De Bandido a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência

Volume 1 - Capítulo 32

De Bandido a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência

Tudo bem, talvez vencer não tenha sido tão bom assim. O vídeo deles passava na TV mais de dez vezes por dia. Eram apenas trechos curtos, mas junho sempre se encolhia ao assisti-los. A emissora Azure nem sequer era a que mais os exibia! Eles praticamente viraram um meme nacional depois que o vídeo viralizou. No entanto, ele não podia reclamar, já que mais pessoas ficaram curiosas por ele.

Jun abriu o celular e ligou a câmera para ver como estava o rosto. O que a avó lhe dera parecia estar fazendo maravilhas. Sua pele já estava mais brilhante e os ferimentos finalmente estavam secando. Mas ainda estavam lá. Então ele talvez continuasse usando a máscara de gato até que cicatrizassem completamente.

Além disso, era divertido não ser julgado pela aparência na competição. Jun queria aproveitar um pouco mais.

Ele passou os olhos por algumas fotos no celular velho de Joon-ho, mas não encontrou nada além de prints de cultura idol. A vida desse garoto parecia um mistério. Jun decidiu explorar mais o celular, indo para o aplicativo de notas.

Os olhos de Jun se arregalaram de surpresa ao ver uma nota solitária intitulada — "Eu não deveria ter visto o que vi".

Ele abriu e leu imediatamente o conteúdo.

"Nas sombras projetadas pelo véu da noite,

Um vislumbre de escuridão, firme e apertado.

Um segredo sussurrado, uma verdade não dita,

Uma história de pecado que deve ser guardada.

Olhos arregalados, meu coração começou a acelerar,

Eu tropecei neste lugar sombrio.

Uma verdade pesada demais para eu suportar,

Um fardo que devo carregar para sempre.

Para o túmulo, levarei esse peso,

Um voto solene, um destino selado.

Eu carregarei esse conhecimento, escuro e profundo,

Um segredo guardado, minha alma para guardar.

Então, aqui estou, sobrecarregado por este peso,

Uma testemunha silenciosa de um destino cruel.

Uma história de crime que nunca compartilharei,

Para o túmulo, meu segredo eu carregarei."

Jun franziu a testa. Parecia a letra de uma música, ou talvez tivesse um significado muito mais profundo do que ele pensava?

Antes que Jun pudesse refletir sobre isso, seu celular apitou, sinal de que ele havia recebido uma mensagem de texto. Ele suspirou. Jura que se fosse um dos trainees de zero estrelas de novo…

Eles o importunavam sem parar desde que ganharam o benefício. O chamando de "gênio" e um bom "irmão mais velho".

Que piada. Alguns deles eram mais velhos que esse corpo! Irmão mais velho, que nada.

Jun abriu a mensagem e viu que o remetente era "monstro".

De: Monstro

"É melhor você pagar no dia 20, pirralho. Você tem que pagar dois meses no total."

Para: Monstro

"Quem é você?"

De: Monstro

"Fazendo de conta agora, hein? Você tem sorte que eu não te mandei embora a pontapés. Sou sua dona, seu cabeça-dura!"

Jun levantou as sobrancelhas surpreso. Bem, agora ele sabia por que Joon-ho havia dado esse nome ao contato. Ele olhou para o calendário e viu que já era dia 16? Pelo que sabia, o antigo Joon-ho estava falido, então provavelmente não tinha dinheiro guardado.

Onde diabos ele ia conseguir dinheiro?

Jun deveria voltar ao set de filmagem no dia 24, a tempo do primeiro episódio, então ainda tinha tempo para procurar dinheiro.

Para: Monstro

"Vou te dar no dia 23. Quanto eu te devo?"

De: Monstro

"É melhor você fazer isso, pirralho. Você me deve 400 dólares."

Jun suspirou e desligou o celular. Pelo menos não era muito ruim. O apartamento era uma droga, então o preço era bastante razoável. Ele ainda não achava possível ganhar 400 dólares em uma semana, porém.

Deveria pedir ajuda à avó?

Não, seria demais. Ela já o alimentava diariamente.

Mas talvez ela conhecesse alguns empregos de meio período que ele pudesse fazer por uma semana. Com esse pensamento, Jun desceu, pois já era hora do almoço também.

Jun entrou em seu pequeno apartamento, nem se dando ao trabalho de bater. Era como sua segunda casa agora.

"Você está aqui?", disse a avó, trazendo uma panela de sopa de macarrão quente para o almoço. "Você chegou na hora certa. Venha pegar um prato."

Jun ajudou a arrumar a mesa com Minjun. Então, comeram em paz. Honestamente, isso parecia a coisa mais próxima que ele poderia considerar família agora que Mei Ling não estava com ele.

"Vovó", disse Jun ao terminar o prato. "A senhora conhece algum trabalho de meio período que eu possa fazer por apenas uma semana?"

"Por quê? Você vai pagar a minha avó por me dar comida de graça agora?", perguntou Minjun.

"Minjun", repreendeu a avó.

"Um emprego?", ela perguntou. "Mas você não vai voltar a filmar Estrelas em Ascensão em uma semana?"

"Sim", disse Jun. "É por isso que preciso de um emprego de curto prazo."

"Bem, você veio à pessoa certa", ela sorriu. "Minha velha amiga, que é dona de uma conveniência familiar a poucos quarteirões daqui, está procurando um trabalhador temporário, já que o filho dela, que a administra, fez uma viagem para a Austrália. Eles estão procurando alguém para trabalhar no caixa por apenas uma semana."

Jun sorriu. "Então, a senhora poderia me recomendar para trabalhar lá?"

"Claro", ela bateu em seu ombro. "Tenho certeza de que minha amiga vai te contratar imediatamente. Eles ainda não encontraram um meio período, já que ninguém quer trabalhar por apenas uma semana. No entanto, eles pagam uma quantia bem boa — 7 dólares por hora."

Jun assentiu aprovando. Ele conseguiria ganhar dinheiro suficiente para o aluguel se trabalhasse a semana toda.

"Quando você acha que eu poderia começar?"

A avó pegou o celular. "Você quer começar agora?"

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