Dao of the Bizarre Immortal

Volume 2 - Capítulo 216

Dao of the Bizarre Immortal

Carroças de boi. Embora fossem mais lentas que as puxadas por cavalos, poderiam carregar mais peso. Além disso, não havia necessidade de se preocupar com comida porque em Qing Qiu estava disponível em toda parte.

Li Huowang e seu grupo tiveram uma jornada tranquila após sair de Hou Shu e não encontraram nenhum espírito maligno ou bandidos. Além disso, as feridas de Li Huowang estavam se curando lentamente. Assim, todos estavam animados.

Enquanto a carroça se movia lentamente, Li Huowang se limpou pelo caminho. Ao mesmo tempo, Pão circulou-o fielmente enquanto abanava o rabo.

— Sênior Li, por que não volta para a carroça e descansa? Suas feridas não foram completamente curadas — disse Bai Lingmiao, preocupada.

O cabelo recém-crescido de Li Huowang se mexeu levemente quando balançou a cabeça: — Ficar deitado o tempo todo deixa meus membros rígidos. Caminhar é bom, além disso, estou me recuperando bem agora. Pelo menos, o Pão agora consegue me reconhecer.

Li Huowang ainda lembrava de como Pão latiu quando ele saiu da carroça. Porém, era inevitável; ele realmente parecia assustador na época.

Felizmente, Pão conseguia reconhecê-lo agora. Sua pele se curou completamente, e como planejado, os Registros Profundos se fundiram perfeitamente nas suas costas.

— Sênior Li, podemos fazer uma pausa agora. Continuaremos caminhando por mais duas horas após o meio-dia e finalmente chegaremos à Montanha das Mulheres — falou Sun Baolu. Sendo um residente, ele estava muito familiarizado com a área.

Hoje em dia, Sun Baolu sempre tinha um sorriso no rosto. Ele costumava ser muito quieto, mas ficou mais falador desde que chegaram a Qing Qiu.

— Você vai realmente voltar, Velho Sun? Por que não se junta a nós para não ser sequestrado de novo? — sugeriu Zhao Wu.

No entanto, Sun Baolu simplesmente sorriu brilhantemente e balançou a cabeça em resposta à sugestão: — Não, alguém está esperando por mim. Tenho que voltar para casa.

Enquanto isso, Li Huowang levantou sua muleta e apontou para uma correnteza próxima: — Vamos até lá e então podemos acender a fogueira.

Era bem desafiador encontrar lenha em Qing Qiu, mas finalmente conseguiram acender uma fogueira após reunir alguns galhos secos.

Após acender o fogo, os outros foram pegar água e procurar por vegetais selvagens.

Enquanto isso, Li Huowang se sentou sozinho, mais uma vez perdido em seu próprio mundo, separado da barulheira externa. Ele olhou para cima e viu Peng Longteng bloqueando o sol.

Mesmo após este tempo todo, ela estava por perto.

Seu único consolo era que ela estava parada ali imóvel sem fazer nada.

Peng Longteng aparecia bem imponente na sua armadura pesada. Mesmo sem cabeça, ainda suprimia facilmente Li Huowang em termos de altura. Ele estimou que ela tinha pelo menos dois metros quando estava viva.

Naquele momento, ouviu alguns sons incomuns. Mesmo assim, não se virou para checar; sabia que o som estava vindo de Jin Shanzhao arrastando seus órgãos pela grama.

Por que os dois viraram ilusões e começaram a me seguir?

Esta era uma pergunta que esteve na sua mente por um longo tempo; entretanto, ele não obteve uma resposta.

Não eram apenas os dois; as ilusões anteriores de Jiang Yingzi e o Monge também o deixaram sem resposta.

Este é o poder de um Perdido? Os Perdidos podem controlar as pessoas que mataram?

Uma nova especulação surgiu em sua mente.

Como posso fazê-los desaparecer? Não… isso não está certo também… não matei o Monge. De fato, ele ainda pode estar bem e seguro no Monastério da Retidão, nunca tendo sido morto.

Porém, se não estão aparecendo devido aos meus poderes como um Perdido, então qual poderia ser o motivo? Será que tenho uma doença mental?

Li Huowang estava se sentindo um pouco desorientado quando sentiu uma coceira repentina, fazendo-o estender a mão machucada na nova roupa para coçar.

Quando Pão notou suas ações, correu e começou a abanar o rabo enquanto agachava na frente dele.

Rip!

Li Huowang rasgou um pedaço de pele morta e jogou na direção de Peng Longteng.

— Au au au! — Pão latiu animado enquanto mastigava avidamente a pele morta.

Após terminar o petisco, Pão foi para debaixo das pernas de Peng Longteng e se sentou obedientemente na frente de Li Huowang. Ele sabia que Pão gostava destas guloseimas. Toda sua pele morta de antes, bem como sua perna ferida, foi parar na barriga dele.

Quando olhou para Pão, Li Huowang estendeu a mão para afagar sua cabeça e então afastou o olhar de Peng Longteng.

Após um tempo, suspirou profundamente e murmurou consigo: — Bem, pelo menos os dois não falam. Eles não serão tão irritantes quanto o Monge.

— Taoísta, sou irritante? Não sou, sou? Não fiz nada — disse o Monge.

Ouvindo isto, Li Huowang esboçou um sorriso autodepreciativo e escolheu permanecer em silêncio. Autoconfiança era apenas isso; ele ficou preocupado novamente sobre o que aconteceria após estas três ilusões.

E se estas ilusões se multiplicarem no futuro? E se… eu acabar me tornando como o Dan Yangzi?

Li Huowang estremeceu quando pensou no horror de Dan Yangzi e nas centenas de alucinações.

Preciso descobrir o que está acontecendo e me livrar deles. Se eu acabar como o Dan Yangzi, com certeza ficarei maluco.

Com estes pensamentos, a urgência de resolver seus problemas como um Perdido ficou ainda mais aparente.

— Baolu! — chamou Li Huowang, instantaneamente levantando as orelhas de Pão. Então, se virou e viu Sun Baolu correndo na direção deles. Após um momento, deu alguns passos, enfiou a cabeça contra as pernas de Li Huowang, cutucando-o com seu nariz preto.

— Sênior Li, me chamou? — perguntou Sun Baolu.

Neste ponto, Li Huowang examinou bem Sun Baolu novamente. Ele ainda era igual aquando saíram no Monastério da Retidão, usando bem apertado suas roupas. De fato, ao longo da jornada, ele sempre se manteve discreto, ao ponto de que Li Huowang algumas vezes esquecia que ele estava lá.

— Você conhece bem Qing Qiu? — ele perguntou.

Sun Baolu assentiu: — Estou muito familiarizado.

— Muito familiarizado? — Li Huowang ficou um pouco surpreso; esta foi a primeira vez que ouviu alguém dizer isso.

A menos que se deparassem com circunstâncias imprevistas, a maioria das pessoas neste mundo passaria a vida no mesmo raio de trinta quilômetros. A afirmação de Sun Baolu de que conhecia muito bem o local todo deixou Li Huowang cético.

— As pessoas de Qing Qiu não são iguais às das outras áreas. Seguimos a natureza. Viajamos para áreas onde a natureza é fértil. Do meu avô ao meu pai, nos movemos por Qing Qiu a vida toda — explicou Sun Baolu.

Ouvindo isto, Li Huowang finalmente entendeu: — Oh, então as pessoas aqui são nômades.

Vendo a vasta pastagem, Li Huowang poderia ter adivinhado isso. As pessoas aqui usavam a terra para tudo, incluindo para ter comida.

— O sol está escaldante hoje. Por que não tira algumas roupas? — sugeriu Li Huowang. Porém, quando viu Sun Baolu apenas parado com um sorriso, não insistiu mais.

— Bem, vamos aos negócios. Existem especialistas aqui? Talvez alguém como o Dan Yangzi? — indagou ele, finalmente dizendo o motivo por trás de tê-lo chamado.

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