Volume 5 - Capítulo 7
No Game No Life
—Um certo dia, na sala de conferências de um estúdio de anime. Com o material original, já tão lido que mal restava algo, em mãos, o diretor perguntou à equipe do autor na Media Factory:
—…Uhh, qual é a história por trás desta parte?
Os olhares da equipe original se voltaram em uníssono—focados em Kamiya, totalmente absorto na delícia da comida oferecida. Percebendo os olhares, Kamiya começou a engasgar com a pergunta repentina, mas ergueu a cabeça com orgulho e respondeu:
—Heh, eu ainda não decidi!!
Sob uma chuva fria de olhares de todos os presentes, mesmo assim, Kamiya abriu os braços e continuou:
—Se você decide tudo desde o começo, então fica preso a isso, não é? Não acha que adaptar-se conforme as circunstâncias é a forma mais eficaz e divertida de proporcionar prazer aos leitores?!
Mas, diante dessa afirmação séria de Kamiya, o diretor sorriu de forma audaciosa e assentiu.
—Então quer dizer que *No Game No Life*… é tudo sobre blefe?
—Essa é a resposta perfeita e absolutamente correta!! Blefe, coragem e conversa fiada te levam a qualquer lugar neste mundo!!
—Heh… qual era mesmo seu nome?
—Yuu Kamiya. Esses petiscos estão deliciosos (nhac, nhac).
—Você é dos meus, “Kamiya”. Acho que nossa próxima rodada de bebidas vai ser bem divertida.
Enquanto os dois trocavam um firme aperto de mãos, selando uma espécie de entendimento mútuo, o editor de Kamiya apenas observava, pasmo…
—Isso realmente aconteceu. Ou talvez não.
—Por favor, não gaste uma página inteira com uma invenção dessas.
O quê? O essencial é verdade, não? Não foi você quem pediu pra eu divulgar o anime sem citar nomes? Bem, é verdade que, como o jeito de falar e a personalidade de todo mundo foram modificados, as falas são totalmente fictícias.
—Se as falas são totalmente fictícias, isso não faz com que o essencial também seja?
(ignorando ela) Heh, aquela diretora… é demais. Todo o material de referência que ela apresenta é um exagero total, indo muito além do que eu imaginei. Mas se você me pedir pra desenhar aquelas maluquices no mangá, vou sair correndo a 64 FPS.
—Então, Editora S (ou devo chamá-la de Sra. Tábua de Peixe, depois que entrou na Media Factory por causa do seu amor por kamaboko?)… você mencionou que eu deveria divulgar o anime de forma *casual*. É mais ou menos isso que você esperava?
—(sorrindo) Tirando o fato de que não foi nem um pouco casual, acho que serve.
Muito bem, então… Prazer em revê-los. Aqui é Yuu Kamiya. Estou bastante aliviado de ver que, por algum milagre, o Volume 5 saiu sem problemas.
—Eu diria o mesmo, depois do que você fez com os nossos prazos, como sempre.
Ah, sobre isso—tem um fato surpreendente que eu queria compartilhar. Sabia que humanos são incapazes de fazer romance, ilustração, mangá e reuniões tudo ao mesmo tempo?
—Bem, sim. Isso parece meio óbvio, não?
Hmm, então, com isso em mente, por favor dê uma olhada na minha agenda aqui.
—E aí? Nota algo estranho?
—Vejo várias tarefas relacionadas a romance, ilustração, mangá e anime tudo espremido junto. E daí?
……
Queridos leitores, imagino que vocês já entenderam sozinhos. Mas o verdadeiro milagre aqui é que o Volume 5 conseguiu ser impresso.
—De fato, há muitas coisas neste mundo que ultrapassam o entendimento humano.
É isso aí, levo uma vida plena, desafiando todos os conhecimentos existentes dia após dia (revira os olhos).
—Então, o que acharam de *No Game No Life*, Volume 5? Agora também há um anime em produção, e além disso, o Volume 1 de *No Game No Life: The Comic*, um projeto conjunto de Yuu Kamiya e Mashiro Hiiragi, está chegando às prateleiras ao mesmo tempo, então espero sinceramente que deem uma olhada e gostem das duas versões. Por fim, gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer profundamente a todos os envolvidos, exceto à Sra. Tábua de Peixe.
—Hã? Por que todos, menos eu?!
Olhe isso. Este e-mail insano me cobrando o manuscrito do Volume 6 até o final do ano.
—O quê?! Sr. Kamiya, eu sei que você consegue; desistir não combina com você.