Capítulo 537

『 Tradutor: Otakinho 』

A casa de Na Jeon-Il estava silenciosa. Ele não tinha conhecimento dos acontecimentos que ocorreram durante a noite em todo o mundo antes de ligar a televisão. Houve anúncios de países concedendo a ele e à sua esposa as mais altas honras.

Ele checou o celular, mas, além das ligações perdidas dos sogros, não houve contato de nenhuma agência governamental. Ele esperava isso, mas ainda era realmente surpreendente essas coisas acontecer.

Na Jeon-Il se inclinou para assistir ao noticiário. Líderes influentes de todo o mundo, incluindo a Rússia e a China, e até o presidente da Coreia do Norte, fizeram anúncios de emergência.

Suas mensagens eram claras e consistentes. Todos queriam convidá-lo com as mais altas honras do estado para uma cerimônia de premiação. Se as circunstâncias não os permitissem, estes líderes expressaram o seu desejo de visitar pessoalmente a Coreia e entregá-los a ele e à sua esposa.

Na Jeon-Il achou difícil imaginar-se encontrando o presidente da Rússia e da China e o presidente da Coreia do Norte. Ele frequentemente lidava com burocratas de alto escalão de vários países como gerente de banco, e tinha que lidar com documentos que mencionavam esses poderosos globais.

No entanto, sempre pareceram meras ilusões em documentos. Agora, esses mesmos líderes globais estavam desesperados para criarem uma conexão com ele.

Ele sabia o motivo porque estavam em uma situação embaraçosa. Seu controle do poder não dependia deles próprios, mas de fatores externos, especificamente dos caprichos de seu filho. Claro, ele não sabia até que ponto avaliavam as habilidades de seu filho.

“Se eu quiser, posso ser onipotente, pai.”

O poder de seu filho era bem conhecido no mundo dos Despertos. Seu poder destrutivo deixou os líderes mundiais nervosos.

A maioria deles encontrava-se numa situação semelhante, mas esta não se limitava aos regimes ditatoriais. O verdadeiro poder existia no grupo de elite multinacional que governava o mundo, o Clube Bilderberg.

Então, Na Jeon-Il pensou sobre isso. Como o seu filho desejava verdadeiramente não influenciar mais a humanidade e regressar a uma vida pacífica, então deve ter havido outra entidade real da qual os detentores do poder mundial devem ter sido cautelosos.

Rei do Inferno, Jonathan.

Ele deveria ter sido aquele por quem estavam gratos. Jonathan não era apenas o dono da megacapital global, mas também era considerado o líder do governo mundial conhecido como Clube Bilderberg.

Ele também era um dos Despertos mais poderosos. É claro que, uma vez que os líderes mundiais não sabiam das intenções do seu filho de voltar a ter uma vida normal, provavelmente estavam ansiosos para criarem conexões.

***

「A Lei Logan

Uma lei que trata como crime federal o ato de cidadãos americanos não autorizados intervirem nas relações entre os Estados Unidos e outros países contra os interesses nacionais.」

No final da crise do impeachment, um amigo do Itamaraty certa vez desabafou sua raiva. Tratava-se de um funcionário dos EUA, nem mesmo no nível de diretor do nosso Ministério de Negócios Estrangeiros, que se reuniu e se misturou com confiança com candidatos presidenciais. Esta não era apenas uma questão de dignidade nacional, mas também uma preocupação de que os funcionários do Ministério de Negócios Estrangeiros pudessem tornar-se meros fantoches.

Embora os EUA fossem uma superpotência e um aliado, era inegavelmente embaraçoso que um funcionário americano de baixa patente se reunisse antecipadamente com pessoas que poderiam tornar-se presidente da Coreia. Alguns sugeriram que a Coreia deveria estabelecer uma lei semelhante à “Lei Logan” dos EUA para garantir que tais incidentes não se repetiriam. Aqueles que não tivessem sido eleitos seriam meros civis, pelo que não deveriam ter-se reunido com funcionários norte-americanos de escalão inferior.

De qualquer forma, Na Jeon-Il relembrou o incidente enquanto pensava profundamente sobre o Clube Bilderberg. O poder dos sócios do clube já era imenso, e essas pessoas se reuniam anualmente para reuniões.

Contudo, alegaram que se reuniam apenas como cidadãos individuais e não como representantes oficiais de qualquer grupo ou governo. Não tiveram outra escolha senão insistir nisto porque, de acordo com as leis de vários países, era ilegal para alguém sem autoridade representativa pública fazer acordos com o governo de outro país.

No entanto, o que é que essas elites poderosas e os capitalistas podem estar a fazer juntos? Era um “conluio”, no bom sentido, mas, na pior das hipóteses, uma “aliança podre”. Apenas uma minoria com um olhar atento aos assuntos mundiais criticou a sua união, enquanto o público em geral desconhecia a existência de uma organização tão secreta e poderosa.

Na Jeon-Il já viu o clube como um covil maligno. Os resultados das tarefas públicas que desempenhavam secretamente entre si muitas vezes levavam ao roubo. Se alguém questionasse como poderia criticar as grandes intenções destes gigantes globais, teria muito a dizer.

A razão pela qual terminou a sua carreira como presidente de banco foi em grande parte porque sentiu indiretamente o seu poder na formação da ordem global e, mais de perto, devido à identidade do grupo bancário ao qual serviu durante metade da sua vida.

O papel do principal banqueiro da Coreia era demasiado restritivo. Portanto, não fazia sentido estender sua carreira para outro cargo de diretor no mesmo setor. Sua autoridade seria mais limitada e nunca se expandiria.

Portanto, pretendia ficar satisfeito com sua vida e viver em paz à medida que envelhecia.

Olhando para trás, fez algo lamentável enquanto estava no poder. Ele até aumentou as taxas de juro dos empréstimos, mesmo quando a Coreia entrou numa era de juros baixos, o que sobrecarregou os cidadãos comuns. Depois que um indivíduo passou a fazer parte de um grupo, especialmente em uma posição de alto escalão com autoridade e responsabilidade, havia ações inevitáveis ​​que precisava tomar. Mesmo que não quisessem fazer como indivíduos, muitas vezes tinham de representar os interesses do grupo.

Na Jeon-Il ficou com sede. Ao sair do quarto, viu seu filho assistindo televisão em silêncio.

“Oh, você acordou bem cedo.”

“Parece que ‘aquelas pessoas’ não foram as únicas que ficaram a noite toda. Volte para a cama, pai. Você deveria dormir mais.”

Na Jeon-Il apenas sorriu. Ainda era estranho considerar aqueles que detêm poder global simplesmente como “aquelas pessoas”, mas precisaria se acostumar a isso.