Volume 1 - Capítulo 41
Nesta Vida Eu Serei A Matriarca
— Oh, pai.
A excitação que havia flutuado há apenas um momento desapareceu e o rosto de Gallahan endureceu.
Ele estava apenas parado com as mãos nas costas, mas a energia que Rulak Lombardi naturalmente emitia suprimia o entorno.
Há alguns anos, após uma longa luta pela sucessão, Rulak, que herdou a casa dos Lombardi, foi considerado como tendo conquistado o poder mais meticulosamente do que qualquer outro chefe do passado.
Gallahan, que era um adolescente na época, lembrava vividamente das lutas políticas na família que ocorreram pouco antes da sucessão da posição de chefe da casa.
E como perfeitamente seu pai, Rulak Lombardi, havia dominado seus irmãos rivais.
Gallahan, que interrompeu a respiração por um momento ao recordar a memória daquela época, respondeu com dificuldade, baixando a cabeça.
— Fui tomar um pouco de ar fresco.
— Até agora?
— Eu, eu perdi a noção do tempo enquanto caminhava em um lugar com uma bela vista.
Ele não era velho o suficiente para ser repreendido por chegar tarde em casa, mas Gallahan engoliu a saliva seca diante do olhar penetrante de Rulak.
— Gallahan.
— Sim, pai.
— É bom desfrutar de um momento de liberdade entre os cidadãos de Lombardi.
Foi só então que Gallahan se lembrou de que estava vestindo roupas desgastadas de plebeu.
Um fluxo de suor frio parecia escorrer por suas costas.
— Como membro dos Lombardi, é importante conhecer bem suas vidas e ter afeto por eles. Mas.
Rulak pôs uma mão pesada no ombro de Gallahan.
— Você precisa saber distinguir entre o que você quer governar e o que você tem no coração.
Você sabe de tudo.
Gallahan ergueu a cabeça e encarou seu pai.
Olhos castanhos, que pareciam normais à primeira vista, tinham um poder irresistível.
— Acredito que você, Gallahan, se comportará bem por conta própria.
Comporte-se.
Percebendo o significado das palavras, Gallahan tentou protestar apressadamente.
— Mas pai…
Mas uma grande mão agarrou seu ombro novamente.
Isso significava que ele não falaria sobre isso novamente.
No final, Rulak, que viu a boca de Gallahan fechar novamente, disse com um meio sorriso satisfeito.
— Tenho algo para te dar, então me siga.
As costas de seu pai, que se virou primeiro e se afastou, pareciam imensas.
A ponto de ele não poder ir contra.
Gallahan eventualmente seguiu Rulak até o escritório do patriarca.
Talvez o trabalho não estivesse concluído ainda, e documentos estavam empilhados aqui e ali no escritório iluminado.
Rulak, acostumado a passar por eles, sentou-se, abriu a gaveta e retirou um monte bastante espesso de papéis.
— O que é isso?
Gallahan perguntou quando Rulak lhe entregou.
— Isso é um resumo breve do trabalho recente no top Lombardi. Se você ler atentamente, terá uma ideia de como o top está operando.
— Mas, eu já te disse, pai, eu não quero trabalhar no top…
É você ou Vieze para dizer que você não quer?
Surpreso pela pergunta direta, Gallahan acabou não conseguindo responder.
Rulak, que olhou para seu filho mais novo com olhos severos por um tempo, engoliu um suspiro.
Entre os quatro irmãos, a primeira, Shananet, e o mais novo, Gallahan, eram os únicos que mostravam sinais de herdar a posição de chefe da casa.
No entanto, como Shananet queria ser fiel à sua família depois do casamento, ela se viu numa situação em que teve que abandonar as obrigações que estava desempenhando.
Eventualmente, Rulak depositou suas esperanças no único Gallahan restante, mas Gallahan era muito fraco.
Gallahan era o único que não sabia que, se decidisse, tinha a habilidade de rapidamente empurrar seu irmão mais velho, Vieze, para fora da competição pela sucessão.
Rulak se perguntava se a personalidade de Gallahan mudaria um pouco depois de adulto, mas, à medida que os anos passavam, Gallahan só ficava mais intimidado.
— Vieze tem procurado por você todos os dias e sido malvado com você.
— Oh, você sabia?
— Acha que há algo que não sei em Lombardi?
O rosto de Gallahan ficou vermelho quando Rulak perguntou de volta.
Isso porque a memória de ter feito uma atuação desajeitada diante de seu pai ontem foi revivida.
— É diferente da última vez. Agora você não tem escolha.
Gallahan abriu bem os olhos.
— Se é você, sabe o que quero dizer.
Gallahan balançou a cabeça com força.
Significava que ele não daria a Vieze tempo para intervir ao retirar o direito de escolha.
Era tanto compulsório quanto uma consideração por Gallahan.
Depois de observar seu filho mais novo por um momento, Rulak retomou o trabalho de chefe da casa que havia pausado.
— Então, prepare seu coração e volte por conta própria. O tempo não pode ser dado por muito tempo.
— Que diabos foi aquele sonho?
Enquanto ela limpava a mesa que o cliente acabara de deixar, Shan inclinou a cabeça.
Ela teve um sonho na noite passada.
Era o futuro para Gallahan.
Não estava lá quando ela teve um longo sonho na vila.
— Será que significa que o futuro mudou?
Em seu sonho, Gallahan estava trabalhando.
À primeira vista, rodeado de pessoas talentosas, ele parecia ocupado, mas ao mesmo tempo, muito enérgico.
Era um futuro muito diferente do Gallahan que ela viu até então.
Nesse momento, alguém sorriu para Shan e falou alto.
— Shan, gostei da comida hoje também!
— Até a próxima!
Eram clientes regulares que vinham várias vezes por semana.
— Por favor, vão para casa em segurança!
Shan cumprimentou com um sorriso e olhou ao redor.
Depois de correr freneticamente por várias horas, o local ficou bastante tranquilo depois do horário do almoço.
E Shan encontrou Gallahan na mesa próxima à janela, localizada no canto da loja.
— Gallahan, quando você chegou?
— Faz um tempo. Agora, é hora de fazer uma pausa, Shan?
Gallahan respondeu com um pequeno sorriso.
Shan, um pouco agitada com aquele sorriso, tirou seu avental e sentou-se na frente dele.
Já fazia dez dias desde que ela começou a se encontrar e passar tempo com Gallahan todos os dias.
Nesse meio tempo, ele visitava o ‘Onda Azul’ todos os dias na hora do intervalo de Shan e no final do trabalho, e os dois se tornaram parte da vida diária um do outro.
Era bom ver o rosto de Gallahan todos os dias, mas havia uma coisa que a incomodava.
— Hmm.
Shan não escondeu sua insatisfação e olhou ao redor com a testa franzida.
Era porque as mulheres na mesa, que ainda estavam lá, estavam olhando para Gallahan.
— …
Incerta sobre com o que se preocupar nos últimos dias, Gallahan frequentemente olhava fixamente para um lugar distante como agora.
E sua aparência excelente chamava ainda mais a atenção das pessoas.
Shan estreitou os olhos e disse.
— Gallahan, não venha mais aqui.
— Shan…?
— Será melhor apenas nos encontrarmos fora.
Então os olhos verdes claros de Gallahan tremeram ansiosamente.
— O que houve, Shan? Eu incomodei você? Você já foi repreendida por minha causa?
— Não, não é isso.
A proprietária do ‘Onda Azul’ não odiava que Gallahan ocupasse uma mesa todos os dias.
Não, ela até gostava.
Graças a isso, o número de clientes na loja aumentou ainda mais.
— Há muitas pessoas vindo ver Gallahan.
Todos sabem que ele é bonito.
Ao pequeno comentário de Shan, o rosto de Gallahan ficou vermelho brilhante instantaneamente.
Mas sua aparência era fofa, então ela podia ouvir as mulheres rindo de longe.
‘Não posso expulsar os clientes.’
Foi quando Shan estava pensando francamente.
— Isso… Eu sinto o mesmo.
Gallahan olhou diretamente para Shan com o rosto vermelho e disse.
— Você sabe quantos homens não conseguem tirar os olhos de Shan todos os dias?
— Eu, eu?
— Sim. Ninguém nem saberá para onde vai o ensopado porque estão olhando para a Shan trabalhadora. E às vezes, quando Shan sorri, parece brilhar…
Gallahan, desabafando, de repente parou de falar.
Só então percebeu o que estava dizendo.
Seu rosto branco agora estava como uma maçã bonita.
Do outro lado, Shan, com um rosto tão vermelho quanto o dele, bateu palmas e perguntou.
— Mesmo que eu diga para não vir, você virá, certo?
Gallahan acenou rapidamente com a cabeça, nem mesmo encontrando seus olhos corretamente.
Foi uma expressão de vontade bem forte.
— Então… Por favor, cubra seu rosto com algo como um chapéu ou um moletom. O que acha?
Mesmo após o acordo, os dois rostos corados não se acalmaram facilmente.
Amigo.
Enquanto eles se uniam com aquelas palavras vagas para se verem todos os dias, a conversa que tiveram um tempo atrás foi bastante ousada e ultrapassou a linha.
— Ehm, gostaria de visitar o quintal aqui?
— … vamos?
Gallahan, que rapidamente deixou o dinheiro da comida na mesa, levantou-se apressadamente.
O quintal da estalagem, frequentado por hóspedes e funcionários da estalagem que trabalha com o restaurante, era pequeno, mas quente com bom sol.
— É um lugar onde eu fico tranquilo.
Gallahan, que olhou ao redor uma vez, disse.
— Não é? Eu também quero ter um quintal assim no futuro. É uma casa com muitas árvores e flores, então parece confortável e aconchegante.
— … acho que combina bem com Shan.
Com o elogio de Gallahan, Shan sorriu brilhantemente e bateu palmas alto.
— Ah, esqueci!
— O que foi, Shan?
— Estou cuidando das árvores e flores aqui. Mas esqueci de regar!
Shan encontrou rapidamente um balde grande e o encheu de água.
E no momento em que ela tentou levantá-lo com toda a sua força.
— Eu segurarei. Para onde devo ir?
Gallahan perguntou, gentilmente afastando a mão de Shan.
Gallahan levantou o balde, que ela lutou para levantar com suas duas mãos, com uma mão.
Não havia sinal de dificuldade.
— Uh… você pode dar para a árvore ali primeiro. Quer que eu segure junto?
No entanto, Gallahan balançou a cabeça.
— Eu faço isso, então apenas me diga quanto Shan vai regar.
— …
Atrás de Gallahan, que estava disposto a liderar, Shan bateu secretamente as mãos novamente.
Depois de dar água para as árvores e flores, a última coisa que Shan apontou foi um pequeno vaso de flor.
Gallahan olhou de perto para ele, colocado no local ensolarado no quintal.
Seus olhos continuaram olhando para as delicadas folhas ou para os botões de flores bem pequenos.
— Qual é o nome desta planta, Shan?
À pergunta de Gallahan, Shan regou diretamente e respondeu.
— Bomnia. É chamada de flor Bomnia.