A Rainha da Máfia Quer Me Reivindicar Para Si (Em um Mundo Reverso)

Capítulo 1

A Rainha da Máfia Quer Me Reivindicar Para Si (Em um Mundo Reverso)

O brilho do meu monitor projeta uma luz sombria sobre meu cubículo enquanto eu rolo por mais um capítulo. Uma chefe yakuza durona está, no momento, dominando seu submisso interesse amoroso. É ridículo, mas estou viciado.

“E aí, Adam!”

Quase pulo da cadeira, minimizando a janela na velocidade da luz. Connor está debruçado sobre a parede do meu cubículo, sorrindo como o Gato de Cheshire.

“Cara, você me deu um baita susto,” eu murmuro, tentando disfarçar.

Os olhos de Connor se estreitam desconfiados. “Irmão, você ainda tá lendo aquela história bizarra de mundo invertido?”

“Sim, cara, eu sei que é uma porcaria, mas eu viciei nessa merda.”

Connor solta uma gargalhada sonora e bate nas minhas costas, quase me fazendo cair de cara no teclado. “Você leu aquele que te mandei ontem à noite?”

Eu pisquei, tentando lembrar. “Ah, não, ainda não. Eu não curto muito essas paradas de furry, mano.”

Connor balança a cabeça, me olhando como se eu fosse o cara mais burro do escritório. “Nah, cara, não é furry. É de garotas monstro.” Ele se inclina mais perto, abaixando a voz. “Sabe, tipo aquele hentai yandere de garota mariposa que você gosta, ou aquele hentai yandere de garota slime que você sempre fala.”

“Ah, cara, eu adoro garotas slime,” eu digo, meus olhos se iluminando. “Elas são tipo, as metamorfas supremas, sabe? Possibilidades infinitas.”

Connor ri. “Não, cara, eu sei. Você nunca cala a boca sobre elas.”

Eu me inclino para trás na minha cadeira, um sorriso zombeteiro se espalhando pelo meu rosto. “Cara, se eu namorasse uma garota slime, enquanto eu estivesse transando com ela, eu faria ela tomar a forma da sua irmã.”

Connor nem sequer se abala. “Se eu estivesse transando com uma garota slime, eu faria ela tomar a forma do seu pai e transformá-lo em um chorão. E então eu te mandaria fotos.”

Eu rio tanto que quase caio da cadeira. “Nããão!” Eu grito brincando. “Pegou pesado, mano,” eu digo, fingindo um tom de chateação.

“Ei, você que começou,” Connor encolhe os ombros, ainda sorrindo. “De qualquer forma, você tem que dar uma olhada nessa história nova. Tem tudo, garotas mariposa, garotas lagarta, estupro reverso. É do balacobaco, cara.”

“Parece ser a minha praia,” eu admito. “Vou dar uma olhada hoje à noite.”

Eu me levanto, esticando meus braços acima da minha cabeça. “Cara, a gente tem que ir logo.”

Eu vago até as janelas do chão ao teto, admirando o cintilante horizonte de Boston. Do 22º andar, a cidade parece uma placa de circuito brilhante, toda veias neon e luz pulsante.

Connor se junta a mim, seu reflexo fantasmagórico no vidro. “Cara, você ouviu falar daquele caminhão que atropelou a escola outro dia? Matou um pobre garoto. Ficou todo esmagado no para-lama.”

Eu concordo solenemente. “Sim, que loucura. Que tragédia.” Eu pauso, então adiciono, “Falando em carnificina veicular, você ouviu falar do caminhão que atravessou o 11º andar de um prédio de apartamentos?”

“Sim, cara, é bizarro,” Connor diz, balançando a cabeça. “Tipo, como que isso acontece?”

“Eu sei, né?” Eu digo. “Imagine só você de boa na sua sala de estar, assistindo TV, e de repente um caminhão Mack te faz um 11 de setembro. Eles descobriram o que aconteceu?”

“Nah, cara, eles disseram que foi só um acidente bizarro,” Connor responde, coçando o queixo.

Eu solto um assobio baixo. “Caramba, que loucura. Pelo menos não tem como um caminhão chegar tão alto assim.”

Nós dois ficamos em silêncio, encarando a paisagem urbana. Um minuto inteiro se passa enquanto prendemos a respiração, quase esperando um semi vir arrebentando o vidro. Quando nada acontece, caímos na gargalhada.

“Cara, eu achei que você tinha nos azarado,” Connor ofega, agarrando sua barriga.

“Não, cara, isso não é realista,” eu digo, balançando a cabeça. “Um caminhão precisaria de asas para chegar aqui. Ou, tipo, um catapulta gigante.”

“Ou um motorista muito determinado,” Connor adiciona com um sorriso.

Eu bufo. “Sim, claro. ‘Com licença, tô passando! Preciso entregar esses paletes no 22º andar!’”

Nós dois estamos gargalhando agora, atraindo olhares preocupados dos poucos colegas de trabalho restantes.

“Beleza, vamos pra casa,” eu digo, limpando as lágrimas dos meus olhos. “Essa história de garota monstro não vai se ler sozinha.”

Enquanto pego minha jaqueta, eu ouço Connor gritar, “Adam, sai da frente…”

Antes que ele possa terminar, um estrondo ensurdecedor abafa suas palavras. O mundo explode em caos quando um caminhão semi arrebenta a janela do outro lado do prédio. O tempo parece desacelerar enquanto eu observo a cena impossível se desenrolar.

Estilhaços de vidro voam em minha direção como uma tempestade cintilante. Instintivamente levanto meus braços para proteger meu rosto, mas é tarde demais. O vidro cobre minha pele, mil pequenos cortes florescendo por todo o meu corpo.

Eu nem sequer tenho tempo de processar a dor antes que o caminhão esteja sobre mim. Sua grade enorme preenche minha visão, uma parede de cromo e aço avançando com força imparável. Naquele momento congelado, tenho o pensamento absurdo de que é assim que um inseto deve se sentir antes de atingir um para-brisa.

Então, o impacto.

O caminhão me atinge com a força de um trem de carga. Estou vagamente ciente de ser levantado do chão, carregado pelo impulso do caminhão.

Tudo fica preto.

Não há dor, nenhuma sensação. Apenas uma vasta e vazia escuridão me envolvendo.

“Pensar que eu também fui de 11 de setembro por um caminhão. É um mundo cruel.”


Eu arfo, puxando o ar como se estivesse debaixo d’água por horas. Meus olhos se abrem rapidamente, piscando contra a dura luz fluorescente. O cheiro estéril de desinfetante enche minhas narinas.

“Meu Deus, eu estou vivo,” eu digo roucamente, minha voz áspera por falta de uso. Minhas mãos instintivamente se movem para o meu rosto, sondando cuidadosamente. Há uma dor surda, mas para meu choque, eu não sinto nenhum corte ou cicatriz.

“Adam, você acordou!” Uma voz familiar exclama, carregada de emoção.

Eu viro minha cabeça, fazendo uma careta com a rigidez no meu pescoço. Jessica, minha irmã, está lá, sua aparência geralmente impecável um pouco desarrumada. Seus olhos verdes estão arregalados de alívio e cheios de lágrimas não derramadas.

Antes que eu possa reagir, ela atravessa o quarto em um instante, me envolvendo em um abraço feroz. “Meu Deus, eles não tinham certeza se você ia acordar,” ela diz engasgada, seu corpo tremendo ligeiramente contra o meu.

“Calma aí, maninha,” eu digo ofegante. “Tenho quase certeza de que um caminhão voador não é forte o suficiente para matar seu irmão.”

Jessica se afasta, limpando seus olhos. “O quê?”

Enquanto estou prestes a explicar, um movimento na porta chama minha atenção. Uma mulher que eu não reconheço entra, segurando uma barra de chocolate. Seus olhos se arregalam quando ela me vê, e o lanche escorrega de seus dedos, caindo no chão com um estrondo.

“Meu Deus, Adam!” ela grita, correndo até mim. Jessica se afasta, mas eu noto ela olhando a recém-chegada nervosamente.

Antes que eu possa reagir, a mulher joga seus braços ao meu redor, soluçando no meu peito. “Eu sinto muito, eu sinto muito mesmo,” ela lamenta, me apertando com força.

Eu faço uma careta, meu corpo machucado protestando contra o abraço. “Ah, obrigado?” Eu consigo dizer, completamente confuso. “Desculpa, mas... quem é você?”

A mulher congela, então lentamente se afasta, seu rosto manchado de lágrimas uma máscara de choque e dor. “Adam... sou eu. Claire.”

Eu a encaro pelo que parece uma eternidade, minha mente correndo para processar isso. As luzes fluorescentes lançam sombras duras sobre seu rosto, acentuando as linhas de preocupação gravadas ao redor de seus olhos. Seu cabelo curto, um castanho rico, cai em ondas desordenadas ao redor de seu pescoço. Ela está vestida com uma blusa e saia amarrotadas como se estivesse vivendo no hospital há dias.

Enquanto eu estudo suas feições, memórias fragmentadas começam a surgir. Uma jovem garota com rabos de cavalo e aparelho, rindo enquanto nós perseguimos vaga-lumes.

“Meu Deus,” eu finalmente grito. “Claire Anderson. Sim, nós éramos amigos quando crianças.”

Seu rosto se ilumina por um momento, a esperança tremeluzindo em seus olhos.

“Você está bem,” eu adiciono vagamente, não tendo certeza do que mais dizer. “Por que você está aqui, no entanto?”

A esperança em seus olhos se esvai, substituída por uma nova onda de lágrimas. Elas escorrem por suas bochechas, deixando rastros brilhantes em seu rastro. Seu lábio inferior treme enquanto ela luta para formar palavras.

“Adam,” ela diz engasgada, sua voz carregada de emoção. “Eu sou sua esposa. Nós somos casados há dois anos.”

As palavras me atingem como um golpe físico. Eu empalideço, sentindo o sangue escorrer do meu rosto. O quarto começa a girar, e eu agarro as bordas da cama do hospital para me firmar. Eu posso ouvir o monitor cardíaco acelerar, seu bipe constante se tornando mais frenético, combinando com as batidas no meu peito.

“O quê?” Eu consigo dizer, meus olhos se movendo entre Claire e Jessica, buscando desesperadamente algum tipo de explicação. Mas Jessica apenas fica ali, sua expressão uma mistura de pena e preocupação.

“O quê? Não, isso não pode estar certo,” eu gaguejo, minha mente girando. “Nós paramos de conversar no ensino médio, lembra?”

Eu paro, notando os olhares de preocupação se aprofundando nos rostos de ambas as mulheres. O lábio inferior de Claire treme, novas lágrimas brotando em seus olhos.

Jessica dá um passo à frente, sua testa franzida. “Adam, eu estava lá. No seu casamento. Há dois anos. Vocês dois eram definitivamente casados.”

Eu balanço minha cabeça vigorosamente, fazendo uma careta com a dor surda que floresce atrás dos meus olhos. “Você tem certeza?”

A expressão de Jessica suaviza. “Eu mentiria para você?”

Eu pauso, considerando. Apesar da nossa rivalidade ocasional entre irmãos, Jessica sempre foi brutalmente honesta comigo. “Acho que não,” eu concedo relutantemente.

O quarto cai em um silêncio desconfortável, quebrado apenas pelo bipe constante do monitor cardíaco. Eu me remexo com a manta áspera do hospital, tentando entender essa situação bizarra.

“Então, uh,” eu começo, limpando minha garganta, “quanto tempo faz que o caminhão me atingiu?”

A testa de Claire se franze em confusão. “Que caminhão?”

Os olhos de Jessica se arregalam, e ela troca um olhar preocupado com Claire. “Ele mencionou um caminhão antes também,” ela diz, sua voz carregada de preocupação.

Claire se vira para mim, seus olhos castanhos procurando meu rosto. “Adam, você... você não se lembra do que aconteceu com você?”

Eu olho para elas, perdido e confuso. “O que você quer dizer? Eu estava no trabalho no 22º andar como de costume, lendo uma web novel em vez de trabalhar porque, você sabe, eu estava sendo preguiçoso. Eu estava conversando com Connor, e então bam! Eu fui atingido por um caminhão que veio voando pela janela. Foi insano, vidro por toda parte, a grade do caminhão preenchendo minha visão. Eu achei que estava acabado.”

O rosto de Claire empalidece, seus olhos se arregalando em choque. “Querido, você não tem um emprego ou conhece alguém chamado Connor.”

“Você não foi atingido por um caminhão, Adam.” Jessica parece nervosa, mexendo na barra de sua camisa. “Você foi vio…”

Claire a interrompe bruscamente, lançando-lhe um olhar de advertência. “Você foi atacado à noite há 3 semanas na rua,” ela diz apressadamente. “Você estava voltando para casa, e você foi atacado por um grupo de mulheres.”

Eu pisquei, tentando processar essa informação. “Mas... isso não pode estar certo. Eu me lembro do caminhão tão vividamente.”

Claire estende a mão, segurando gentilmente a minha. Seu toque parece estranho, mas estranhamente familiar. “Adam, querido, não havia caminhão. Você está em coma há três semanas. Os médicos... eles não tinham certeza se você ia acordar.”

Eu balanço minha cabeça, fazendo uma careta com a dor surda que acompanha o movimento. “Não, não, isso não pode estar certo. Connor e eu estávamos brincando sobre caminhões batendo em prédios. Nós estávamos rindo sobre isso!”

Jessica suspira pesadamente. “Adam, escute sua história. Um caminhão batendo no 22º andar? Isso é ridículo.”

“Eu sei,” eu insisto, a frustração se insinuando em minha voz. “Foi disso que Connor e eu rimos. Era ridículo, mas então realmente aconteceu!”

Claire lança a Jessica um olhar irritado, seus lábios se comprimindo em uma linha fina. “Ele precisa processar isso no próprio ritmo dele,” ela diz, seu tom cortante.

Jessica levanta as mãos em rendição. “Você está certa, você está certa,” ela concorda, embora eu possa ver a preocupação ainda gravada em seu rosto.

Claire se vira para mim, seus olhos suavizando enquanto ela me envolve em seus braços mais uma vez.

“Graças a Deus você está bem,” ela sussurra, sua respiração quente contra minha orelha. Seus dedos cravam em minhas costas como se ela estivesse com medo de que eu pudesse desaparecer se ela me soltasse.

Enquanto eu retribuo o abraço desajeitadamente, eu não posso deixar de notar a expressão de Jessica. Ela está observando Claire com uma mistura de suspeita e preocupação, seus olhos verdes estreitados ligeiramente. Há uma tensão em seus ombros como se ela estivesse pronta para entrar em ação a qualquer momento.

“Sinto muito por não me lembrar de você, Claire.” Eu murmuro em seu cabelo.

Ela se enrijece por um momento, então relaxa, cravando seu rosto mais fundo na curva do meu pescoço. Sua respiração está quente contra minha pele enquanto ela sussurra, tão suavemente que eu não acho que Jessica possa ouvir, “Talvez seja melhor assim. Nós podemos nos apaixonar de novo.”

Há algo em seu tom, uma pitada de alívio, que não se encaixa muito bem. Ela parece estar escondendo algo, mas eu não consigo identificar o quê. Eu continuo dando tapinhas em suas costas, minha mente correndo.

“Isto certamente será um ajuste.” Eu expresso um pensamento em voz alta.


Eu devo ter cochilado em algum momento. Quando eu abro meus olhos novamente, o quarto está escuro e silencioso. O bipe constante do monitor cardíaco é o único som quebrando o silêncio. Eu pisquei grogue, tentando me orientar.

Jessica se foi. Ela disse algo sobre voltar amanhã. Claire estava ficando, no entanto. Eu examino o quarto, mas ela também não está aqui. A porta está bem fechada.

Eu me movo na cama, fazendo uma careta com a dor surda nos meus músculos. Quando eu viro minha cabeça, eu vislumbro um movimento através da janela na porta. Claire está lá fora, conversando com alguém.

Eu aperto os olhos, tentando distinguir com quem ela está. É uma mulher alta, elevando-se sobre Claire por pelo menos uma cabeça. Ela tem longos cabelos loiros caindo em suas costas, e 'puta merda, aqueles são olhos vermelhos?' Eles estão praticamente brilhando na luz fraca do corredor.

Claire parece estressada, suas mãos se movendo em gestos nervosos enquanto ela fala. A mulher loira parece irritada, seus braços cruzados firmemente sobre o peito. Sua expressão é tempestuosa, aqueles olhos vermelhos estreitados perigosamente.

Eu me esforço para ouvir o que elas estão dizendo, mas a porta abafa suas vozes. Os ombros de Claire estão curvados como se ela estivesse tentando se fazer menor. A mulher loira se inclina para perto, dizendo algo que faz Claire se encolher.

De repente, como se sentisse meu olhar, a cabeça da mulher loira se volta para mim. Aqueles olhos carmesins se fixam nos meus, e eu sinto um arrepio percorrer minha espinha. Seu olhar é predatório, quase faminto. Um sorriso lento e perverso se espalha pelo seu rosto.

Eu não posso deixar de encarar, paralisado pela loira escultural. Ela é como algo saído de um sonho.

Ela é alta, incrivelmente alta. Pelo menos 1,93m. Seu rosto é uma obra-prima de ângulos agudos e curvas suaves, maçãs do rosto altas e lábios carnudos curvados em um sorriso presunçoso.

Seu corpo é uma obra de arte, todas as curvas perigosas mal contidas por um terno sob medida de aparência cara. A jaqueta estica ligeiramente sobre seu peito amplo. Há uma aura de poder ao redor dela, bruto e primordial.

Já que ela está aqui, ela pode me conhecer, então eu levanto minha mão em um aceno fraco. Seu sorriso se alarga, tornando-se totalmente carnívoro. Aqueles olhos carmesins parecem queimar ainda mais forte enquanto ela retribui o aceno, seus movimentos lentos e deliberados.

Claire nota nossa interação e gira sua cabeça para me olhar. Seus olhos estão arregalados de preocupação, movendo-se nervosamente entre mim e a deusa loira. Ela diz algo urgentemente para a mulher mais alta, que apenas ri em resposta.

“Eu me pergunto quem é aquela senhora alta,” eu murmuro para mim mesmo enquanto eu me deito de volta na minha cama.