De Bandido a Idol: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência

Capítulo 1045

De Bandido a Idol: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência

Capítulo 1045: Círculo Completo

A melodia de abertura preencheu o ar, e com ela vieram os murmúrios de confusão. Afinal, aquele era June, o idol que virava tendência só por existir, e ao lado dele estava a idol novata Mei.

Os dois já haviam sido ligados antes. A semelhança e a química deles fora dos palcos geravam especulações sem fim. Para alguns, pareciam irmãos, unidos por suas estranhas similaridades. Para a maioria, no entanto, pareciam um casal — especialmente porque se pareciam.

Sabe aquele ditado que diz que amantes que se parecem ficam juntos para sempre?

No entanto, sob as luzes do palco, junto com as notas assombrosas da música, toda especulação silenciou.

Mei começou o primeiro verso, tremendo levemente na nota inicial.

'Você nasceu nesta terra para amar.

Mas ninguém te conta como termina—

Com silêncio onde sua voz antes estava,

E memórias mais afiadas que o tempo.'

As letras eram vagas, até abstratas — linhas sobre amor e separação que deixavam espaço para interpretação. Mei não olhou para June, seu olhar focado em algum lugar além da multidão.

June soltou um pequeno sorriso.

Era como se ela tivesse esquecido tudo que haviam praticado. No entanto, de alguma forma, June sabia que complementaria bem a apresentação.

June seguiu, sua voz suave, mas poderosa, fazendo o público se inclinar para mais perto. Ele também evitou o olhar dela, seus olhos fixos para baixo.

'É assim que o amor acontece?

O som da sua risada ainda persiste,

Mas seu toque é apenas uma sombra.

Eu procuro por você, mas você não está lá.'

- Este já é o melhor palco da noite.

- Eu não sabia que Mei cantava tão bem.

- Não são nem as tecnicidades. Eles estão cantando com seus corações. Acho que essa é a característica mais importante da música.

E então veio o refrão.

A música permaneceu suave, mas as vozes de June e Mei atingiram o público como um ônibus.

Os dois se viraram para encarar um ao outro, seus olhos se encontrando pela primeira vez. O momento enviou arrepios por todos que assistiam. Suas vozes se elevaram em harmonia, misturando-se perfeitamente.

'Qual é o maior amor?

É se agarrar quando você já soltou,

Ou soltar enquanto se agarra?

É viver enquanto você está morrendo por dentro?'

A mão de Mei Ling se elevou ao peito, seus dedos se curvando no tecido de seu vestido. Seu rosto se contorceu em uma expressão de dor, seus lábios tremendo enquanto cantava.

Não foi planejado, mas o público não percebeu. Para eles, era tudo parte da apresentação, provando sua habilidade de mostrar a emoção da música ao máximo.

June notou, sua testa franzindo levemente enquanto continuava a cantar. Mas, em vez de quebrar o momento, apenas o alimentou. Sua voz ficou mais rica, dando à música ainda mais profundidade do que antes.

'Eu ainda sinto você nos momentos de silêncio—

O toque do vento, o cheiro da chuva.

É cruel como o mundo continua girando

Quando o meu parou.'

Naquele momento, quando a cabeça de Mei começou a doer, ela se lembrou do homem em seus sonhos. As memórias estavam mais vívidas agora, mas ela ainda não conseguia ver seu rosto. Ela ainda não sabia qual era o maior amor, mas se você perguntasse a ela, então o homem em seus sonhos seria o mais próximo de alcançar esse estágio.

'Qual é o maior amor?

São os votos que nunca terminamos,

A música que nunca dançamos?

É a promessa que mantenho de nunca te esquecer?'

Por outro lado, June pensou em tudo que havia suportado para chegar a este palco — tudo que havia sacrificado. As noites em claro, os hematomas, sempre se sentindo no limite.

Houve momentos de dúvida em que se perguntou se tudo valia a pena. Ele havia minimizado isso por tanto tempo, descartando as dificuldades como apenas parte de seu trabalho no Tigre Branco. Mas agora, sob os holofotes, tudo voltou à tona.

'Você uma vez disse: 'Eu morreria por você.'

Mas eu não sabia que o amor pediria isso.

Eu não sabia que o adeus poderia ser tão final,

Ou que meu coração poderia se partir tão silenciosamente.

'Eu sentirei sua falta em todas as vidas,'

Eu sussurro para a noite.

Porque mesmo agora, mesmo aqui,

Você parece tão perto.'

E, no entanto, através de tudo isso, houve amor. O tipo que pedia sacrifícios, mas devolvia dez vezes mais em significado. Ele derramou tudo isso na música, fazendo com que a letra parecesse menos com palavras e mais com uma memória.

'É isso que dizemos ao maior amor?

Um amor que persiste, mesmo na morte,

Um amor que nunca desaparece,

Mas nunca realmente cura.

E quando minha hora chegar, você estará lá?

Você vai estender a mão para mim

Enquanto eu estendo a mão para você agora?'

O público começou a sentir também.

Na multidão, irmãos se viraram um para o outro, suas pequenas discussões esquecidas enquanto compartilhavam um sorriso. Mães se inclinaram para beijar suas filhas nas bochechas. Pais estenderam a mão para dar tapinhas nas costas de seus filhos.

Era estranho.

Esta era, afinal, uma música escrita para amantes separados pela morte — uma canção fúnebre pesada de tristeza. E, no entanto, nas mãos de June e Mei, tornou-se algo completamente diferente.

A música não era mais sobre perda. Era sobre conexão, sobre os laços que perduram mesmo diante das dificuldades. Era sobre amor em todas as suas formas — familiar, romântico, platônico. Era sobre encontrar calor nos momentos mais frios e se agarrar a ele com força.

'Tudo que posso dizer é isto:

Obrigado.

Por um amor que permanece,

Mesmo quando você não pode.'

Quando o refrão final chegou, o público estava totalmente imerso. Lágrimas brilhavam nos olhos de muitos, enquanto outros simplesmente se sentavam em silêncio atordoado, seus corações cheios demais para palavras.

'Qual é o maior amor?

É se agarrar quando você já soltou,

Ou soltar enquanto se agarra?

É viver enquanto você está morrendo por dentro?'

No palco, June e Mei Ling estavam próximos enquanto entregavam a nota final poderosa da música.

'Obrigado.

Pelo maior amor—

Um amor que carregarei,

Até te ver de novo.'

Quando a música diminuiu, o estádio caiu em silêncio. Por um momento, toda a multidão havia parado, prendendo a respiração. E então, os aplausos começaram — lentos a princípio, antes de crescerem em algo ensurdecedor.

A multidão estava de pé, seus gritos ecoando pelo local.

June olhou para Mei Ling, um sorriso pequeno, quase imperceptível, puxando o canto de seus lábios. Ela olhou de volta para ele, seu próprio sorriso genuíno.

June sentiu como se tivesse completado um ciclo.

A pessoa por quem ele se tornou um idol estava no palco com ele, e eles tinham acabado de cantar juntos.

No entanto, naquele momento, ele não era mais um idol para ela.

Ele era um idol para a outra pessoa no palco — ele mesmo.

E esse era o seu maior amor.