Volume 5 - Capítulo 415

"Aang, o poder do Avatar em seu corpo não vem de uma biologia especial. É por causa de Raava, o espírito da luz e da paz. Ela é um dos espíritos mais antigos conhecidos, tendo existido por mais de dez mil vidas antes do aparecimento dos primeiros humanos."

"Quando o primeiro Avatar, um ancião chamado Wan, estava morrendo em um campo de batalha devastado pela guerra, pediu desculpas a Raava por não ter conseguido trazer a paz. Raava o tranquilizou dizendo que tudo não terminaria em vão, pois eles permaneceriam juntos por todas as vidas de Wan e nunca desistiriam. Quando Wan expirou o último suspiro, seu espírito, acompanhado pelo de Raava, saiu de seu corpo em forma de luz dourada e renasceu como o próximo Avatar."

"Então, a alma de cada novo Avatar se combina com a de Raava, e quando morrem e reencarnam, a alma do Avatar anterior também os acompanha. Esse é o caso com você e Kyoshi também. Não há como separar dois espíritos e, mesmo que houvesse, o próximo Avatar nunca teria nascido. Eu poderia ter acabado matando as almas de todos os Avatars anteriores e Raava."

"Kyoshi era uma mulher forte. Ela sabia o que devia fazer e morreu fazendo isso, me fazendo jurar que não a salvaria quando estivesse em seu leito de morte. Eu não a salvei, mas mostrei a ela o céu onde eu vivo. Então, ela viveu uma longa e feliz vida antes de morrer. Foi muito doloroso para mim ver minha filha morrer assim. Nunca é fácil para um pai." Alexander explicou detalhadamente, embora seu rosto estivesse triste ao final.

Aang assentiu e ficou em silêncio. Ele não sabia o que dizer. Ele mesmo havia perdido toda a sua tribo.

Eles finalmente chegaram à Ilha Kyoshi, onde Alexander foi primeiro ao enorme monumento de Kyoshi e orou por um tempo. Ele sabia que o espírito de Kyoshi estava no Reino Espiritual e era recuperável por Aang, se ele precisasse. Mas também era verdade que ele não poderia dar a ela um corpo físico. Isso era muito diferente do que ele havia feito para Hagoromo e Hamura, porque além de viver no Reino Espiritual, ela também residia em Aang e fazia parte dele.

"BWAHAHA...PARE...CHEGA...OK, EU NÃO VOU GRITAR!"

"Não adianta, você ainda está gritando. Castigo de cócegas", respondeu Chomei.

Alexander ouviu os barulhos e foi em direção a eles. Logo, a visão de Chomei ensinando uma lição ao seu paciente e Amy escovando Appa apareceu.

"O que meus filhos estão fazendo?" ele disse alegremente.

"Ah, G-Chan, essa malvada tentou queimar as pessoas aqui", reclamou Chomei.

Alexander olhou para Azula: "Hmm, parece que vou precisar aumentar a dose. Bem, não se preocupe, eu nunca desisto dos meus pacientes. Continue com o bom trabalho, Chomei."

Alexander então foi até Amy: "Haha, cuidando de Appa, hein."

"Nunca vi um animal como este antes. E ele também é tão fofo." Ela disse e mergulhou na macia pelagem das costas de Appa.

"Hehe, que bom que você está gostando. Precisamos ir para Gaoling agora. O novo professor de dobra de terra do Aang está lá." Ele a informou.

A aldeia atual era uma pequena ilha e as pessoas viviam razoavelmente bem lá, então, depois que ele deixou muitos suprimentos para as pessoas, ele e todos os outros sentaram nas costas de Appa e voaram para seu próximo destino.

"Então, alguma ideia de como é esse novo professor seu?", perguntou Alexander a Aang.

"Ummm... Eu não sei. Eu tive essa visão em que vi algo. Era um javali voador e uma garota em um vestido branco." Disse Aang.

"Bem, isso é algo. Com certeza a encontraremos em pouco tempo." Alexander o garantiu. Então ele foi até Dobby.

"Eu quero que você vá em sua própria missão e comece a preparar o mundo para uma mudança repentina de poder. Quero que seja o mais suave possível." Ele disse.

Dobby assentiu: "Sim, eu sabia que algo assim seria necessário. Em todas as nossas viagens, não encontramos uma única família que tivesse uma mistura de raças. O mundo está realmente dividido pelas pessoas que se apegam a seus territórios. A Nação do Fogo é a primeira a iniciar sua globalização, mas mesmo assim de forma errada."

"É por isso. Leve Shukaku e Kurama com você para te fazer companhia. Use todos os recursos necessários." Ele instruiu. Dobby assentiu e desapareceu do local em um instante.

"Uau, onde ele desapareceu?", exclamou Sokka.

"Magia..." respondeu Alexander.

Depois de um tempo, eles finalmente chegaram à grande cidade. Eles deixaram Appa com Chomei e Azula perto de uma selva e entraram na cidade.

Olhando para o mercado movimentado, Sokka vibrou e pulou: "Ah, depois de tanto tempo, finalmente estou vendo uma cidade grande o suficiente. Tantas coisas boas por toda parte, quero comprar tudo!"

"Vovô, vou fazer um tour pela cidade. Te vejo mais tarde." Amy interrompeu e foi embora.

"Ah, é meu dever não deixar a senhorita Amy ir sozinha. Vou te proteger a todo custo." Disse Sokka e tentou segui-la, mas logo percebeu que não conseguia se mover.

Ragnarok o agarrou pela gola: "Moleque, Dobby transferiu seu treinamento para mim. Prepare-se para passar pelo inferno."

Sokka desabou em suas mãos: "Não de novo,"

"Ok, vamos procurar sua nova professora agora", disse Katara e abriu caminho, ignorando a miséria de Sokka.

...

Amy estava andando pela cidade e olhando várias coisas. Ela também estava comprando algumas. Ela gostou do cenário antigo do mundo. Sem máquinas ou carros desnecessários.

"Ah, parece haver um parque do outro lado", pensou ela quando chegou a um muro. Ela pulou por cima e imediatamente encontrou uma garota sentada sozinha.

"Quem é você? Uma ladra?", exclamou a garota e assumiu uma posição de luta.

"Ah, não, não. Eu não sou ladra. Achei que este era um parque, então só vim ver algumas árvores e flores." Amy explicou.

A garota percebeu que não havia malícia em relação a ela: "Ah, então posso te mostrar os arredores. Eu sou Toph, aliás."

"Eu sou Amy."

"Me siga, vou te mostrar as melhores flores, ou pelo menos as que eu acho que são as melhores pelo cheiro", disse Toph e começou a andar.

Ela levou Amy a um pequeno campo de jardim: "Este é o lugar onde nossas melhores flores ficam."

"Elas são lindas, a cor delas é incrível", exclamou Amy.

"Hmm, bem, eu nunca sei qual é a cor", disse Toph.

Amy então olhou para o rosto dela e percebeu um problema: "Você não consegue ver."

"É, nasci cega", respondeu Toph.

Amy então de repente se lembrou de quando costumava ser cega... e assustada. "Então como você consegue andar com tanta precisão?"

"Isso é por causa da minha dobra de terra. Eu vejo através dos meus pés. Consigo sentir meus arredores com as vibrações que acontecem na terra." Toph explicou.

"Isso é incrível. Bem, eu também costumava ser cega quando era pequena. Mas eu não tinha nenhum tipo de dobra para ajudar. Era só escuridão e medo." Amy compartilhou seus pensamentos.

Toph estava interessada agora: "Você disse que 'costumava' ser cega? Como você recuperou sua visão?"

"Sim, eu era órfã naquela época, meus pais morreram por causa da guerra. Então o vovô me adotou e me devolveu a visão com sua medicina mística. Eu ainda me lembro do dia em que vi pela primeira vez. O primeiro rosto foi o do vovô, ele pode parecer velho para os outros, mas para mim, ele tinha o rosto mais bonito e gentil do mundo." Amy falou longamente, relembrando seu passado.

Toph conseguiu sentir os sentimentos de Amy através de sua mudança de tom. Então ela perguntou: "Seu avô também pode me dar olhos?"

Amy assentiu: "Sim, ele certamente pode fazer isso. Ele é especialmente gentil com todas as crianças. Por que não saímos e o encontramos? Ele está pela cidade."

Toph concordou rapidamente: "Ok, vamos. Eu também tenho que participar de um torneio de dobra de terra."

"Você vai ficar bem?", perguntou Amy preocupada.

"Hehe, eu sou muito forte, Amy", Toph riu alegremente.

...

Alexander e seu grupo chegaram ao estádio do Earth Rumble, pois diziam que lá estariam os dobradore(a)s de terra mais poderosos. Eles logo perceberam que era um campo de luta brutal.

"Alex, por que você não participa? Vou apostar em você", cutucou Alexander, Ragnarok.

"Mas isso seria trapacear. Já sabemos que eu vou ganhar", disse Alexander.

"Ah, vamos lá, Alex. Além disso, esses caras são todos criminosos e comandam um esquema de extorsão." Ragnarok tentou convencê-lo.

"Hmm, bem, nesse caso, vou pegar a recompensa e doar." Alexander decidiu e preencheu seu nome no torneio.

Ragnarok então rapidamente foi até a banca de apostas e colocou mil moedas de ouro na vitória de Alexander sem nenhum ferimento.

"Haha, este dragão vai ficar rico", ele riu, embora já tivesse bilhões de moedas de ouro em sua caverna em Dracheim.

Escondido de Ragnarok, Sokka também colocou todo o seu dinheiro em Alexander. ~Hehe... Vou ficar tão rico.~

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30 capítulos antecipados estão disponíveis em -/misterimmortal

Agradecimentos especiais a *Chessur* *Douglas Flower* *Umar Latif*

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