
Volume 2 - Capítulo 258
Dao of the Bizarre Immortal
Li Huowang caminhou ao lado da carruagem enquanto pensava no que o Lama disse.
O que ele quis dizer com “não haverá uma segunda chance”?
Li Huowang pensou sobre o Palácio da Dança do Leão e o morto Han Fu. Aquelas eram as únicas coisas que lembrava de fazer em Qing Qiu.
Bai Lingmiao balançou a cabeça: — Também não sei. Ele apenas disse que não haverá uma segunda chance e não disse mais nada.
Li Huowang não sabia por que o Lama saiu dessa maneira. Ele tinha certeza de que a organização estaria repleta de gente estranha igual ao Lama.
Contudo… ele não sabia se isso era algo bom ou ruim.
Li Huowang olhou para o sol acima de suas cabeças e falou a todos: — Pessoal, podemos parar e descansar por enquanto. Ficarei em guarda primeiro.
Ouvindo suas palavras, todos tiraram seus tapetes de dormir e cobertores da carroça e imediatamente adormeceram no chão. Alguns estavam até roncando alto. Após caminharem por tanto tempo e ficarem com medo do Lama, seus corpos já estavam à beira de desistir.
Li Huowang também estava cansado, mas não teve escolha além de ficar acordado. Mesmo que o Lama tenha falado que os deixariam ir desta vez, ele não confiava.
Toda vez que estava prestes a dormir, tiraria as ferramentas de tortura e se manteria acordado através da dor. Ele já era muito bom nisto após viajar por tanto tempo.
Todos dormiram até tarde. Quando acordaram para preparar o jantar, Li Huowang finalmente deitou-se na carroça e fechou os olhos.
Mesmo que tenha dormido devido ao cansaço, não dormiu muito bem. Cenas diferentes apareceram em seu sonho.
Li Huowang acordou de repente quando um dos sonhos o fez perceber algo: — A presença do Lama! Senti essa presença na Capital de Baiyu. Estava vindo do Bodisatva branco! Aquela é a presença da Morte!
Tendo disto isso, ele caiu para trás e adormeceu mais uma vez sob o olhar de todos.
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As rodas da carroça continuaram se movendo. Eles passaram por árvores e campos, uma indicação de que saíram de Qing Qiu e entraram na fronteira do Reino de Liang.
Com isto, todos ficaram mais animados. Pelo menos, estariam mais seguros no Reino de Liang.
Bai Lingmiao era obviamente a mais feliz; ela finalmente voltou ao seu país natal. Ela circulou Li Huowang e continuou falando sobre sua casa, parentes, irmãos e até o ganso que amava se deitar no colo do chefe da aldeia.
Contudo, Li Huowang estava distraído. Ele ainda estava pensando no Lama.
Eu definitivamente estou certo! Ele exalava a presença da Morte. Isso significa que ele era alguém da seita que adorava a Morte usando aquele caldeirão enorme nas cavernas!
Mesmo que não soubesse o nome da seita, sabia que precisavam ser poderosos; afinal, eles usavam o poder da Morte.
Ele ficou feliz por não ter enfrentado o Lama ou poderia ter tido que pagar um preço pesado.
— Sênior Li, estou falando com você. Sobre o que está pensando? — Bai Lingmiao resmungou por Li Huowang estar a ignorando.
— Hm? Você disse algo? — Li Huowang olhou para ela timidamente.
— Falei que, com este tanto de prata, podemos construir nossa própria casa! — respondeu Bai Lingmiao, fazendo beicinho.
— Oh! Isso é ótimo. — Li Huowang estava prestes a abraçá-la quando viu que ela não estava usando a venda e imediatamente rasgou um pedaço da seda do pulso. Ele usou para cobrir os olhos dela e segurou suas mãos. — Eu falei para usar quando o sol estiver forte. Se continuar ferindo seus olhos assim, você vai acabar cega.
Após dizer isso, Li Huowang se virou e olhou para as pessoas ao redor.
Enquanto se aproximavam do Reino de Liang, viu cada vez mais pessoas na estrada. Eles eram magros e bronzeados e seguravam sacos de grãos acima das cabeças.
Estava claro que os transeuntes estavam com medo de Li Huowang e do grupo. Ninguém ousaria ficar ao lado de um grupo de pessoas cobertas em véus negros. Se não fosse pela Trupe da Família Lu caminhando com eles, os transeuntes teriam corrido.
Li Huowang pensou em algo e caminhou até onde Lu Zhuangyuan estava brincando com seu neto antes de sussurrar algo.
— Tudo bem, farei isso. Não se preocupe, Jovem Taoísta — respondeu Lu Zhuangyuan, finalmente sentindo que estava sendo útil. Então, pegou o cachimbo e caminhou alegremente até um dos transeuntes.
Enquanto isso, Li Huowang arrancou a lã da ovelha dos ouvidos para que pudesse ouvir a conversa.
— Olá~ Posso saber onde todos estão indo? — questionou Lu Zhuangyuan.
— Estamos indo colher o trigo — respondeu o transeunte.
— Oh?
— Sim, é quase temporada de colheita. Somos colhedores que ajudam as pessoas a colher seu trigo — explicou a pessoa.
Da conversa, Li Huowang aprendeu que os colhedores não tinham muitos campos próprios. Para ganhar dinheiro, iriam pedir permissão para as pessoas com muitos campos para ajudar com a colheita do trigo.
Aqui, os anos de experiência de Lu Zhuangyuan brilharam e o permitiram obter facilmente as informações dos homens honestos com algumas perguntas.
— Jovem Taoísta, eles me falaram que tem uma grande aldeia adiante. Após passar pela aldeia, deve ter uma cidade. Me disseram que a cidade é muito grande e várias pessoas de Qing Qiu vão lá para vender seus ovinos — reportou Lu Zhuangyuan.
Li Huowang assentiu em aprovação quando olhou para o rosto sorridente de Lu Zhuangyuan: — Eles sabem onde está a Montanha Coração de Vaca?
Ele não esqueceu o motivo de viajar tanto. Eles precisavam enviar Bai Lingmiao para casa.
— Hmm. Eles não sabem onde fica. Disseram que a área próxima a Qing Qiu consiste principalmente em planícies. Quanto mais adentramos no Reino de Liang, mais montanhas haverá — explicou Lu Zhuangyuan.
— Como existem moradores, podemos segui-los para não nos perdermos. Quando chegarmos à cidade, podemos comprar um mapa do Reino de Liang e determinar onde ir depois — declarou Li Huowang.
— Tudo bem~ — Lu Zhuangyuan se sentiu útil e se afastou alegremente com seu cachimbo.
Eles caminharam ao longo da estrada de terra e passaram por uma floresta de bambu. Quando finalmente saíram da floresta, viram o cenário se desdobrar diante de seus olhos.
Campos de arroz e milho balançavam com o vento, ondulando como um mar de ouro.
Ao mesmo tempo, vários pontos pretos do tamanho de formigas balançavam as foices para colher os grãos.
— O solo do Reino de Liang é muito rico! Na nossa velha casa, não conseguíamos colher desse jeito todo ano. — Lu Zhuangyuan ficou com muita inveja da cena na sua frente.
Contudo, não importa o que dissesse, os transeuntes só viam o campo como dinheiro. Eles desceram para discutir seus preços com o dono.
— É bom ter uma boa colheita. Dessa maneira, pelo menos saberemos que o preço da comida e da ração será barato aqui no Reino de Liang — disse Li Huowang enquanto a carroça se movia lentamente para a aldeia.