Pai, Eu Não Quero Me Casar

Capítulo 153

Pai, Eu Não Quero Me Casar

Max estava no acampamento do Príncipe Herdeiro, disfarçado de mercenário e com uma expressão de descontentamento.

— Max, você não disse que estava aqui por um motivo? Como eu disse antes, o dever de um Príncipe Herdeiro vem em primeiro lugar. Certo?

Pensando nisso por um momento, Max suspirou.

“Sem saber o perigo que você está correndo…”

É claro que seu mestre estava na mansão, então não haveria nenhum idiota se aproximando de Juvelian, mas ele estava ansioso porque não podia ver Juvelian na sua frente.

“Além disso, quando eu lutar com meu mestre mais tarde, ficarei indefeso…”

Os subordinados, que não conheciam bem Max, comentaram alegremente.

— Não houve fantasmas desde que o Príncipe Herdeiro foi erradicado.

— É verdade. Sua Alteza Imperial é tão doce como sempre.

Max franziu a testa ao ouvir isso.

— Então, você falou do fantasma, Paphnil?

Não pensou muito nisso porque seu mestre chegou antes, mas era um nome que ele já tinha ouvido. Max perguntou, olhando para Fressia.

— Você por acaso conhece o nome Paphnil?

Ao ouvir isso, Fressia arregalou os olhos e sorriu.

— Claro! Ele era um dragão, o pai do Imperador fundador Altair. Depois, foi classificado como um dragão maligno que tentou destruir o Império e foi selado em um lugar desconhecido.

Só então Max conseguiu lembrar de um trecho da história.

— Ah, que triste. Meu pai disse que ele destruiria meu Império, e eu o sellei com meus amigos que fundaram o Império. A tumba dele estava enterrada em um lugar que ninguém conhecia, e se o selo fosse quebrado, um desastre viria sobre o Império.

Max recordou a imagem de um homem translúcido.

— E os fantasmas, o que acontece com os vivos?

— Mas você disse que ele era um dragão, certo? O dragão não estava perto de um Deus?

Enquanto pensava nisso, Max franziu os olhos.

— Então é hoje.

— O que?

Quando Max perguntou ao ouvir as palavras de Fressia, ele recebeu uma resposta absurda.

— Estou falando da leilão.

Só então Max percebeu o que havia dito e abriu a boca.

— Bem, o leilão não vai fracassar, já que está com um preço de castelo.

Max olhou para Fressia e disse, estalando os dedos.

— Proteja Juvelian hoje.

Vestindo uma máscara e com a roupa de Príncipe da Coroa, Victor engoliu em seco, sentindo a tensão.

“Droga, por mais que eu pense, estou preocupado…”

Denise, também mascarada, abriu a boca e deu uma leve palmadinha no ombro dele.

— Não se preocupe, Victor. Sua Alteza Imperial te deu uma quantia enorme de ouro, o equivalente ao preço de um castelo.

Isso fez Victor se sentir ainda mais pressionado, mas decidiu pensar positivo.

— Sim, estou certo de que vou conseguir. A enorme quantia de dinheiro de Sua Alteza Imperial está em minhas mãos.

Victor estava prestes a entrar na casa de leilões com o punho cerrado. Ele avistou uma silhueta familiar. Apontou com o dedo, perguntando se a outra pessoa o reconhecia.

— Você é…

Victor franziu a testa ao se deparar com Beatrice, que estava usando uma máscara como a dele.

— Não, Prin… o que você está fazendo aqui?

Como sempre, quase revelou sua identidade por respeito. Embora fosse um leilão noturno onde bens caros eram comercializados, todos escondiam sua identidade. Victor olhou fixamente para Beatrice e engoliu em seco.

“Ainda bem que não revelei quem sou. Isso poderia ter me colocado em perigo.”

Ele então disse.

— Vamos entrar juntos?

Victor percebeu de repente que ela não estava acompanhada.

“Por que ela está tão indefesa? E se alguém tentar algo contra a Família Imperial?”

Por um momento, Victor segurou a mão dela e disse.

— Sim, vamos entrar.

Beatrice sentiu a temperatura acolhedora das mãos unidas, fazendo seu rosto corar sem que ela percebesse.

“Estou muito feliz por estar usando uma máscara.”

Suspirava pelo fato de Max não voltar logo.

“Ele vai dormir no quartel?”

Eu disse que o trabalho era prioridade porque não queria que ele deixasse de fazer as coisas por minha causa, mas também sentia tanta falta dele que estava ficando louca.

“Vamos ao quartel?”

Era nisso que estava pensando.

(Tak-tak)

O som de batidas na janela me fez me aproximar.

Logo abri a janela, sorrindo de felicidade.

— Senhorita Yuri!

Hoje, ela estava com os cabelos castanhos.

— Quanto tempo sem te ver, Princesa. Como você tem estado?

— Oh, estou bem. Aliás, o que traz você aqui?

Ao ouvir minha pergunta, ela suspirou um pouco.

— Bem, meu senhor me encarregou de uma tarefa difícil: proteger sua amada.

Parece que tem muito trabalho. Vi que ele enviou seus subordinados sem vir pessoalmente.

“Mas é verdade, está causando problemas para os subordinados por minha causa…”

Excluindo Gerald, havia até dez cavaleiros que a acompanhavam. Pensei que ele estivesse preocupado porque meu pai provavelmente estava em casa. Isso é o que eu disse, só para que ela tivesse uma cama confortável.

— Entre.

Com minha permissão, Yuri fechou a janela e trancou. Então, ela sorriu com seu rosto adorável.

— Obrigada por permitir a escolta, Princesa.

— Não. Eu que estou muito agradecida. Se você estiver cansada, não tem problema em descansar no sofá, fique à vontade.

Ela balançou a cabeça.

— Não posso fazer isso. Não importa quão próximas sejamos, uma missão é uma missão.

Achei que ela tinha um espírito livre, mas talvez isso seja porque ela era a capitã da guarda da Imperatriz. Ela tinha um lado mais sério.

— Tudo bem. Só queria dizer que você pode usar o sofá à vontade.

Ela sorriu.

— A Princesa é muito gentil.

O elogio foi um pouco constrangedor, e meu rosto ficou quente. Ela me olhou e sorriu timidamente, depois tocou minha mão.

— Digo isso porque estamos juntas, mas há algum presente que você gostaria de receber na cerimônia de maioridade?

“É a minha cerimônia de maioridade, então faltam menos de três semanas para a festa.”

Estava quase tudo pronto, mas pensei que ainda havia muito a fazer.

— Se for um presente, eu gosto de tudo, exceto se tiver a ver com ratos ou pombas.

— Ai, onde já se viu isso? Você pode ser sincera comigo, então me diga, Princesa.

Balancei a cabeça diante da pergunta de Yuri.

— Falo sério. Porque é a primeira vez que alguém me dá um presente de aniversário…

Max, Trice, Fred, meus amigos da cata e muitos outros. Senti como se fosse um milagre estar perto de tantas pessoas. E agora também estou convencida de que vão escolher um presente para mim. Claro, havia quem trouxesse presentes, mas Mikhail, que era o conhecido mais próximo, além da família, nunca havia escolhido um presente para mim. Então, não é mentira. Ela me olhou em silêncio, observando e falando.

— Qualquer coisa está ótima, desde que quem eu goste escolha e dê. Yuri é uma dessas pessoas.

Quando Max me deu uma presilha uma vez, fiquei muito animada. Era a primeira vez que recebia um presente que alguém escolheu para mim, e a presilha agora estava na minha cabeça. Ela riu levemente e disse em voz baixa.

— Agora sei um pouco como Max se sente.

— O que?

Fiquei curiosa sobre o que ela queria dizer, então devolvi a pergunta, e ela sorriu, dizendo algo que eu não sabia.

— Espero que o leilão tenha terminado com sucesso.

Comentários