Volume 1 - Capítulo 5
Trash of the Count’s Family
“Ele vai ser barrado no portão, logo logo.”
Após ter terminado de enterrar todos os seus amados conhecidos, Choi Han planeja pegar uma rota, na qual lembrava ter ouvido antes por eles, assim vindo em direção à Cidade Rain.
O protagonista tinha sido transportado para este mundo enquanto era apenas um calouro do ensino médio e assim vivido aqui por dezenas de anos.
Além do fato de que a maior parte de sua vida foi passada tentando sobreviver na Floresta das Trevas, fazendo com que amadurecesse de uma maneira ligeiramente deturpada, ele era mais racional do que qualquer outro.
“Ele sente que precisa vir relatar tal acontecimento ao conde que supervisiona o lugar.”
O Vilarejo Harris era um povoado remoto, mas ainda estava sob a jurisdição da Casa Henituse. Era por isso que Choi Han se dirigia à cidade, esperando ao menos conseguir preparar um funeral decente.
Ele também estava planejando reunir informações a respeito dos assassinos que havia matado quando perdeu a calma, já que não conseguiu perguntar a eles. No entanto, enviar os mortos de forma adequada era a sua prioridade.
“Pensando bem, ele é realmente uma pessoa gentil.”
Mas perder todas as primeiras pessoas que lhe mostraram afeto depois de anos em uma floresta hostil de uma só vez, quebrou a sua mente. Na novel, isso foi mostrado novamente quando Cale mexeu com ele, tocando em sua ferida.
Kim se lembrou das exatas palavras do Lixo Henituse.
— Por que meu pai deveria se importar com a vida de alguns plebeus inúteis? Este copo de álcool na minha mão vale mais do que todas as suas vidas juntas.
Choi Han começou a rir das palavras de Cale, quando o respondeu de volta: — Que pensamento interessante. Estou muito curioso para saber se você irá mudar de ideia ou não… Que tal descobrimos?
É nessa parte que Choi Han espanca Cale ao ponto dele ficar mais morto do que vivo. E o melhor era que o Lixo nunca mudou de ideia, mesmo após ser espancado dessa forma.
— Argh, me dá até calafrios. — Kim esfregou o braço após sentir os arrepios se desenvolvendo.
Ele então tomou rapidamente um gole do chá que Billos havia trazido e logo voltou a olhar pela janela, apenas para sentir os calafrios de novo.
“O desgraçado chegou.”
De manhã, no momento em que os portões se abriram, um jovem vestindo roupas com marcas pretas por toda parte aproximou-se .
Era Choi Han.
Kim não se levantou de seu assento, mas continuou a observar.
A velocidade dele era sobre-humana; tinha corrido como louco por uma distância que normalmente levaria semanas viajando de carruagem e, como resultado, estava uma bagunça. Óbvio que os eventos da aldeia também foram responsáveis por um pouco do seu visual desarrumado.
O guarda bloqueou o caminho dele, quando tentou entrar com a cabeça baixa, parecendo um mendigo completamente exausto. Cale não sabia o que estavam conversando, mas podia ver o protagonista balançando a cabeça para pergunta do guarda.
“Tenho quase certeza que estão perguntando se ele tem alguma identificação.”
Os guardas da cidade eram geralmente gentis, porém rigorosos quando se tratava das regras, replicando a personalidade de seu suserano, o Conde Deruth.
“Eles vão expulsá-lo.”
Como era de se esperar, Choi Han voltou a sair do portão, sem soltar um piu. Depois de correr continuamente por um dia, seu pouco de consciência que ainda restava lhe disse para não matar homens inocentes.
“Ele agora vai esperar até anoitecer para saltar furtivamente sobre a muralha da cidade e entrar.”
Então viria em direção a Cale, que estava ocupado bebendo fora.
Screech.
Como estava sozinho, assim que Kim se levantou, o som da cadeira sendo empurrado soou bem alto.
Sem rodeios desceu as escadas e informou a Billos que estava no balcão: — Voltarei em breve. Não limpe o meu lugar.
— Certo, jovem mestre. Estarei no aguardo de seu retorno.
Cale ignorou o sorriso no rosto rechonchudo de Billos conforme saia da loja de chá.
— Ele não quebrou nada! — Alguém gritou de dentro da loja.
Kim até escutou, mas não se importou. Estando mais concentrado em como obteria um escudo hoje.
O Escudo Indestrutível.
Não se tratava de um item físico.
A melhor comparação poderia ser com a de um escudo de mana feito por um mago. Era algo que realmente não tinha uma forma física, no entanto, também era muito diferente desse tipo; mais próximo de algum tipo de superpoder do que magia.
O engraçado foi que, o humano que criou tal poder, acabou sendo excomungado, mesmo sendo alguém que servia a um deus.
“Todos os tipos de coisas estranhas estão nesta novel.”
Como qualquer história de fantasia, este mundo também tinha a sua. Durante o tempo antigo, nem magias ou armamentos eram utilizados.
Ao invés disso, era uma sociedade onde suas próprias habilidades ou talentos inatos, reunidos a partir de ocorrências sobrenaturais, desempenhavam um papel fundamental. E os mais fortes nessa sociedade eram os superpoderes, os poderes divinos e as forças naturais. Com toda a certeza, aquela época era muito primitiva.
Alguns desses poderes duraram até hoje, permanecendo escondidos em certos locais ou em itens. E era possível tomar esses poderes para si mesmo, caso preenchesse as condições certas.
Os ditos “Poderes Antigos”.
Os heróis encontrariam esses poderes, entretanto eram apenas para suporte — não eram fortes o suficiente para serem usados como base de um herói. — E estes eram os quais o jovem estava procurando.
“Todos, exceto os Poderes Divinos.”
Seja deuses, anjos ou demônios, Kim queria passar longe de todos eles. Tendo apenas foco em “forças” que as pessoas naturalmente desenvolviam ou vinham da natureza.
“Só assim não vou precisar me esforçar.”
Algo como “esgrima” ou “magia” exigiria que se empenhasse para praticar. E óbvio, Kim não queria isso.
Ao contrário de outras obras, a civilização antiga da novel “O Nascimento de um Herói” não era tão forte assim.
À medida em que a civilização se desenvolveu, as habilidades de magia e invocação desenvolvidas ofuscaram os poderes naturais, deixando-os para trás. Com os superpoderes foi o mesmo; os mais sutis seriam aniquilados por um único golpe de “Aura”, algo que era usado nos dias atuais.
“Meu objetivo é coletar esses superpoderes para me tornar decentemente forte.”
Para Kim, este objetivo era gratificante, especialmente porque conhecia um poder antigo que poderia fortalecer essas forças sutis.
A fim de dar o primeiro passo em seu plano, ele começou a ir atrás do poder antigo que estava escondido em Rain. Já conhecendo a condição para obtê-lo.
— Jo-Jovem mestre. Bem-vindo!
Cale apenas acenou com a cabeça para o padeiro, que fez uma grande reverência, quase podendo tocar a cabeça no chão, para responder.
— Hah…
Kim podia escutar o padeiro ofegando, mas fingiu não ouvir. Ele parecia conhecer muito bem a reputação do “Lixo” a sua frente.
— Quero alguns pães.
— Hã?
Sem responder o homem, o rapaz apenas apontou para todo o pão da padaria e respondeu com firmeza: — Tudo dali até aqui.
Clang.
A moeda de ouro que tirou do bolso começou a girar sobre o balcão.
— Empacote tudo.
O padeiro parecia estar congelado no lugar enquanto o escutava.
— Mais duas ou três moedas de ouro devem ser suficientes para uma semana de pão, certo?
O olhar do padeiro, que tinha estado sobre a moeda de ouro, mudou-se para Cale. Era dinheiro demais para pagar em pães.
Kim apenas respondeu estoicamente aos olhos trêmulos do padeiro: — Eu posso comprar em outro lugar, se não quiser me vender.
— D-De modo algum, não é nada disso! Jovem mestre! Vou empacotá-los o mais rápido possível!
O padeiro foi extremamente respeitoso por uma razão diferente da anterior, e se moveu rapidamente.
Após alguns minutos, o Lixo Henituse deixou a padaria com um enorme saco de pão sobre seu ombro.
Mesmo sendo somente pão, pesava bastante.
O peso fez Cale começar a franzir a testa, além de também ignorar o padeiro que o observava sair da loja.
Conforme caminhava pela rua, notava que qualquer um no qual fizesse contato visual, rapidamente se virava e se afastava.
A maioria das pessoas até fugiam para evitar o seu olhar.
“Sei que isso é óbvio, mas… é realmente diferente da Coréia. Um verdadeiro mundo de fantasia.”
Kim olhou à sua volta enquanto vagueava por esta rua mercante que tinha o típico visual medieval.
— Mm.
— Mmph.
E sempre que fazia contato visual com um comerciante, ele vacilava e evitava seu olhar.
Cale realmente fazia jus ao seu título de Lixo. Kim agora, literalmente, estava julgando a si mesmo à medida que passava pelos mercados, indo em direção à parte oeste da cidade.
A favela estava localizada lá.
Não importava o quão rico um território pudesse ser, sempre haveria pessoas pobres. Em uma situação como essa, a maioria dos leitores provavelmente esperaria que algo desse tipo acontecesse: “Ah, é um encontro fatídico no qual se pode lidar dividindo comida com os pobres.” Infelizmente, não era esse o caso.
Kim podia sentir as pessoas olhando para ele assim que adentrava mais e mais na favela.
Este era o lugar onde viviam juntos, tanto os mais perigosos, quanto os mais necessitados.
Os pobres podem até não conhecer o rosto de seu senhorio, o conde, mas, com toda a certeza, reconheciam o rosto de Cale. Estas pessoas que não tinham nada precisavam prestar ainda mais atenção no tipo de pessoa que causava tumulto em mercados, tavernas ou praças, bem, é só dizer um lugar, e Cale provavelmente já causou tumulto lá também.
— Tch.
Mesmo conhecendo todas essas histórias sobre Cale, eles não conseguiram resistir ao aroma dos pães quentinhos que vinham do saco no qual carregava.
Kim simplesmente ignorou todos esses olhares enquanto continuava a andar.
A ponta de seu caro sapato de couro começou a ficar suja por causa da lama.
Um fedor desconhecido também preenchia o seu nariz, fazendo-o naturalmente começar a franzir a testa; isso fez com que começasse a andar ainda mais rápido.
A favela que era constituída de casas antigas ficava ao lado de uma pequena colina, e ele estava indo justo em direção ao topo dela.
À medida que se aproximava, os olhares e os passos das pessoas que o seguiam começaram a diminuir.
“É bem melhor aqui.”
Depois de ser libertado do mau cheiro, Kim chegou no topo da colina e se virou, olhando para baixo, em direção à cidade. Claro, este local não era tão alto quanto a propriedade do conde. Bem, também não havia como permitissem que um senhor do território vivesse em algum lugar que fosse mais baixo do que a favela.
Cale voltou aos seus sentidos e se dirigiu à uma árvore que estava murada. Esse muro tinha uma entrada apodrecida, feita de tábuas, e a altura era próxima a de um adolescente.
Crack— Boom.
Assim que a empurrou, foi facilmente derrubada.
A grande árvore, localizada bem no meio do terreno murado, parecia ter vivido centenas de anos. As árvores na favela geralmente eram transformadas em lenha ou eram descascadas, assim tornando-as inúteis, mas esta aqui não tinha qualquer indício disso.
E a razão era simples, Cale até podia a escutar.
Dois indivíduos, que ainda o seguiam por causa dos pães, gritavam: — N-Não pode se aproximar daquela a-árvore!
Ignorando esse aviso, logo ouviu o outro gritar preocupado: — É a Árvore Devoradora de Homens!
Reza a lenda que todos que se enforcaram nesta árvore, se tornavam múmias durante a noite. Além disso, qualquer sangue que pousasse sobre ela desaparecia instantaneamente.
Ao redor desta árvore só havia terra.
Grama e até mesmo ervas daninhas não eram encontradas em lugar algum.
Esta era a árvore que Kim estava procurando.
Há muito tempo, durante os tempos antigos, havia uma pessoa que foi expulsa de seu culto por conta da sua gula e amor por comida, no fim esse indivíduo acabou morrendo de fome. Dizem que esta árvore cresceu em cima de seu corpo, contendo seu rancor e poder.
O Escudo Indestrutível, que Kim procurava, estava ali.
Quão primitivo, misterioso e estranho era isto? A maioria dos poderes antigos eram assim, estranhos.
Cale tirou um pão do saco e observou cuidadosamente um buraco do tamanho da cabeça de um adulto.
Mas antes de começar o trabalho, ele precisava mandar embora os donos daquelas vozes. Entretanto, antes mesmo que pudesse dizer qualquer coisa, uma das vozes ficou ainda mais alta.
O motivo devia ter sido porque não podiam mais ver Cale, que tinha se aproximado da árvore e andado em volta.
A voz gaguejou: — Vo-Você vai morrer! Nã-Não faça isso!
Kim pressionou as têmporas com os dedos.
— Haa…
O número de pessoas que o seguia foram diminuindo conforme mais tempo ficava perto da Árvore Devoradora de Homens, porém, os donos daquelas vozes persistiram.
“Sempre haverá bisbilhoteiros, não importa aonde vá.” Kim franziu a sobrancelha enquanto olhava para a entrada.
Havia uma menina que parecia ter cerca de 10 anos de idade, segurando a mão de seu irmão mais novo enquanto olhava para ele.
Seus olhos estavam cheios de preocupação.
Vendo que Cale estava franzindo a sobrancelha e olhando para ela, a garotinha gaguejou as suas palavras e começou a murmurar: — É uma árvore que devora pessoas… Vo-Você vai mo-morrer.
— Eu não vou morrer.
Kim tirou dois pães do saco e jogou-os na direção da menina. Não importava se rolassem no chão, já que estavam todos embalados individualmente.
— Peguem isso e desapareçam.
O irmãozinho pegou um dos pães instantaneamente, mas a garota ainda estava hesitando.
No final, Kim precisava usar a sua identidade. Ele foi até perto da cerca e perguntou: — Vocês não conhecem o Lixo Henituse?
O rosto da jovem garota ficou pálido.
Seu irmão mais novo apenas olhou para Cale antes de pegar o outro pão para a sua irmã e começou a puxar o braço dela.
— Noona¹.
— Hm… Uh…
A garota olhou para frente e para trás, para a árvore e Cale, mesmo quando estava sendo puxada.
— Não morra…
Kim estalou sua língua para a menininha.
Após um tempinho, certificando-se de que ninguém mais estava por perto, ele se agachou próximo da árvore.
Ninguém seria capaz de ver o que estava fazendo, a menos que chegasse bem perto do muro.
— Vamos começar.
Cale começou tirando um pedaço de pão do saco e o colocou naquele buraco — sua mão logo desapareceu na escuridão daquele local. — Ele até pôde sentir uma sensação gélida enquanto o pão em sua palma desaparecia.
Kim também sentiu que sua mão inteira poderia ser “devorada” e rapidamente a tirou.
A escuridão no buraco embaixo da árvore ainda era a mesma.
A Árvore Devoradora de Homens na verdade não era uma “Árvore Devoradora de Homens”. E sim apenas a “Árvore que Devorava Tudo”. Era o efeito colateral do poder que foi deixado para trás pela pessoa que morreu de fome. Contudo, para que tal coisa estivesse relacionada a uma poder antigo… era cômico, entretanto fazia com que parecesse mais realista.
“Lembro de ler que foi preciso alimentá-la até que a escuridão desaparecesse.”
A escuridão no buraco não era o resultado da falta de iluminação. Era a escuridão formada pelo rancor. E isto não podia ser resolvido com outras pessoas. Seria preciso fornecer uma grande quantidade de alimento para que sumisse. Uma vez que a escuridão se fosse, a luz que estava escondida por baixo apareceria.
E assim, Kim absorveria o Escudo Indestrutível.
— Coma à vontade.
Cale colocou a abertura do saco no buraco da árvore e o esvaziou.
Em uma situação normal, aquele pequeno buraco deveria ter ficado cheio de pão, no entanto, após retirar a bolsa, somente a escuridão continuou a permanecer.
“Acho que vou precisar de mais uns dez sacos desse tamanho.”
A escuridão no buraco estava ligeiramente mais fraca do que antes.
Dez sacos.
Somente alguém como Cale, com 3 milhões de galões como mesada, poderia dizer casualmente uma coisa dessas.
— Uhnnn~
Um estranho som parecia ressoar da árvore. Ela parecia estar dizendo que continuava com fome e pedindo mais comida.
Kim sentiu que a escuridão poderia de repente alcançá-lo e agarrá-lo.
“Isso… é um pouco assustador.”
Ele então se levantou rapidamente. E sentiu que não deveria ficar ali por muito tempo.
“O que posso fazer contra esse rancor estúpido?”
Só a sua gula já era uma coisa assustadora.
— Te vejo amanhã.
Cale se despediu da árvore que roncava como se fosse uma pessoa e saiu da área cercada.
— …
Logo notou os irmãos que comiam pão assim que desceu para a favela.
Para aqueles que disseram que era perigoso ir ali por causa da “Árvore Devoradora de Homens”, eles até que estavam bem tranquilos, apreciando seus pães. Deviam estar gostando muito do sabor, já que estavam tão felizes.
“Caramba.”
Kim observava os irmãos antes de ignorar os seus olhares. Entretanto, os olhares não estavam sobre ele, mas no saco, que antes estava cheio de pão, agora vazio.
Eles provavelmente estavam curiosos.
Mas o que poderiam fazer para matar a curiosidade? Nada.
Estas crianças pareciam ter muito medo de chegar perto daquela árvore. No entanto, era sempre bom prevenir do que remediar. Seria ruim se fossem até a árvore, colocassem a cabeça no buraco e fossem comidas.
“As crianças da favela não tinham medo. Elas apreciavam mais um único grão de arroz do que uma lâmina que viria em sua direção. A morte está sempre ao seu redor, portanto não a temem. Temiam mais a fome.”
Era algo que estava escrito em “O Nascimento de um Herói”.
Foi por isso que Kim decidiu falar com a dupla.
— Se quiserem mais pão amanhã, não deem um piu.
Os dois irmãos não disseram nada. Eles estavam seguindo imediatamente o pedido.
A garota, que parecia hesitante antes, pôs a mão na boca do irmão , fingindo não ver Cale. Ele sorriu e pensou que ela era muito esperta, e assim deixou rapidamente a favela.
As pessoas da favela, que sabiam que o Lixo Henituse tinha ido para o topo da colina, estavam o observando se perguntando que loucura estava fazendo por lá.
Já as figuras fora da favela também o olhavam estranhamente, mas ele não se importava com esses olhares.
— Ah, jovem mestre. Você está de volta.
Uma vez que Cale voltou para a loja de chá, Billos o cumprimentou muito feliz.
— Sim. Traga-me uma nova xícara de chá. Um refrescante desta vez.
Kim voltava para o seu lugar no terceiro andar, que deveria estar muito cheio neste momento, bem… não havia outra pessoa lá. Provavelmente todos estavam evitando o Lixo Henituse.
Mas dessa forma, ele podia relaxar.
— Aqui está seu chá, jovem mestre. Eu também trouxe algumas sobremesas.
— Ah, ótimo. Obrigado.
Ele continuou a olhar para o portão da cidade enquanto tomava um gole de chá. Billos observou seu rosto com uma expressão estranha antes de sair calmamente do terceiro andar.
Para ele foi estranho ouvir Cale agradecer.
Kim continuou a pedir chá e sobremesas enquanto olhava para fora da janela, até que o céu lentamente se tornou laranja e o sol se pôs.
Ele só se levantou quando a noite chegou.
Agora era hora de ir interagir com o cara perigoso que viria do lado de fora da muralha.
Nota:
[1] Noona é a forma de homens se referirem a mulheres mais velhas.