Volume 1 - Capítulo 24
Nesta Vida Eu Serei A Matriarca
— Grávida…?
As palavras sussurradas de alguém ecoaram na tranquila sala de jantar.
Uhmm.
Pensei que todos ficariam surpresos, mas a atmosfera estava mais séria do que eu esperava.
Como esperado, são pessoas da minha família.
Olhando para o lado, Perez estava sentado lá com um rosto muito nervoso.
Ele disse para deixar minha família saber primeiro.
Quando a conferência foi realizada, o jovem imperador, que habilmente conduziu centenas de nobres à sua própria vontade, estava agora em um silêncio meloso.
— Sim, são cerca de 8 semanas.
Concordei de propósito com um tom leve.
Clang-grang.
Houve o som de pratos pesados caindo na mesa.
Era um som feito pelo meu avô, que se levantou da cadeira ao ponto de quase cair para trás.
Depois de me passar o título de chefe da família, os olhos do meu avô, que estava desfrutando sua vida de aposentadoria e parecia estar em paz, estavam queimando por um longo tempo.
— Ei, você!
Meu avô apontou para Perez com os dedos trêmulos e gritou.
— Você nem está casado ainda! Você, você!
O fato de Perez já ser o imperador do império parecia ter sido completamente apagado da mente do meu avô.
Não importa o quanto ele seja chamado de genro, não é demais para Perez, o imperador?
Devemos detê-lo?
Pensei por um momento, mas inesperadamente, Perez permaneceu quieto.
Não, ele apenas baixou os olhos e disse com um rosto doce.
— … foi o que aconteceu, vovô.
— O quê? Como você pode fazer isso?
No entanto, a atitude de Perez parece ter aumentado a raiva do meu avô.
— Eu sabia desde o início! Eu sabia desde o momento em que ele vagava ao lado de Tia! Um lobo desses!
Estaremos em apuros se fizermos isso.
Movi lentamente o copo de vinho colocado na frente do meu avô em direção a mim.
Eu estava preocupada que ele pudesse até jogar vinho no rosto de Perez, de raiva.
Certamente.
Os olhos do meu avô rapidamente vasculharam a mesa.
Ainda havia um copo meio cheio de água na frente dele, mas não parecia ser suficiente.
Foi então que os olhos do meu avô se fixaram no seu cachorro, Ralph, brincando sozinho atrás da mesa.
Embora ainda não seja um cachorro adulto, ele era um cachorro cujo nome é especializado em caça e segurança.
Meu avô apontou para Perez e deu uma ordem a Ralph, que estava deitado confortavelmente, mas acordou surpreso com o repentino barulho alto.
— Morda ele!
No entanto, não há como um cachorro naturalmente tímido fazer isso, independentemente de sua linhagem.
Ralph, que olhava alternadamente para meu avô e Perez com seus olhos redondos, fez um som estridente e se escondeu atrás das pernas do meu avô.
— Meu Deus. (Aigo)
No final, meu avô, que tocou a testa, sentou-se com um som de baque.
No entanto, sua raiva ainda está lá, ele estava prestes a gritar novamente enquanto olhava fixamente para Peres.
— Você…!
— Pai, pare com isso.
Era a voz calma de Shananet.
— A criança deve estar surpresa.
— Oh, criança?
Com seu rosto embaraçado, o ímpeto do meu avô diminuiu instantaneamente.
Então, com uma mão no queixo, ele me perguntou cuidadosamente enquanto observava a situação.
— Você se surpreendeu, Tia?
— Está tudo bem, vovô.
Honestamente, eu não estava surpresa.
A reação feroz do meu avô era um tanto esperada.
Olhando para meu avô assim, Shananet balançou a cabeça uma vez.
— Tia é Tia, mas pai também tem que pensar nos seus bisnetos no ventre de Tia.
— Hein? Oh, é verdade…
Embora tenha respondido assim, meu avô ainda estava atordoado.
Ele reagiu como um raio à palavra ‘grávida’, mas não parecia ter entendido que seus bisnetos estavam crescendo dentro de mim.
— Ah, hoho. Meus bisnetos…
Um sorriso surgiu no rosto do meu avô.
— Sim, nossa Tia… Hoho.
Estava bom.
Uma barreira foi ultrapassada.
— Há duas ocasiões felizes em Lombardi. Parabéns, Tia.
A última razão de Lombardi, Shananet, sorriu e me parabenizou, assim como a Perez.
— Vossa Majestade deve estar muito feliz.
— Obrigada, Shananet. Ainda… Eu também não consigo acreditar.
— É assim mesmo. Porque ainda não há mudanças por fora. Por favor, ajude muito Tia ao seu lado, Vossa Majestade.
— Sim, farei isso.
Além do lugar onde conversas amigáveis vinham e iam, os gêmeos pareciam ainda não ter saído do choque.
— Grávida…
— … sobrinho?
Hmm.
Isso ainda vai levar um tempo. Na verdade, havia outro lugar que eu sempre estive preocupada.
Finjo enxaguar minha boca levemente com água e olho nos olhos do meu pai, que ainda não tinha dito uma palavra.
Felizmente, ele estava sentado com as mãos juntas calmamente, me perguntando se tinha alguma intenção de atirar talheres em Perez.
Você vai ficar bravo?
Ele não é do tipo que grita como meu avô, então vai ficar encarando Perez?
Mas minha previsão estava errada de uma boa maneira.
Meu pai, que tirou lentamente os olhos da mesa, olhou para mim.
Ele tinha um sorriso no rosto que deixava as pessoas à vontade.
— Parabéns, Tia.
Não era um sorriso falso.
Foi uma alegria tão pura que pequenas rugas apareceram ao redor dos olhos.
— O-obrigada, Pai.
— Estou um pouco preocupado que vocês não terão tempo para aproveitar sua lua de mel. Mas, como sempre, minha filha será corajosa e se sairá bem.
Meu pai confiava em mim.
Então, foi minha vez de voltar à realidade.
Respondi imediatamente com uma postura relaxada.
— Sim, vou. Não se preocupe.
Como esperado, era meu pai.
Ele tinha algumas fraquezas, mas nos momentos importantes, ele era mais forte do que qualquer outra pessoa.
Eu também tenho que ser esse tipo de guardião para meus filhos.
Era como se ele estivesse lendo todos os meus pensamentos.
Meu pai sorriu novamente.
— Sim, sim. Terminei de comer, então tenho que levantar primeiro.
— Oh, já?
— Até amanhã de manhã, Tia.
— Sim. Boa noite, Pai.
Acabou assim?
Como se tivesse terminado um grande trabalho de casa, meu coração ficou mais leve.
Olha, tudo acabou bem. Eu estava prestes a sussurrar isso para o Perez.
Junto com o som de uma cadeira sendo puxada levemente, ouvi a voz baixa do meu pai.
— Sua Majestade, por favor, fale comigo separadamente por um momento.
Ah, acabou apenas para mim.
Perez seguiu Gallahan para a sala de estar com pouca luz.
Ao contrário da personalidade usualmente gentil e amigável de Gallahan, era um espaço estrito sem itens desnecessários.
— Gostaria de uma bebida?
Gallahan perguntou, pegando a garrafa da mesa.
O licor, que tremeluzia em cor âmbar sob a luz fraca, era uma bebida solo que Perez bebia às vezes.
Você bebe esse tipo de álcool quando está sozinho?
Porque era Gallahan quem sempre procurava por vinhos doces e leves nas festas, Perez balançou a cabeça surpreso.
Sem dizer uma palavra, o álcool encheu o copo de cristal.
Perez recebeu silenciosamente e bebeu o álcool dado por Gallahan.
Não dava para saber se a sensação de queimação era por causa do álcool forte ou da tensão.
— Em primeiro lugar, parabéns, Sua Majestade.
— Oh, sim. Obrigado, Lorde Gallahan.
No entanto, a sensação de sufocamento que parecia apertar seu pescoço não desapareceu.
Porque não havia motivo para chamá-lo dessa maneira separada apenas para comemorar.
Como era de se esperar.
Gallahan, que engoliu todo o álcool de uma vez, girou um copo vazio em sua mão e abriu calmamente a boca.
— Espero que a criança não seja uma filha.
— Sim…?
Dessa vez, a mente de Perez ficou em branco.
O que você quer dizer que não quer que a criança seja uma filha?
Era uma palavra que não era como Gallahan, que valorizava sua filha mais do que qualquer outra coisa no mundo.
— O que quer dizer, Lorde Gallahan?
— Você não acha? Pense sobre isso.
Gallahan colocou o copo na mesa.
— Uma filha, que se parece com Tia, encontra um menino pequeno, ou menino, antes de completar dez anos e se tornam amigos, e o menino fica sempre por perto dela, e assim que a filha atinge a idade adulta, ela fica noiva de um ladrão sem pedir permissão ao pai.
Gulp.
O som de Perez engolindo saliva seca foi particularmente alto.
— Depois de todo o problema, é hora de estabelecer as bases e ir além, então se vocês de repente deixarem eles terem filhos antes do casamento… Não seria inevitável um incidente tão infeliz?
— Lorde- Lorde Gallahan.
— Você não acha, Sua Majestade?
Perez não teve nada a dizer.
— Peço desculpas.
Tudo o que ele podia fazer era abaixar a cabeça pesadamente e se desculpar.
Gallahan olhou para Perez com um olhar tranquilo.
Mas o silêncio pesado não durou muito.
Depois de encher seu copo novamente, Gallahan serviu mais álcool no de Perez, que ainda não estava vazio.
— Sua Majestade.
— Sim, Lorde Gallahan.
— Tia nasceu após um parto muito difícil.
Os olhos vermelhos de Perez, que estiveram vagando em algum lugar da mesa o tempo todo, se viraram para Gallahan.
Os olhos olhando para o licor âmbar estavam refletindo lembranças mais distantes.
— Minha esposa, Shan, deu à luz após mais de dois dias inteiros de trabalho de parto. E eu não pude fazer nada.
A boca de Gallahan se contorceu em um sorriso vão.
— Minha esposa gritava de dor e arriscava sua vida para dar à luz, onde eu, o marido dela, não era útil além de segurar sua mão.
Um suspiro curto passou entre as palavras.
— E Shan não suportou as sequelas do parto e faleceu antes do primeiro aniversário de Tia.
— Ah…
O rosto de Perez ficou pálido.
Ele se colocou e a Tia no lugar de Gallahan e Shan.
E se Tia lutar em dor e não houver nada que ele possa fazer.
E se ela não existir neste mundo.
— É terrível.
Mesmo com as palavras de Gallahan, que estava calmo, Perez não respondeu.
Ele apenas segurou o queixo com sua mão grande e cobriu a boca.
Aquilo era o melhor que ele podia fazer.
— Eu confio na minha filha.
Depois de esvaziar o copo mais uma vez, Gallahan disse.
— Acredito que minha filha, que nunca me decepcionou desde que nasceu, se sairá bem desta vez também. E é isso que eu tenho que ser.
A voz de Gallahan no final de seu discurso foi particularmente forte.
Perez percebeu que as palavras não eram direcionadas a Tia, mas sim a ele mesmo.
— Sim, eu entendo. Lorde Gallahan.
Os olhos dos dois, que eram únicos no mundo em seus sentimentos por Tia, finalmente se encontraram.
Depois de uma conversa silenciosa, Gallahan finalmente relaxou seu rosto tenso.
— Você consegue entender agora como me sinto e por que não posso apenas ficar feliz com boas notícias, Sua Majestade?
— Estou envergonhado.
— Você não precisa se desculpar comigo. Os sentimentos de Sua Majestade por Tia são bem conhecidos por mim. Além disso.
Gallahan sorriu de repente.
— Se for uma criança que se pareça com Tia e Sua Majestade, não seria muita confusão no futuro?
— Ah.
Perez eventualmente bebeu o álcool que segurava de uma vez.
Gallahan estava certo.
O desejo de que a criança nascesse se parecendo com Tia estava por toda parte, mas a criança teria metade do seu sangue.
Então, se a criança não tiver escolha senão se parecer consigo mesma, ou se a criança não tiver escolha senão se parecer com Tia…
O rosto de Perez lentamente se endureceu.
Foi porque ele percebeu de repente um fato muito, muito importante no final de seus pensamentos.
— Quero ser um bom pai.
E ele inclinou voluntariamente a cabeça e pediu um favor.
— Ensine-me, Pai.1
- É costume os coreanos chamarem seus sogros de Pai⤶