Volume 2 - Capítulo 218
Dao of the Bizarre Immortal
Li Huowang caminhou lentamente com o apoio da bengala, liderando a vendada Bai Lingmiao. Ele não conseguia se mover rápido porque sua perna ferida não se recuperou totalmente.
Felizmente, a carroça não estava rápida também. Ele sacrificou a velocidade e compensou isto ao carregar um peso maior enquanto combinava com o ritmo atual de Li Huowang.
— Esta é a Montanha das Mulheres? — Li Huowang semicerrou os olhos, sombreando os olhos com a mão enquanto olhava para as colinas distantes. Enquanto olhava para as colinas que não tinham árvores e estavam cobertas com apenas grama verde, ele entendeu porque este reino se chamava Qing Qiu.
No entanto, também poderia estar relacionado ao tamanho pequeno destas colinas, diferente daqueles picos montanhosos que chegavam nas nuvens. Estas colinas gramadas eram semelhantes a aglomerados de pontes baixas que não estavam interconectadas.
— Sênior Li, você vê a semelhança? Quando você aperta os olhos e observa, as colinas não parecem com metade do rosto de uma mulher deitada? — expressou Sun Baolu enquanto apontava animado.
Li Huowang examinou cuidadosamente antes de balançar a cabeça. Ele não conseguia distinguir a semelhança entre as colinas e o rosto de uma mulher.
Estas colinas de formatos esquisitos eram muito estranhas, e não havia muitas e nem poucas. Só pareciam surgir do nada na paisagem, sem nenhuma conexão aparente entre elas.
— Este ano é o Ano da Lua, e segundo nossa tradição, minha família deve estar acampando e pastando há cerca de cento e sessenta quilômetros daqui. Não demorará até eu me reunir com eles! — anunciou Sun Baolu, animado.
Porém, Li Huowang não estava interessado no que Sun Baolu estava dizendo. Ele estava mais preocupado com os suprimentos. Como havia tanta gente nesta jornada, seu estoque alimentício estava acabando rápido.
— Podemos encontrar um mercado para comprar comida na Montanha das Mulheres? Se não tiver, vamos morrer de fome — perguntou Li Huowang.
— Sim, sem dúvidas sobre isto. As pessoas das áreas próximas muitas vezes vão lá para trocar produtos. Até fui lá quando tinha sete anos — respondeu Sun Baolu.
Com a explicação, Li Huowang soube que na vasta e separada população de Qing Qiu, as pessoas nômades escolhiam frequentemente uma área específica para facilitar o comércio. Com o tempo, estas áreas se tornariam mercados estabelecidos. Os oficiais de Qing Qiu também vinham a estes locais coletar imposto.
Quando Li Huowang viu pequenos pontos pretos se movendo na base das colinas, percebeu que a informação de Sun Baolu estava correta. Havia realmente pessoas lá.
— Vamos lá. Porém, lembrem-se de colocar os chapéus com véu para não chamar a atenção dos locais — disse Li Huowang enquanto colocava o véu. Sua aparência machucada atual não era melhor que a dos outros.
Enquanto a carroça se aproximava da Montanha das Mulheres, seguiram um pequeno caminho que levava ao interior da área cercada. Num instante, tudo ficou nítido de repente.
Uma área vasta de tendas se estendia diante de Li Huowang e dos outros. O som dos cascos de cavalo, pessoas gritando e burros zurrando preencheram o ar. Li Huowang sentiu de repente que estava comparecendo a uma feira animada.
Várias pessoas de Qing Qiu estavam usando roupas bem diferentes das de Hou Shu. Atualmente, eles estavam preocupados com suas tarefas, gritando e chamando entre si neste mercado barulhento.
Ao mesmo tempo, o número enorme de animais gerou uma grande quantidade de esterco. O cheiro distinto preencheu o ar, fazendo todos franzirem as sobrancelhas.
A diferença mais significativa entre as pessoas de Qing Qiu e Hou Shu eram seus rostos rosados. As pessoas de Hou Shu estavam cobertas de sardas, independentemente da idade ou gênero. Isto talvez fosse devido à exposição prolongada do sol.
Eles também notaram que as pessoas de Qing Qiu geralmente tinham estatura menor que a de Li Huowang e os outros, fazendo seu grupo se tornar mais notável.
Todos ao redor usavam roupas de couro rudimentar e ornamentos circulares de ossos eram notáveis nas tranças das mulheres e nas cinturas dos homens. Além dos ossos e couro, usavam grama para quase tudo — de sapatos e chapéus de grama a cestas de grama, que estavam disponíveis para venda.
Quando o grupo de Li Huowang entrou, chamou a atenção das pessoas de Qing Qiu. Diante dos forasteiros, todos os trataram com cautela e indiferença.
Naquele momento, um barulho alto e um som de corte ressoaram de uma barraca de grama próxima. Uma faca afiada foi levantada e abaixada com força, separando a cabeça de um cachorro sem pelo e grotesco em dois.
Surpreso, Pão choramingou e buscou refúgio debaixo da carroça, com seu rabo entre as pernas.
— Você é realmente um nativo de Qing Qiu? Você parece bem diferente deles — Li Huowang comentou ao olhar para Sun Baolu pelo véu preto.
O rosto de Sun Baolu ficou sombrio quando explicou: — É porque… minha mãe é de outro lugar.
Porém, seus olhos iluminaram-se rapidamente quando passou pela multidão. Ele percorreu rapidamente a multidão, claramente muito animado, quando abraçou uma pessoa idosa de Qing Qiu e começou a conversar.
Quando se aproximaram, Li Huowang percebeu que não conseguia entender nada.
De todos os locais, tinha que ser um com idioma próprio.
Li Huowang ficou sem palavras; ele já previa alguns problemas na comunicação durante seu tempo em Qing Qiu.
Seguindo a breve troca com o idoso, Sun Baolu voltou a Li Huowang e falou animado: — Sênior Li, não restam dúvidas! Aquela pessoa é um parente meu! Minha família não está longe daqui.
— Tudo bem, mesmo que não seja longe, ainda precisamos seguir um passo por vez. Primeiro, nos ajude a comprar um pouco de comida. Estamos ficando com pouco suprimento — expressou Li Huowang enquanto averiguava o mercado animado. Sua incapacidade de se comunicar devido à barreira linguística significava que teriam que recorrer a Sun Baolu para as negociações.
Sun Baolu assentiu e estava prestes a mergulhar na multidão barulhenta, mas foi parado de repente pelo Li Huowang: — Espera um momento. Tem um lugar por aqui para comer? Todos estão famintos e podemos aproveitar para descansar.
Logo, todos chegaram numa barraca de macarrão onde macarrão verde foi visto pendurado, fazendo o local lembrar uma floresta.
Segundo o que Sun Baolu contou, aqui, todo o grupo cozinharia seu macarrão numa panela compartilhada e só pagaria o que consumiriam.
Embora este método fosse incomum para o resto, não os impediu de aproveitar a refeição. O aroma do macarrão com infusão de grama, combinado com o sabor picante do carneiro e molho picante, tornou a refeição deliciosa.
A casa de macarrão estava cheia de clientes. Felizmente, a presença dos macarrões pendurados dificultou as pessoas de verem o grupo de Li Huowang sem os véus.
Onde está o Pão?
Li Huowang percebeu de repente que o vira-lata não estava em lugar algum. Quando se virou para olhar, viu Pão voltando de debaixo da barraca de macarrão, segurando algo na boca. Ele cuspiu o objeto perto do pé de Li Huowang e se sentou, balançando o rabo enquanto esperava uma recompensa.
Quando viu o osso branco brilhante perto do seu pé, Li Huowang ficou intrigado: — O que é isto?
Enquanto os outros não estavam familiarizados com isto, Sun Baolu reconheceu imediatamente e explicou: — Sênior Li, é um osso de cavalo. As pessoas de Qing Qiu criam cavalos e obviamente também comem sua carne. É muito saborosa.