Volume 1 - Capítulo 48
O Príncipe Problemático
Erna levou o copo aos lábios e bebeu o vinho. Pensou que, se estivesse bêbada, a noite passaria um pouco mais fácil. Com a cabeça limpa, até então, nada tinha dado certo. Ela deu um gole, depois outro e continuou bebendo pequenas quantidades até que o copo ficou vazio.
O álcool era muito mais forte do que ela esperava, mas era suficientemente frutado para ser fácil de beber. O tremor em seus dedos cessou.
Erna sabia que o casamento não tinha sido um ato de amor, mas um ato de necessidade, e ela se perguntou se Bjorn estava fazendo aquilo por pena ou por um senso de responsabilidade como seu marido. Ela se perguntou se ele estava apenas sendo cavalheiro com uma mulher em apuros, mas isso também não parecia certo.
Do ponto de vista da lógica, Bjorn tinha pedido sua mão em casamento e ela tinha aceitado sem nenhum motivo. Ela se perguntou se aquela era a melhor maneira. Ela poderia se concentrar em ser a melhor esposa que pudesse, ele tinha prometido ser o melhor marido que pudesse e, dessa forma, ambos poderiam ser felizes. Juntos.
Com o calor do álcool subindo para suas bochechas, ela ergueu o copo para Bjorn, que estava sentado imóvel na cama ao lado dela. Ela olhou entre o destino que teria amado e o copo de vinho vazio; Bjorn levantou a mão para pegar o copo e suas mãos se tocaram. Erna suspirou, Bjorn tinha uma expressão determinada enquanto pegava o copo e o colocava na mesinha de cabeceira.
“Obrigada.” Disse Erna.
Ela foi tão cuidadosa ao quebrar o silêncio. Sua própria voz soou estranha e distante. Ela não sabia o que mais dizer, nada lhe veio à mente naquele momento, então deixou sua voz se perder na memória.
Bjorn riu e se deitou na cama perto dela. Embora ela se encolhesse, desta vez não tentou fugir. Bjorn se inclinou e beijou seus lábios macios e úmidos. Ele era mais suave, mais gentil, mais delicado com a rosa fresca em suas mãos.
Erna se entregou e se sentiu mais dócil graças à embriaguez. Enquanto se beijavam, Erna pôde sentir algo subir de seus dedos dos pés até sua barriga, uma espécie de excitação. Ela nem se importou quando Bjorn desfez seu vestido e o deslizou por seus ombros mais uma vez, expondo seu seio. Ela calmamente aceitou seu toque.
“Erna,” disse Bjorn, a jovialidade sublinhava seu tom suave.
Ela abriu os olhos para olhá-lo e percebeu que agora estava deitada na cama, onde estava sentada.
“É assim que deveria ser? Estou sentindo… formigamento.” Disse Erna, envergonhada.
“Sim.”
Bjorn moveu sua mão de cima do seio dela para envolver seu pescoço e bochecha. Ele achou que isso seria suficiente, contanto que ela não começasse a cheirar de novo e a irritá-lo, mas aquilo não estava sendo divertido, tê-la ali, imóvel, como um cadáver.
Bjorn sentou-se e começou a desabotoar suas próprias roupas. Erna desviou o olhar, como se visse algo que não deveria.
“Você deveria me olhar.” Bjorn sussurrou. “Senão, vou me sentir sujo, ou me perguntarei se você está pensando em outro homem.”
“Não, não é assim.” Disse Erna, com choque estampado no rosto.
Enquanto ele conseguia olhá-la com tanta naturalidade, ela foi tomada por uma sensação incontrolável. Ele a puxou para perto e ela pôde sentir o calor de seu peito contra o dela.
“Sério, você diz coisas tão insuportávelmente ofensivas.” Disse Erna, olhando nos olhos de Bjorn. Seus olhos estavam penetrantes, como se estivessem protegendo contra a perda de sua inocência.
Bjorn a beijou, praticamente engolfando seus lábios quando ela estava prestes a dizer algo mais. Eles caíram de volta na cama e Erna pôde sentir o peso de Bjorn sobre ela novamente. Foi um choque, mas não um do qual ela se esquivou desta vez.
Bjorn abriu as pernas de Erna, que haviam se levantado sem serem chamadas, e umeceu sua intimidade. Ela pôde senti-lo se movendo em gestos delicados e arrepios percorreram sua pele. A cócega era tão intensa que ela se remexeu ao lado de Bjorn. Sua mão caiu ao seu lado e ela pôde sentir a ereção de Bjorn. Ela sabia que ele estava ereto durante a maior parte da noite, mas aquela era a primeira vez que ela tocava nele de verdade.
A respiração de Bjorn ficou superficial e rápida. Combinava com sua própria respiração. Ela finalmente estava relaxando na tontura que o toque dele causava nela, e isso se intensificou enquanto ele explorava. Em troca, ela sentiu todo o comprimento dele através de suas calças. Ela tentou pensar sobre isso, entendê-lo, mas os movimentos dele nela enviaram sua cabeça para uma névoa e ela mal percebeu que ele estava ali.
Quando Bjorn se levantou e sentou-se entre as pernas de Erna, a respiração deles havia se tornado ofegante e Erna sentiu como se tivesse corrido pela grama do jardim. Ela percebeu que não queria que ele parasse.
Erna olhou para seu marido e sentiu o calor subir para suas bochechas mais uma vez. Era como vergonha, mas não totalmente. Ela percebeu seus ombros largos e sua estrutura grande. Seus músculos eram delicadas demonstrações de força e poder. Isso a deixou excitada e ansiosa. Ela queria ver mais dele, se não tudo dele.
Como uma criança no Natal, maravilhada com os presentes embrulhados embaixo da árvore, Erna estudou o corpo de seu marido com o mesmo entusiasmo. Só quando seus olhos desceram para sua cintura a realidade voltou ao foco.
“Oh,” Erna suspirou involuntariamente.
Embora já tivesse visto um antes, ela olhou boquiaberta. Ela não conseguia acreditar no que estava realmente vendo. Ela desviou o olhar, como se olhar fosse insultar Bjorn, e estudou as paredes e o teto logo além da escuridão do quarto.
Como se sofresse de falta de memória, Erna olhou de volta para a forma de seu marido, pensando que havia algum detalhe que ela havia perdido ou reafirmando a distorção das proporções em sua mente.
Tudo estava igual.
“B-Bjorn, eu não acho…, q-quero dizer, é muito grande, não vai caber.”
Ela podia sentir as lágrimas chegando aos seus olhos e embaçando a parte inferior de sua visão. Ela as conteve. Era uma preocupação séria e Bjorn simplesmente riu.
“Obrigado,” disse Bjorn e puxou Erna gentilmente para perto dele, envolvendo suas pernas em sua cintura. Elas eram mais finas que seus braços. “Esse é um elogio muito comovente.” Disse ele, imitando a pequenez de Erna.
Bjorn agarrou a cintura redonda de Erna com suas mãos firmes; ela começou a se debater ao sentir o toque desconhecido de Bjorn contra sua pequena forma. Os olhos de Erna se arregalaram quando Bjorn a empurrou com força; Erna pôde senti-lo se forçando na área que ela nunca havia tocado e ela lutou contra a pressão excessiva e a dor.
“Fique quieta, Erna.” Bjorn implorou.
Erna tentou mandá-lo parar, respirar por um segundo, mas saiu como um gemido choroso. Bjorn podia sentir que Erna estava suficientemente úmida, mas ela era muito estreita. Não ajudava que ela estivesse assustada e rígida de dor.
“B-Bjorn, não vai caber.” Disse Erna, as lágrimas voltaram por causa da dor.
Bjorn a ignorou e se preparou para estocar novamente. Ele mal havia entrado pela metade, mas Erna não tinha como saber disso e ela se debateu de dor. Ela podia senti-lo todo dentro dela agora e parecia que ela estava sendo dividida ao meio.
“Está tudo bem.” Bjorn tentou tranquilizar Erna. “Você está bem agora.”
Ele se inclinou e deu-lhe um beijo gentil em suas bochechas e depois em seus lábios, aprofundando seu laço. O suor cobria o corpo de Erna tanto quanto pingava de Bjorn.
Ele olhou em seus olhos marejados, seu tom azul perfeito manchado por um inchaço vermelho causado pelo choro dela. Ele mentiu quando disse que ela ficaria bem, mas teve o efeito desejado. Ela pareceu relaxar e ela pôde sentir a tensão em sua virilha diminuir.
Bjorn não hesitou, agarrou o momento e se lançou fundo dentro de Erna. O choque fez seus olhos se arregalarem e, momentos depois, ela gritou.
“Pare, agora, Bjorn, saia.” Ela gritou.
Bjorn se retirou como se fosse se afastar e dar a Erna uma chance de respirar, mas quando estava quase para fora, ele empurrou seus quadris para frente novamente. Erna se debateu e gemeu, Bjorn grunhiu enquanto estocava mais uma vez. Sua paciência havia se esgotado.
“Dói-Dói, por favor, pare!!” Erna soluçou.
Bjorn não se importou mais e começou a estocar mais rápido e, embora a dor fizesse Erna soluçar, a dor não era mais tão ruim a ponto de ela não sentir a emoção do sexo. Ela era uma mulher agora e parecia sugar Bjorn como se estivesse fazendo isso a vida toda.
Gotas de sangue se formaram como pétalas na camisola sob sua cintura e mancharam suas virilhas. Era uma quantidade assustadora de sangue, Erna se lembrou de pensar, mas naquele momento a dor havia desaparecido e tudo o que restou foi a pressão em sua barriga por Bjorn a penetrando e o prazer avassalador.
Quando Bjorn abriu a porta do quarto pela primeira vez, ele disse a si mesmo que estava cumprindo seu dever para com sua esposa, mas agora que estava profundamente dentro dela, ele se sentiu totalmente egoísta enquanto absorvia cada gota de prazer que podia ao tirar a virgindade de sua esposa.
Estava o deixando louco.
Ele olhou para sua esposa e viu que ela finalmente o estava aceitando. Ela parecia tão bonita, com os olhos fechados e o rosto suspirando de prazer. Enquanto ele se movia, Erna se remexeu sob ele e agarrou seus ombros. Suas unhas se cravaram em sua pele, enviando pulsos de dor que exacerbaram o prazer.
Bjorn enterrou o rosto no pescoço de Erna e começou a se mover freneticamente. O som de sua respiração ofegante atingiu o ouvido de Erna e ela pensou em alguma besta enlouquecida. Seu corpo tremeu violentamente e ficou difícil para ela manter a realidade.
Erna não sabia o que fazer, a sensação estava atingindo níveis insuportáveis e ela não sabia o que fazer com isso. As lágrimas vieram novamente, ela tentou contê-las, mas o peso pressionando contra sua cintura parecia que ela estava sendo esmagada e ela mal conseguia respirar.
O som de suas peles úmidas batendo uma contra a outra fez Erna de repente se sentir muito constrangida. Era um som vergonhoso e ela podia sentir a si mesma se afastando da situação, mas apenas para ser recebida pela intensa sensação que se acumulava em sua virilha.
Bjorn não se importou mais com o choro. Ele se sentou e olhou para sua esposa. Seu rosto era uma bagunça vermelha e inchada de lágrimas e suor, mas ela ainda parecia tão bonita. Ela respirou fundo na trégua momentânea, fazendo seu peito arfar e seu busto se destacar como dois montes inchados de carne macia.
Bjorn ergueu sua cintura até ele. Ela abafou um grito em um punho e sorriu bêbada. Não era apenas a pele de Erna que era macia e quente, mas estar dentro dela também era uma bagunça macia, quente e úmida de prazer aveludado.
Segurando-a firme, Bjorn bombeava nas partes mais profundas dela, o que enviou uma nova dor dilacerante por seu pequeno corpo e ela gritou. Com uma última estocada, Erna sentiu Bjorn crescer ainda mais dentro dela e uma onda de calor se espalhou por sua barriga. Seu corpo tremeu e arrepios percorreram cada centímetro de pele.
Bjorn desabou ao lado de sua esposa e o quarto ficou em silêncio. Suas respirações pesadas eram a única coisa que podia ser ouvida sobre o som do fogo crepitante.
Ele ficou dentro de Erna por um tempo, querendo se agarrar à sensação de sua macia e aveludada intimidade.
“A-Acabou?” Perguntou Erna.
“Sim,” disse Bjorn preguiçosamente.
Com grande esforço, ele moveu a cabeça para ficar ao lado de Erna e, enquanto estava deitado no travesseiro, esticou os lábios para beijar sua bochecha. Ele errou e beijou o lado do nariz dela.
Era uma doce mentira.
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“Sua Alteza, está acordada?” Veio a voz suave e aguda da Sra. Fitz.
Erna pensou que ainda estava em um sonho, pois a voz a despertou da inconsciência; chamá-la de sono parecia pouco. O medo se espalhou por seu rosto quando ela acordou em um quarto desconhecido e nua.
“Sim,” disse Erna rapidamente e sentou-se, puxando os lençóis sobre si. Ao fazê-lo, uma onda de dor subiu por ela e ela se lembrou da noite anterior. “Estou acordada.”
Enquanto puxava os lençóis, ela viu a grande mancha de sangue que não parecia mais uma rosa florida, mas como se alguém tivesse sido assassinado em sua cama.
“Tudo bem, estou entrando.” Disse a Sra. Fitz.
“Não!” Erna gritou.
Ela se levantou da cama e tentou andar em pernas trêmulas. Elas cederam e ela desabou no chão.
“Está tudo bem, sua alteza, o que aconteceu?”
“Não é nada, estou bem.”
Erna se forçou a ficar de pé e recolheu os lençóis ensanguentados. Ela procurou um lugar para escondê-los e viu no relógio que já era meio-dia.
“Você ainda estava dormindo?”
Enquanto Erna lutava para pensar o que fazer, a Sra. Fitz continuou batendo na porta e transmitindo palavras de preocupação através da porta de madeira grossa.
“Estou entrando, sua alteza.”
Erna entrou em pânico e se lembrou do banheiro. Ela correu para lá com os lençóis e bateu a porta com força, assim que a porta do quarto se abriu.