Capítulo 1
Regas
(Esse capítulo contém violencia infantil)
Há muito tempo, em uma era lendária, os humanos eram atacados por dragões e corriam grandes perigos. Corajosos era, os cavaleiros que tentaram detê-los, mas infelizmente, eles eram apenas meros mortais.
Quando pensaram não haver mais esperanças, foi outro dragão que estendeu a mão, só havia uma razão pela qual ele, que era tão cruel, ajudou a humanidade, o dragão na verdade, amava um daqueles guerreiros.
Então, o dragão que tentou destruir o mundo desapareceu e a paz sobreveio. O dragão abençoou o reino, e junto com seus os cavaleiros, fundou um país. Dizem que há uma profecia, de que alguém, entre os herdeiros reais, herdará o poder passado de geração por geração, um poder de um dragão, capaz de governar o país por gerações.
Mas essa não foi a única coisa que foi herdada, a crueldade do dragão também foi concedida ao rei. Por esse motivo, o Regas, domador de dragões, sempre estava ao lado de Sua Majestade. Uma pessoa que está mais próxima do rei, do que qualquer outra pessoa e que possui a sua confiança.
Conforme o tempo passou, e o sangue com seu poder desapareceu, a necessidade dos Regas diminuiu consideravelmente. Mas os Regas já haviam se tornado um símbolo de paz, bem como um colaborador próximo do poder. Agora, eles têm de se tornar domadores de humanos em vez de domadores de dragões.
“Então, originalmente, a aparência não era importante para um Regas, mas, para ganhar o favor do rei, eles criam meninos bonitos, de aparência chamativa e os chamam Regas, mas isso está errado.”
“Como isso é diferente de um cafetão?”
Embora já houvesse ouvido isso centenas de vezes, Abel não conseguia evitar questionar, gerando a insatisfação do seu Mestre.
“Então o que um Regas precisa é de…”
“Uau, está escalando um penhasco?”
Agora o destino estava ao virar a esquina, seus membros tremiam por escalar o penhasco por tanto tempo, porém o professor que esperava acima não pensou em pegá-lo e continuou a reclamar.
“O que os Regas mais precisam, é de uma boa relação. Árvores, grama, pássaros, vento. Dizem que só as pessoas que conseguem se comunicar com a natureza são qualificados para se aproximar dos dragões. Claro, você deve ser paciente também! Domar um dragão demanda uma boa personalidade para lidar com seu temperamento arredio e também uma boa força física! Então no início, um Rega era apenas um colega que suprimia os instintos do rei, e lhe dava conselhos, e não apenas um brinquedo sexual. Um rei que se disfarçou de Jericó”
O professor levantou a voz, e explodiu de raiva. O orgulho de criar verdadeiros Regas, era evidente em seu rosto, mas sua aparência miserável, com roupas velhas e puídas, relevou uma realidade desafortunada.
Há muito tempo, ele criou um Regas que veio a se tornar o companheiro espiritual do rei, mas com o passar do tempo, o único discípulo que lhe restou, foi Abel.
Como as pessoas, há muito consideram Regas como a concubina do rei, não havia necessidade de um método para domar um dragão, mesmo que fosse necessário.
Ainda assim, Abel se perguntou que benefício traria escalar o penhasco.
“Eca”
Embora fosse do interior, e possuísse um físico forte, ele gemeu.
Abel apenas se levantou e agarrou-se ao chão, balançando os membros convulsivamente, no entanto, o indiferente professor insistiu para que ele se levantasse.
“Apresse-se e me siga, hmmm, eu tenho que ir colher cogumelos antes que o sol se ponha”
Abel suspirou e mal conseguiu levantar o corpo exausto.
Já haviam se passado dez anos desde que Abel ficou sob a tutela de seu mentor, originalmente, ele não tinha intenção se de tornar um Regas. Há dez anos, ele era apenas um menino de oito anos, que mal sobrevivera em uma cidade devastada pela guerra.
Quando ninguém o acolheu, não sendo estranho se ele chegasse a morrer de fome, uma pessoa se aproximou dele, e acabou por ser um professor que estava passando. Então, não importa o que o seu mestre lhe ensinasse, Abel tinha que aprender e lhe retribuir o favor, mas não importa o quão benfeitor ele seja, ele ainda seria um Regas.
Isso o deixou muito confuso a principio. O que é um Regas? Não era a posição de companheiro espiritual do rei que só a pessoa mais bonita do país poderia ocupar? Uma pessoa tão grande e de aparência áspera como a dele não combinava nada com esse título.
Atualmente só existe um local onde se criam Regas “O coração do Rei”, no entanto, o mestre disse que sua seita também foi um local onde se criavam Regas. É também uma seita ortodoxa que produziu Regas oficiais, claro, diz-se que o verdadeiro caso de se tornar herdeiro do dragão, foi a muito tempo.
Talvez seja por isso que os ensinamentos aqui foram completamente daqueles do “coração do rei”. O mestre disse que as qualidades dos Regas vêm de dentro, e não de fora. Mas é claro que olhando para o mestre e seu único discípulo, essa afirmação não é nada confiável.
No entanto, Abel rapidamente seguiu seu mestre sem dizer nada, ultimamente, seu mestre vinha aumentando a intensidade de seu treinamento, e ele sabia que o motivo era por causa de sua ansiedade.
Há oito anos, nasceu uma criança na família real que herdou o poder do dragão, no entanto, ao contrário do fato de que as habilidades do dragão estavam quase desaparecendo, havia um boato de que a marca do dragão teria se revelado no corpo da criança recém-nascida. Só tinha uma coisa que preocupou o seu mestre. O que aconteceria se a criança não houvesse nascido somente com a aparência, mas também com o poder de um dragão? Se ele não conseguisse controlar, um grande problema poderia acontecer, um desastre que poderia até mesmo devastar o reino.
**************
A rainha estava em uma posição que todos invejavam, embora ela fosse filha de um nobre pobre, graças a sua notável aparência, ela chamou a atenção dos galãs do reino, e acabou por se tornar na rainha, no entanto, talvez por causa dos Regas, que controlam o poder dos dragões, todos os reis estavam mais interessados em homens, assim, apenas um mês depois de entrar no palácio, a rainha percebeu que ela era simplesmente uma ferramenta para dar a luz.
Portanto, ela somente tinha permissão de encontrar o rei um único dia no mês. Mesmo naquele dia, não houve conversa entre eles, mas somente uma cama para copular, sem conversar com o rei.
No começo, ela pensou que poderia lidar com isso, afinal, ela se libertou e ascendeu a esta posição, embora ela fosse um nobre apenas em seu nome, escapando de uma pobreza, onde até mesmo foi forçada a alimentar os porcos por conta própria.
Sem nem mesmo um centavo para o dote, não importaria o quão bela ela fosse, ninguém se casaria com ela, e mesmo que quisesse ela não poderia se tornar uma concubina, isso porque havia uma lei que impedia nobres de se tornarem concubinas. Então quando recebeu a oportunidade de se tornar rainha, ela a agarrou sem hesitar, afinal, qualquer coisa seria melhor do que a realidade nojenta de criação de porcos.
Acima de tudo, ela tinha a sua dignidade, afinal, não havia ninguém que não se cativasse com a sua beleza, então até mesmo um rei cercado por Regas não resistiria aos seus encantos, talvez ele até mesmo se ajoelhasse e prometesse realizar todos os seus desejos.
Se ao menos o rei se apaixonasse por ela, ela teria o mundo em suas mãos. Logo ninguém lembraria que ela era um pobre mendiga que cheirava a porco e todos os que a desprezaram e que zombaram dela, se arrependeriam.
Logo.
Uma vez que o rei se apaixonasse por ela.
Contudo, na primeira noite após a esplendorosa festa de casamento, quando o rei deveria vir aos seus aposentos, ele não apareceu. Foi somente um mês depois que ela finalmente viu o rosto de Sua majestade, enquanto esperava por ele em seu palácio que ninguém visitava. Ela havia arrumado o cabelo, maquiado e colocado as roupas mais lindas, mas não houve os sorrisos e elogios que ela tanto esperava.
Foi apenas um breve ato sexual gerado pela mais pura necessidade das circunstâncias. Foi a primeira humilhação que ela sentiu, mas não tinha ninguém para a ajudar. Isso se repetiu, dormir com o rei que voltava apenas uma vez por mês, era sempre igual. A única coisa que lhe era permitida, era se abrir para ele, e permanecer deitada.
Ela não podia ver o rosto do rei, nem mesmo podia tocá-lo ou dizer palavra alguma, essa era a regra.
Existindo apenas para reproduzir um herdeiro.
Em algumas vezes, ela tentou conversar com ela, mas essa tentativa apenas resultou em confinamento, dias sem receber comida ou água, trancada em seu quarto.
Aquela sala repleta de mobílias luxuosas, joias e vestidos caros, tornou-se a mais terrível prisão para a rainha. Apesar de sua posição, ela teve de implorar de joelhos em direção à fresta da porta para conseguir um pedaço de pão. Somente quando ela desistiu e abandonou todas as esperanças no rei, é que a porta se abriu.
O rei a visitava somente uma vez por mês, sempre para copular. Esse estilo de vida continuou por dois anos. Agora o rei era um terror para ela. Apenas o som de seus passos e suas voz faziam o sue corpo tremer como se estivesse com frio. Ela havia esquecido há muito tempo o sonho de torná-lo seu e governar o país. Até a sua raiva havia desaparecido.
Não importava que ela, como rainha, nunca fosse convidada para eventos oficiais, ou que o seu lugar fosse sempre ocupado por um Regas. A única esperança que lhe restava era gerar um príncipe.
Apenas uma pessoa em cada geração herda o poder do dragão. Mas se ela falhar, o “coração do rei” a expulsaria de sua posição como rainha, e colocariam outra em seu lugar. Ela tinha que arranjar um sucessor adequado o quanto antes. Suportanto uma vida presa e ridicularizada por todos, ela só conseguia pensar nisso.
Então, ela aguardava ansiosamento o encontro mensal com o rei. As coisas vão mudar quando ela tiver o filho que se tornará rei, o rei a verá novamente e as pessoas não poderão mais ridicularizá-la. Seu desejo se tornou reazlidade após dois longos anos de espera. Um filho.
Era a sua ultiuma esperança, e desta vez ela não falharia. Até que ela viu os olhos do recém-nascido.
“Oh, tire isso de mim!”
Ela só conseguiu gritar assim no momento em que viu o filho pela primeira vez após o parto.
“Ah! Não, traga meu filho para mim. Traga meu filho, não aquele demônio!”
O recém-nascido também chorou com o desabafo dela. A empregada que segurava o bebê chorando virou rapidamente o corpo da criança, mas não pensou em acalmá-lo. Porque o rosto dela estava mais pálido de medo do que o de qualquer outra pessoa. A rainha estava certa. Esta criança ela maligna, caso contrário, como ele poderia nascer com olhos tão estranhos? Nada além dos olhos de uma cobra.
O príncipe foi amaldiçoado.
Suspirar.
Rumores sobre a criança chegaram aos ouvidos da rainha. No entanto, ela acreditava que esses rumores eram verdadeirs. Se não fosse uma maldição, qual seria outra maneira de explicar esta terrivel situação?
“A marca do dragão é visível, mas não sinto qualquer habilidade”
o significado por trás das palavras do atendente que os visitou, foi o seguinte, seu filho não era nada mais do que uma pessoa inutil que nasceu com olhos odiosos. Ele acrescentou que há casos em que as habilidade se manifestam tardiamente, mas a rainha já estava longe, distante em seus pensamentos. A criança, que era para ser a chave para fora daquela situação, e lhe trazer honra, era uma vergonha ainda maior. O palácio da rainha era mais repugnante que um chiqueiro.
O caminho para sair deste lugar agora está bloqueado. A mulher que deu à luz a criança amaldiçoada perdeu ate mesmo o dever de cuidar do palácio, que lhe era direito como rainha. O rei já não a procurava mais, e até mesmo a sua ultima oportunidade desapareceu. E a causa de todo esse infortúnio era aquele demônio que nasceu com olhos amaldiçoados.
A única pessoa que a compreendeu foi o atendente, ele lhe deu remédio para acalmar sua mente e sussurrou.
“Você deve orientar bem a criança e estar ao lado dela. Ele não deve se tornar um verdadeiro demônio”
Depois de tomar o remédio, ela se sentiu realmente melhor e não teve mais medo dos olhos terríveis da criança. Sua missão ficou mais clara, se ela deixasse aquela criança sozinha, ele realmente se tornaria um demônio. A partir dai, rainha deu lições à criança com seu corpo pequeno e obediente. Cada vez que a criança chorava, ria, ou tentava olhar em seus olhos, ela p punia.
No inicio, era apenas beliscar ou cuspir e agarrar o corpo com força. Ela gritou maldiçoes enquanto olhava para a criança, que não conseguia compreender nenhuma palavra, com o olhos cheios de ódio. O medo de que seu filho pudesse se tornar um demônio aumento a medida que consumia mais o remédio. A criança que costumava ser punida uma vez por semana, agora era punida a cada dois ou três dias, e os ferimentos leves que costumavam ser inflingidos tornaram-se tão forte que o sangue vermelho escorria.
O rei, que nem prestava atenção na rainha porque estava sempre ocupado com seus Regas no quarto, também alimentou ódio por ela. Mas nem mesmo isso o fazia visitar a criança.
O rei, que veio visitá-lo um mês depois de seu nascimento, riu e abriu a disse para a rainha: “Ela disse que daria à luz a uma criança que herdaria o poder do dragão, mas acabou dando à luz a um dragão com apenas olhos de dragão e sem habilidades.”
Depois disso, o rei nunca mais visitou os aposentos da rainha, onde ela e o menino residem. No entanto, o último comentário sarcástico deixado pelo rei enraizou-se profundamente no coração da rainha. Isso tudo é por causa daquele diabo.
A rainha tentou controlar o demônio, mas no final, acabou por se tornar o próprio diabo.
OBS da tradutora.
1º também estou no Wattpad, caso queiram me apoiar por lá, o link é o https://www.wattpad.com/user/Gardenia_Fairy
2º Esse é meu primeiro projeto com tradução, ainda não sei como vai ser o cronograma, mas assim que me organizar, avisarei.
3º Caso haja erros de digitação, ou se algo for de dificil compreensão, me avisem, farei o que puder para consertar.
4º Avisarei os gatilhos sempre que possivel, mas fiquem cientes de que se trata de um história com uma quantidade consideravel de violencia.
5º Por fim, por favor, comente se gostar.