De Bandido a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência

Volume 9 - Capítulo 845

De Bandido a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência

845 Vitorioso

Lei acordou com um sorriso enorme no rosto. Ele havia saído do escritório cedo no dia anterior, deixando para trás o turbilhão de trabalho que vinha com a função de novo CEO da Azure Entertainment. De fato, grande poder acarreta grande responsabilidade. No entanto, um certo nível de poder implicava em menos trabalho — aquele em que você simplesmente paga ou explora outras pessoas para trabalharem para você. Depois que a White Tiger foi desfeita, Lei queria ter o mesmo tipo de liberdade na indústria do entretenimento. Ele ainda não estava lá, mas estava cada vez mais perto de seu objetivo. Nesse momento, o telefone tocou, mostrando o nome do Sr. Kim. Um pequeno sorriso malicioso se formou nos lábios de Lei. Parecia que Dan não estava mentindo quando disse que era um negócio fechado. O velho estava ligando tão cedo da manhã. No entanto, seu sorriso desapareceu rapidamente com a declaração inicial do Sr. Kim. "Não consigo comprar o terreno em Dongdam", começou ele. Uma profunda expressão de preocupação substituiu o sorriso de Lei. "Senhor?", perguntou ele, pensando que havia escutado errado. O Sr. Kim suspirou. "Como eu disse — não poderei comprar o terreno em Dongdam. Não posso investir meu dinheiro em sua empresa." Lei apertou os lábios, estreitando os olhos enquanto tentava entender a situação. "Aconteceu alguma coisa, senhor?", perguntou ele com apreensão. "O senhor não dormiu bem?" O Sr. Kim não respondeu por alguns segundos antes que seu suspiro fosse ouvido pelo telefone. "Estou apenas ligando para você como um sinal de respeito. Não retirarei meu investimento do Azure Cafe. No entanto, não poderei investir no seu novo prédio." "É isso." "Espere, senhor", disse Lei. Ele apertou os lábios, pois soou como se estivesse implorando. Essa era a última coisa que Lei queria fazer — implorar para os outros. "O senhor quer conversar sobre isso pessoalmente?" "Não", disse o Sr. Kim impacientemente. "Quantas vezes preciso lhe dizer que não estou mais interessado?" O coração de Lei disparou no peito. "Mas, senhor—" "É melhor se mantivermos nosso relacionamento apenas através do Azure Cafe. Não quero me envolver em outras coisas. Não quero me envolver com sua assistente também." Com isso, ele desligou a chamada, fazendo Lei deixar o telefone cair no chão. Ele ficou olhando para o infinito antes que uma risada escapasse de seu peito. Ele olhou para sua mesa e viu um vaso despretensioso com uma tulipa amarela dentro. Sua mão coçava para pegar e arremessá-lo na televisão, mas ele se conteve. Ele não estava em seu território. Ele ainda precisava manter as aparências. Com isso, ele se contentou com sua xícara de chá. Pegou a xícara de cerâmica e a segurou na mão, apertando-a até que se quebrou em mil pedaços.


"O-O quê?", gaguejou Dan, incrédulo com o que estava ouvindo. "Ele não vai assinar o contrato?" "Como assim, senhor? Tudo correu bem ontem!" "Você tem certeza?", perguntou Lei, parecendo extremamente calmo. De alguma forma, isso o fazia parecer ainda mais assustador. "Sim", disse Dan com convicção. Lei continuou olhando para ele. "Sim?", repetiu ele, parecendo inseguro desta vez. "Ele gostou do meu presente!", continuou se defendendo. "Ele disse que June foi o presente mais bonito que eu já lhe dei. Eles até saíram sozinhos ontem." Lei levantou uma sobrancelha. "Então, por que o Sr. Kim foi embora sozinho ontem?", perguntou ele. "As câmeras do clube nem sequer registraram a June." Teria sido melhor se June estivesse envolvida em tudo isso. Através disso, Lei poderia ter usado algo como alavancagem. No entanto, não havia nada. Nada de nada. Quase parecia... planejado. O rosto de Dan ficou completamente pálido. "M-mas nós estávamos lá." "É impossível! Ele ia assinar o contrato", exclamou. Lei massageou a ponte do nariz. "O que você vai fazer? Eu confiei isso a você." Dan se apressou em tirar o telefone do bolso. "Eu vou resolver, senhor. Vou tentar convencê-lo." "Eu já fiz isso", disse Lei. "Não fale mais com ele. Ele vai retirar seu investimento do Azure Cafe se você fizer isso." Dan engoliu em seco e olhou para sua lista de contatos. "Tudo bem, senhor. Eu ainda tenho contatos com outras pessoas importantes. Posso garantir um acordo até esta noite — ou talvez até amanhã. Dessa forma, podemos conversar com o dono do terreno até o final da semana." Lei caiu na gargalhada, interrompendo as ações de Dan. Ele riu como um maníaco que havia perdido a cabeça, fazendo Dan fechar os olhos de medo. O som sozinho lhe causou arrepios na espinha, e foi só então que ele se lembrou de que Lei não era alguém com quem ele pudesse brincar. "O que vamos fazer agora, então? Eu tentei isso também", sorriu ele, mostrando seus dentes brancos. "E adivinhe?" disse Dan. "O dono já está negociando com outra pessoa." Dan sentiu como se tivesse sido atingido por um caminhão várias vezes em várias direções. Sua boca ficou aberta e ele não conseguia mais fechá-la. "O que você quer dizer?", murmurou ele. "Essa era uma venda exclusiva. Poucas pessoas sabem disso." "Pense de novo, Dan", disse Lei. "Quem comprou isso em tão pouco tempo?", exclamou Dan. Lei estalou a língua e balançou a cabeça. Ele também não sabia... e isso era o que mais o frustrava. Os dois ficaram em silêncio por um tempo, sentindo-se incrivelmente perdidos, quando ouviram conversas vindo de fora do escritório. O escritório de Lei era um espelho unidirecional, então ele podia ver o exterior, mas aqueles do lado de fora não podiam vê-lo. Naquele momento, ele viu Jay junto com os membros do EVE, que pareciam estar tendo uma conversa divertida. Então, no final da fila, estava ninguém menos que June, apenas ouvindo seus membros. Dan franziu a testa ao ver seu estado. Ele parecia completamente bem — como se não tivesse sido drogado na noite anterior. Então, como se pudesse ver através do vidro, ele fez contato visual com Dan, fazendo este prender a respiração. E com isso, June sorriu vitorioso.

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