Capítulo 8

Lyle se aproximou de mim.

— Você é o Han, certo? Você sabe alguma coisa sobre esse lugar?

— Não estou aqui há muito tempo, então também não sei muito. Se há uma coisa que eu sei é que se não fizer o que ela manda, posso morrer. Então, pessoal… — apontei para a porta aberta do arsenal — É melhor pegarem as armas de lá. Vai começar em breve.

— O que vai começar?

— Uma batalha.

— B-Batalha, você disse batalha?

— Se você não gosta, pode ficar.

Entrei no arsenal.

Várias armas estavam presas nas antigas vitrines. Era o que Qlqr1 obteve das dez invocações consecutivas de equipamentos: Espadas de ferro, Arcos, Maças e Lanças. Havia vários tipos.

Não muito tempo depois, as pessoas começaram a migrar para o arsenal.

— Podemos escolher as armas?

Uma mulher de meia idade me perguntou ansiosamente.

Eu acenei com a cabeça.

— E-eu não sei nada sobre luta! Nunca lutei antes, mesmo quando era jovem!

— Basta escolher. Escolha primeiro e pense depois!

— Este é meu!

Aos gritos, as nove pessoas começaram a vasculhar o arsenal.

A arma de maior qualidade parecia ser a maça que Lyle estava segurando. Enquanto observava a arma, percebi que a ponta da maça tinha uma bola de ferro com pontas.

Quando nossos olhos se encontraram, Lyle tremeu. Ele deve ter pensado que eu iria tirar isso dele. Eu sorri e me afastei.

Não se preocupe. Eu não vou aceitar.

Peguei o equipamento em um canto do arsenal.

Este aqui eu quero. Estava preocupado com o que fazer se não tivesse saído.

Quando os níveis e as estrelas estão baixos e o herói não está acostumado a lutar, o equipamento que mais aumenta a capacidade de sobrevivência é o Escudo. Foi uma das dicas que aprendi ao criar conjuntos de personagens de uma estrela.

Aqueles que seguravam escudos tinham maiores chances de sobrevivência.

[Saiam do arsenal! É hora de começar!]

Isel saltitava pela praça.

Cada pessoa pegou seu próprio equipamento e saiu do arsenal. O cadáver de Marmont, junto com o sangue e os destroços, havia desaparecido da praça.

— O que aconteceu?

— Foi mágica?

[Tão barulhentos, não chamei seus nomes antes? Lyle, Ranto, Marlene, Kelkerd, Saxony! Vocês cinco. Entrem por aquele portão, agora!]

Os cinco indivíduos nomeados hesitaram, mas entraram. Enquanto Isel os seguia para dentro, a porta se fechou.

Um silêncio se seguiu.

Quatro pessoas restantes ficaram paradas.

Sentei-me perto da Fenda no Espaço-Tempo, examinando meu escudo. Verificando se estava quebrado ou com algum buraco, certificando de que poderia bloquear efetivamente os ataques inimigos.

Não encontrei problemas.

Era um escudo de madeira rústico, mas deveria ser capaz de bloquear as espadas ou flechas dos goblins sem muitos problemas.

— Você sabe o que vai acontecer?

Uma garota segurando um arco se aproximou de mim.

Ela tinha longos cabelos ruivos e sardas. Era uma cabeça mais baixa que eu e sua pele era marrom bronzeada.

— Não exatamente.

— O que vai acontecer conosco? Por que precisamos de armas? Onde estamos? O que é essa fada?

Ela disparou perguntas para mim em rápida sucessão.

É por isso que tentei fingir que não sabia. Minha interferência anterior não foi por causa deles. Era para aumentar minhas próprias chances de sobrevivência. Marmont, que era um mercenário profissional, havia morrido, e os quatro restantes não pareciam lutar bem.

Gael, o velho carroceiro que dirigiu carroça a vida toda.

Grit, um vendedor ambulante que afirmava nunca ter brigado com alguém.

Dajil, um porco gordinho que eu duvidava que pudesse correr rápido.

E essa garota atrevida, Jenna.

É por esse motivo que eles têm uma estrela?

Se a sorte estivesse contra nós, poderíamos morrer no primeiro andar.

Eu dei uma resposta vaga.