. Aqueles que sabem usar magia podem absorver seu maná ou não.]
Max, entendendo o que aquilo significava, respondeu de forma brusca.
— Quem se atreve a pegar esse maná? Ela é a filha do Duque e minha amante, o Príncipe Herdeiro.
Paphnil respondeu às palavras de Max como se estivesse mastigando.
[Se você quer que eu diga isso, não seria ambição demais? Eu não posso ir lá.]
— O quê? Espera um pouco.
Confuso com a repentina mudança, Max chamou Paphnil, mas ele disse algo que não fazia sentido.
[Ah, e é melhor não confiar demais nos Regis.]
Max distorceu o rosto diante das palavras de Paphnil, coçando o que o incomodava o tempo todo.
— O que isso significa?
Mas ele já não conseguiu ouvir mais nada. Max apertou o punho.
“Droga, o que eu vou fazer a respeito?”
Com a cabeça doendo por causa da confusão, sentiu uma presença distante.
“É o mestre.”
Enquanto tentava se preparar para a batalha, Max parou de repente.
“Posso confiar no mestre assim?”
Essa pergunta surgiu, mas ele se preocupou apenas por um tempo.
— Max, você está pronto?
Max abriu os punhos e olhou fixamente para o mestre que se aproximava.
“Sim, não preciso acreditar em todas as palavras do fantasma. Em primeiro lugar, só preciso pensar nas informações que preciso.”
Max assentiu.
— Claro. Hoje eu vou sair com ela, então se prepare.
Diante disso, seu mestre suspirou e sacou a espada.
— Não tenho intenção de ver você com ela, então siga em frente.
Finalmente, quando as duas espadas se chocaram, a energia que fluía delas se espalhou ao redor.
“Sim, é urgente derrotar esse humano agora mesmo.”
Max decidiu apagar da mente o que acabara de ouvir, exceto o aviso sobre Juvelian. No momento certo, Max golpeou a espada do Mestre e mostrou os dentes.
“Tem muita gente que já está tentando conquistar ela, e eu preciso manter os magos longe. Vou ter que me esforçar mais para garantir que ninguém chegue perto de Juvelian.”
Hoje, eu saí para fazer uma inspeção.
“Ah, é difícil.”
Foi muito bom até eu olhar ao redor do moinho e da fábrica antes. As pessoas são gentis, e foi divertido ver o processo de refino.
“O próximo é o posto de guarda.”
Na verdade, eu sou uma estranha com a espada, mas meu pai é o chefe dos Cavaleiros Imperiais. Eu estava acostumada a passar tempo com os cavaleiros na mansão, então achei que esse seria um ótimo momento. Mas…
— Minha Senhorita, se há algo que a incomoda, por favor, nos avise.
Os guardas aqui estavam meio parados. E ali estava o meu Max…
— Juvelian, venha aqui e sente-se confortavelmente.
Não sei de onde ele tirou, mas quando conseguiu uma cadeira elegante que não combinava com o posto de guarda, me convidou a sentar.
“Como diabos ele conseguiu isso?”
Suspirei um pouco.