Volume 4 - Capítulo 329

"Bem, acho que estamos em Marte agora. Mas deve haver uma razão para estarmos aqui", concluiu Alexander.

"Chefe, olha, tem um homem ali", Dobby apontou para a distância. Olhos normais não conseguiriam ver tão longe, mas os deles conseguiam.

"É, parece um rover bem avançado. Vamos segui-lo e ver se existe uma colônia humana estabelecida", disse Alexander.

"Parece que ele está cavando alguma coisa", Ragnarok acrescentou.

Logo o humano terminou o que estava fazendo e foi embora. Alexander o seguiu até sua habitação.

"Okay, eu estava errado, os humanos ainda não evoluíram o suficiente. É só uma pequena unidade habitacional. Vamos fazer uma visita", disse Alexander. Ele também teve uma leve ideia de onde estava.

...

Dentro da unidade habitacional, um homem ouvia músicas disco e escavava batatas que cultivou usando seu vasto conhecimento e… um pouco de cocô.

*Toc Toc*

Mark Watney estava apenas cuidando da sua vida quando ouviu batidas na escotilha de entrada. Inicialmente ignorou, pensando que era areia, já que o vento estava forte lá fora.

*Toc Toc Toc*

Agora, parecia mais batidas. Batidas de igual intensidade e com intervalos iguais entre elas. Ele sabia que estava sozinho em Marte e nenhuma missão estava em andamento.

Então, decidiu verificar o que estava causando tanto barulho. Não havia janela para ver o exterior, então ele teve que colocar o traje novamente e abrir a porta.

Depois de alguns minutos, foi e abriu. Lá, viu 3 pessoas vestidas em túnicas, e nem mesmo usavam trajes espaciais.

Então, um pensamento lhe ocorreu: "~Ah, estou alucinando?~"

Mas no momento seguinte, as 3 pessoas falaram: "Ei, garoto. Eu sou Alexander. Se importa se entrarmos?"

"Quero dizer, vocês são só alucinações, então não vejo problema nenhum com isso", Mark deu de ombros, deixou-os entrar e fechou a escotilha. Ele agora estava preocupado com sua saúde mental.

Assim que Alexander entrou, viu a horta improvisada de Mark. Ele soube que estava no mundo do filme "Perdido em Marte" naquele momento. Então, pegou seu telefone e procurou qual era sua missão. Afinal, não poderia ser apenas salvar o homem que já ia ser salvo.

Ele leu a mensagem e dizia que a Terra era uma Terra normal e precisava de uma limpeza normal. Significando que não havia nenhum supervilão desta vez. Apenas a Terra normal.

Ragnarok e Dobby foram até a mesa e começaram a tirar comida de um… Phixheim? Estavam comendo um belo bife. Logo, o cheiro apetitoso tomou conta do lugar.

Mark ainda estava descartando tudo como alucinação e cozinhou suas batatas.

Alexander também foi e se juntou a Dobby. Mark se aproximou e perguntou:

"Você quer algumas das minhas batatas?"

"Você quer dizer as batatas com cocô? Agradeço, mas prefiro não comer isso. Aqui, experimente um bife também", disse Alexander e lhe deu um prato cheio de carne. Alexander ainda estava surpreso com a facilidade com que Mark havia aceitado, sem nem mesmo fazer perguntas.

Mark sentiu vontade de comer o bife por causa do aroma, mas sabia que era uma alucinação, então não ia encher sua barriga. Mesmo assim, deu uma mordida e seus olhos se arregalaram.

"Isso… isso é real!", exclamou.

"Claro que é, é fresco da árvore de carne", Ragnarok zombou.

"Não, quero dizer… vocês três são meras alucinações. Como essa coisa pode ter um gosto real?", Mark esclareceu.

"Uau, somos tão reais quanto você, garoto", disse Dobby.

"M-mas isso é Marte", Mark apontou.

"Quando dissemos que éramos humanos?", Alexander acrescentou.

O bife ficou preso na garganta de Mark, *TOSSE TOSSE*

"O quê?! V-vocês são… alienígenas?", perguntou. Seu rosto havia perdido toda a cor.

"Sim, somos", Alexander assentiu.

"Mas vocês parecem humanos", Mark apontou.

Alexander apontou o dedo para a mordida que Ragnarok estava comendo e ela se transformou em uma barata viva.

Ragnarok ainda comeu a sua, mas a cuspiu quando ela começou a se mexer na boca dele: "Que porra foi essa? Preciso fazer gargarejos agora".

Alexander apontou novamente para a barata e a transformou em uma moeda de ouro. "Humanos conseguem fazer isso?"

Mark balançou a cabeça: "Quem diria que alienígenas viviam em Marte".

"Nós não somos de Marte, nem sequer somos desta galáxia", Dobby esclareceu.

"Quer dizer, intergalácticos? Preciso informar a NASA. Essa será uma grande descoberta", Mark se levantou animado para ir até a sonda e falar com a NASA.

"Claro, vá em frente, como se eles fossem acreditar em você. Eles vão apenas dizer que você está alucinando", Alexander lhe disse.

"Espera, vocês não vão se apresentar à Terra?", ele perguntou.

"Por que faríamos isso? Imagine o efeito devastador que a Terra teria se eles de repente encontrassem viajantes intergalácticos superpoderosos. Seria um caos total com as pessoas questionando tudo. Tenho certeza de que um ou dois cultos até começariam a me chamar de deus ou algo assim. Sua espécie não está pronta ainda, garoto", Alexander explicou.

Mark ficou calado por um tempo. Ele conseguia imaginar tudo isso acontecendo na Terra. A Terra era muito dividida e burra. Não estava pronta para encontrar alienígenas e se aventurar no espaço, isso só traria tecnologia que poderia trazer mais destruição a eles.

"Então por que vocês estão aqui?", Mark perguntou.

"Honestamente, não sabemos. E você? Por que está aqui?", Alexander perguntou de volta.

"Estou encalhado. Minha tripulação foi embora por causa de uma tempestade. Eles acham que estou morto", Mark contou sua história.

"Hah, não se preocupe. Tenho certeza de que eles virão te buscar", Alexander o consolou.

"Não tenho tanta certeza disso", Mark murmurou.

Alexander então olhou para Dobby: "Você e Ragnarok deveriam cuidar dos negócios".

Os dois acenaram com a cabeça e se teleportaram para a Terra para trazer sua pureza a 90%. Já estava em 75%. Parece que essa versão da Terra era melhor que a dele.

Mark ficou assustado: "Para onde eles foram? Como?"

"Ah, ignore os pequenos detalhes", Alexander deu de ombros.

"Mas eles simplesmente desapareceram", ele argumentou.

"É, isso se chama ser uma espécie avançada. Agora, vou te ensinar algumas coisas. Talvez você possa ajudar seu planeta quando voltar", ele ofereceu. Alexander ia fazer de Mark a esperança para o futuro da humanidade.

...

Na Terra, Dobby e Ragnarok estavam se movendo de país para país, resolvendo todos os problemas nas administrações de seus governos. Eles sempre começam de cima e lentamente resolvem as coisas para baixo.

Não demorou muito para trazer esses 10% e eles retornaram a Marte. A nave espacial Hermes também estava perto de Marte e pronta para pegar Mark.

...

"Então, é adeus então", disse Mark a Alexander enquanto se prendia no veículo de lançamento.

Alexander ficou ao seu lado e o ajudou a colocar os cintos de segurança: "É, é isso. A última vez que você vai me ver. Não esqueça de tudo o que eu te ensinei e tome cuidado com aqueles capitalistas malignos, eles preferem te matar a deixar você mudar a humanidade. Eu já fiz preparativos para você na Terra sobre como você pode mudar as coisas".

"Sim, entendi tudo isso. Ei, espera. Se você é um alienígena, como seu nome pode ser Alexander?", Mark perguntou.

Alexander decidiu brincar com ele: "Quem você acha que inventou nomes na Terra? Tudo veio de alienígenas como eu. Até Mark é um nome muito comum em alienígenas".

"Haha, boa piada… Tudo bem, estou recebendo sinais do Hermes. Tchau, tchau", Mark alertou.

Alexander o deixou lá e saiu do veículo de lançamento. Foi até Ragnarok e Dobby. "Então, como foi sua viagem?"

"Essa versão da Terra é muito melhor do que o mundo bruxo", Dobby comentou.

"Você parece estar se divertindo", disse Alexander a Ragnarok, que estava comendo alguns bolinhos.

"Ah, encontrei essa loja legal e não pude deixar de comprar alguns", disse Ragnarok.

"Você não tinha dinheiro da Terra", Alexander apontou, interessado em saber disso.

"Eu comprei no preto".

Alexander levantou uma sobrancelha: "Como se compra bolinhos no preto?"

"Eu disse ao cara que pagaria em ouro. Ele imediatamente concordou. Embora o ouro fosse de baixa qualidade, ainda valia mais do que esses bolinhos, então nenhum mal foi feito", Ragnarok respondeu.

*Suspiro*

"Vamos então. Nosso tempo aqui acabou", Dobby o lembrou. Então Ragnarok e Dobby foram para o Phixheim.

Depois de alguns segundos, uma luz branca caiu sobre Alexander. Ele voou no céu em velocidade muito alta.

Mas em seu caminho, ele viu Mark não conseguindo alcançar o resgate. Mark tinha ido muito longe da nave Hermes.

Alexander usou sua magia e o moveu diretamente para os braços do resgate. Mark sentiu o movimento antinatural, como se estivesse preso a um fio rígido e estivesse sendo movido com ele. Ele olhou de onde a força se originou e vislumbrou Alexander antes que ele desaparecesse mais rápido do que ele já tinha visto alguma coisa se mover.

Ele estava tendo uma descarga de adrenalina, então não conseguia pensar em nada além de alcançar o espaço seguro da nave espacial primeiro.

"Obrigado, velho", murmurou.

"Com quem você está falando, Mark?", perguntou seu comandante.

"Ah, nada. Finalmente é bom estar de volta".

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