Pai, Eu Não Quero Me Casar

Capítulo 150

Pai, Eu Não Quero Me Casar

No começo, a inspeção era bem chata e cansativa, porque eu tinha acordado cedo e estava em movimento, mas mudei de ideia quando o vi no vagão. Desde a manhã, já tinha visto as pessoas se movendo apressadamente.

— Eles são todos muito diligentes.

Mas, e eu? Enquanto me movia confortavelmente em um vagão, me queixava de que era difícil.

“Na minha vida passada, parece que eu estava ocupada assim…”

Enquanto observava a cena, minha tia política me falou.

— A inspeção é só uma formalidade, então você só precisa iluminar seu rosto. Não se preocupe demais.

Não consegui concordar com isso.

“Independentemente disso, a inspeção é o dever do senhor. E já que estou aqui em nome do meu pai…”

Para ser sincera, não queria ser rude. Queria ver as pessoas agradecidas que trabalham duro na nossa terra e produzem ingredientes deliciosos para que eu possa ter uma boa comida. Olhei para minha tia e abri a boca.

— Você trouxe os documentos sobre onde procurar durante a inspeção de hoje?

— Sim, mas por que…?

Sorri para a mulher que me olhava com um ar curioso.

— Claro que quero ver.

Max franziu a testa ao sentir a espada apontada para seu pescoço.

“Droga, um humano com cara de monstro.”

Comparado ao passado, suas sensações corporais estavam extremamente aguçadas, e a força muscular só aumentava. Ao se tornar um transcendental, seu corpo reconstruído parecia uma nova espécie que transcende os humanos. No entanto, mesmo assim, ele ainda não alcançava a capacidade de seu mestre.

“Se fosse uma batalha real, seria suficiente, mas por que…”

Foi quando Max se sentiu em vão que Regis baixou sua espada e disse:

— Vamos encerrar o dia.

Max acenou em concordância.

“Ele está dizendo que vamos lutar amanhã. Mas…”

Ele já estava se acostumando com a velocidade, graças à batalha de hoje com seu mestre. Não só isso, mas a espada que antes era difícil de bloquear agora podia ser contida em parte. Acima de tudo, ele estava aprendendo a usar a espada de forma mais eficiente com as técnicas que o mestre lhe mostrava.

Porém, havia algo no comportamento do mestre que ele não entendia.

“Pensando bem, por que ele de repente começou a me ajudar, quando sempre foi contra eu vê-lo até agora?”

E essa não era a única parte estranha.

— Que pai receberia o ladrão que visita a filha à noite?

Parece que ontem o mestre permitiu que ele voltasse com Juvelian à noite.

“Esse homem não permitiria…”

Foi quando Max se perguntou.

— Agora que o dia amanheceu, vamos ver Juvelian.

Ele se recuperou e olhou ao redor.

Aparentemente, era noite quando começou a batalha com seu mestre, mas o sol já estava nascendo. Só então Max começou a entender as intenções do mestre e estremeceu.

“Esse maldito homem, ele achou que eu ia visitar o quarto de Juvelian?”

Na verdade, ele tentou. Claro, pensou em dormir segurando a mão dela, mas queria acordar na mesma cama com ela ao amanhecer. Nesse momento, o mestre levantou um canto da boca.

— Amanhã é melhor você ter um pouco mais de poder. Não penso em deixar minha filha sair com você até que me vença.

Com isso, Max cerrou os dentes.

“Você vai ver, porque eu definitivamente vou te vencer.”

O sol de outono é forte, se não quente. Mesmo com um guarda-sol, a luz do sol era tão intensa que os arredores estavam vazios, mas como não estava de passeio, estava ocupado.

“Nossa propriedade tem uma boa produção de trigo.”

Quais cultivos são cultivados na propriedade, e nas condições climáticas e no solo da nossa terra.

“Examinamos as plantações enquanto revisávamos os materiais preparados pelo meu tio.”

Não é difícil cultivá-los, pois a produção se concentra em trigo, mas este cresce lentamente, e a eficiência de cada área tende a ser menor que a do arroz ou do milho. O milho, por sua vez, tem um ciclo curto de cultivo e se desenvolve bem em condições adversas, facilitando o trabalho dos agricultores.

“Devo pedir que você plante milho nessa área?”

Foi quando os campos de trigo e o mapa alternaram seu olhar.

— Você não está entediada, Princesita?

Balancei a cabeça ao ver minha tia bocejar ao meu lado.

— De forma alguma.

Então ela sorriu.

— Bem, por que nossa Princesita está se esforçando tanto?

Não é de se estranhar que eu tenha uma aparência diferente. Embora eu não aja como uma idiota, minhas atitudes até agora foram de uma nobre com espírito comum.

Contudo, todos os livros que li enquanto estava em casa foram sobre autossuficiência. Entre eles, havia muitos livros sobre gestão da mansão que eu lia quando pensava em viver com meu pai.

— Preste atenção. São pessoas preciosas que nos apoiam.

Embora pareça um conhecimento bobo se for entediante. Eu realmente aproveitei o fato de que havia algo que eu poderia fazer por aquelas pessoas que meu pai valorizava. Em vez de responder, sorri, e minha tia sorriu com os olhos meio apertados.

— Sinceramente, não esperava isso, mas é maravilhoso.

Fiquei envergonhada, pois não sabia que ela me elogiaria com tanta sinceridade.

— Não. Eu só estava emocionada…

Foi quando eu fiquei corada, incapaz de falar. Ela disse, segurando minha mão.

— Então, vamos ao pomar desta vez? Vamos provar a fruta e ver como está a colheita.

Ao ouvir falar de experimentar a fruta, meus olhos brilharam ao lembrar do que eu acabara de ler.

Diziam que as maçãs da nossa propriedade eram especialmente saborosas e doces.

“Dizem que sobraram muitas maçãs, e podem ser conservadas por muito tempo, então seria bom levá-las quando voltarmos ao Império.”

Vamos pedir ao chef Matthew que nos faça uma torta de maçã, e a geleia de maçã também seria boa.

Pensando nas delícias que poderiam ser feitas com as maçãs, sorri.

— Sim, adoraria!

Esse foi o momento em que tentei seguir minha tia até o pomar.

— Juvelian.

Quando me virei ao ouvir meu nome, vi rostos sorridentes.

— Papai!

Não conseguia ver meu pai e o Max, então queria alguma coisa, mas bem na hora em que ia comer maçãs, eles apareceram e me senti melhor.

— O que você estava fazendo?

— Estava olhando o campo de trigo e as terras cultiváveis da região.

— Entendi.

Enquanto olhava para meu pai, lembrava das perguntas e respostas sobre manejo da terra que fizemos em um dia no estúdio. Será que foi por isso? Queria me gabar do que havia pensado.

— E nossas terras cultiváveis. Acabei de perceber que o trigo é ineficiente porque ocupa muito espaço.

— Sério?

— Sim, então pensei que seria uma boa ideia plantar um quinto de milho.

E comecei a falar sobre as vantagens do milho.

Papai deve ter entendido o que eu disse, porque assentiu e chamou o administrador. Logo o administrador, que havia escutado papai, respondeu com um aceno.

— Tudo bem, no próximo ano vou plantar milho como você disse.

Foi quando eu sorri ao pensar na possibilidade de aumentar a eficiência da terra que Max se aproximou da sombrinha.

Ele me envolveu com o braço e disse:

— Eu ouvi que você está indo para o pomar, estou ansioso para isso.

Ah, aquele olhar feroz é definitivamente algo.

“Sou uma pessoa que adora doces, então quero comer frutas.”

Cruzei os braços e falei:

— Vamos logo para o pomar!

Um pouco antes, Juvelian, que estava conversando com seu mestre, brilhava como nunca. Sentia que todos ao seu redor a estavam olhando.

— Nossa Senhorita, como você é linda.

— E você é como um anjo por fazer isso por pessoas como nós.

Mas, por ser tão lenta, ela não percebeu o olhar.

Max se irritou e se aproximou da sombrinha. Então, insistiu para ela se mover, referindo-se ao pomar que a senhora Ronnel mencionou, mas o resultado foi desastroso.

— O que faço com isso?

Max olhou com desprezo para a torta de maçã que tinha à sua frente. Não gostava de doces, nem de frutas. Mas…

— Será que é gostoso?

Não consegui dizer a verdade para Juvelian, que o olhava com os olhos semicerrados. Max riu forçadamente e colocou a torta de maçã na boca, fingindo que estava deliciosa.

“Droga, é doce demais!”

Comer maçãs no pomar era obrigatório, mas nem isso bastava, e parecia que havia maçãs suficientes para comer junto com ela, mesmo quando havia uma sobremesa feita de maçãs.

“Devo contar a verdade?”

Porém, logo teve que mudar de ideia.

— Estou muito feliz que você goste de comer maçãs da nossa terra.

Porque Juvelian, falando com os olhos brilhantes, era simplesmente encantadora.

“É, melhor eu corrigir meus hábitos alimentares.”

Max se deixou levar e devorou a torta de maçã. E as maçãs começaram a parecer deliciosas enquanto Juvelian o observava.

“Vamos dar um passeio juntos mais tarde?”

Foi quando Max, imaginando ir a um lugar tranquilo e beijá-la, teve um sorriso brilhante.

— Amanhã seria melhor ver as instalações de segurança da nossa propriedade.

Ao ouvir as palavras do mestre, Max arregalou os olhos.

“Se for uma instalação de segurança, deve haver soldados, mas você vai enviar sua filha para uma toca de lobos?”

Ele sabia bem disso por sua longa vida militar. Ao contrário dos cavaleiros que podem ser rudes, os soldados formados por plebeus costumam ter uma fala e um comportamento vulgares ou agressivos.

“Talvez sejam rudes com Juvelian ou façam cantadas.”

Max se empolgou e levantou a voz.

— Eu também quero ir!

Então o mestre sorriu.

— Sim, enquanto Max olha a instalação de segurança primeiro, Juvelian, você vai passar pelo moinho e pela fábrica amanhã.

Resumindo, era para ir primeiro e criar um clima de cortesia. Só então Max percebeu que tinha sido enganado pelo mestre e mostrou os dentes.

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